sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

LINCOLN, O FILME


O estadista que comprava votos, oferecia cargos e falava por parábolas

Por Kiko Nogueira


O longa “Lincoln” é o campeão de indicações do Oscar 2013. Foram 12, incluindo as categorias mais importantes: melhor filme, melhor diretor (Spielberg), ator (Daniel Day Lewis), atriz coadjuvante (Sally Field) e ator coadjuvante (Tommy Lee Jones).

Lincoln é um dos maiores mitos dos EUA. Seu rosto, você sabe, está esculpido no Monte Rushmore, ao lado dos de George Washington, Thomas Jefferson e Theodore Roosevelt. Spielberg tomou o cuidado de não santificá-lo. Ele compra votos, oferece empregos e cargos, e fala por parábolas. Alguns de seus amigos não suportam seus monólogos.

São 250 minutos de muitos diálogos e atuações impecáveis de Lewis, Sally Field e Tommy Lee Jones (no papel do deputado abolicionista histriônico Thaddeus Stevens, que tem um amor proibido). Para o padrão Spielberg, é cerebral. (Fonte: aqui).

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De fato, Spielberg fez muita coisa pouco cerebral, mas ao fim e ao cabo consagrou um padrão multifacetado. Se, por exemplo, ET e Tubarão pontificam numa vertente, A Lista de Schindler e A Cor Púrpura brilham numa outra.

Quanto a Lincoln, aguardemos. Saber que o diretor mostrou Lincoln como um ser humano sujeito a suas circunstâncias, como sabiamente definiu Ortega y Gasset, já é um bom indicador.

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