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De acordo com o documento, "não significa ser antissemita condenar o apartheid e o desrespeito sistemático, por Israel, das leis internacionais" dos direitos humanos
Intelectuais, ex-ministros e ativistas sociais escreveram uma carta favorável à decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de apoiar a iniciativa de autoridades jurídicas da África do Sul que fizeram a peça de acusação contra Israel pelo genocídio de palestinos na Faixa de Gaza. O documento será enviado, entre a noite desta terça (15) e a manhã de quarta-feira (16), ao chefe de Estado brasileiro e ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.
De acordo com o documento, "não significa ser antissemita condenar o apartheid e o desrespeito sistemático, por Israel, das leis internacionais" dos direitos humanos, "incluindo a não prevenção de genocídio". "Não há incoerência alguma na diplomacia brasileira. Essas críticas ignoram que o Estado brasileiro tem se guiado, nas relações internacionais, pela primazia do respeito aos direitos humanos, conforme o artigo 4º da Constituição de 1988", continuou.
"A acusação de reforçar o antissemitismo faz parte da campanha de instrumentalização política do termo, ao considerar qualquer crítica ao Estado de Israel e seu governo como antissemita. O antissemitismo é um flagelo perigoso e deve ser combatido vigorosamente".
Entre os signatários da carta, estão o ex-diretor-executivo da Humans Right Watch Kenneth Roth, o ex-presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) James Cavallaro, o escritor Milton Hatoum, o jornalista Breno Altman, a filósofa Marilena Chauí e a socióloga Maria Victoria de Mesquita Benevides.
As denúncias do governo sul-africano contra Israel foram apresentadas na Corte Internacional de Justiça em 29 de dezembro. A CIJ fica nos Países Baixos, continente europeu.
(Para conferir a íntegra da carta e os nomes dos apoiadores, clique Aqui).
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Este Blog se associa aos subscritores do documento.
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