segunda-feira, 9 de outubro de 2023

HAMAS DIZ QUE "ALCANÇOU SEUS OBJETIVOS" E QUE ACEITA "NEGOCIAR TRÉGUA" COM ISRAEL

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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o resto da cúpula, capitaneada por Netaniahu, certamente dirão 'não'. São inúmeros os porquês.
 

O grupo islâmico Hamas anunciou sua disposição para negociações de trégua e libertação de reféns com Israel, afirmando ter alcançado seus objetivos. Moussa Abu Marzouk, membro de alto escalão do Hamas, revelou à rede de notícias árabe “Al Jazeera” sua abertura para “algo desse tipo” e para “todos os diálogos políticos”, incluindo a possibilidade de um cessar-fogo.

Esta declaração foi feita após o Hamas ameaçar executar reféns civis a cada novo bombardeio israelense em áreas civis de Gaza, sem aviso prévio. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), almirante Daniel Hagari, anunciou que as tropas israelenses retomaram o controle de todas as comunidades próximas à Faixa de Gaza, informando que não há mais confrontos entre as FDI e o grupo islâmico.

Mais cedo, o Catar tentou iniciar os diálogos pelo fim do conflito. O país árabe entende que se Israel libertar 36 mulheres e crianças palestinas presas, os extremistas aceitariam libertar as pessoas sequestradas nos arredores de Tel Aviv.

O conflito continua causando um crescente número de mortos e feridos. Gaza já registrou mais de 680 mortos e cerca de 3.700 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino. Israel, por sua vez, contabiliza mais de 700 mortos, conforme relato das FDI.

Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi alvo de ataques aéreos israelenses, resultando em significativa destruição. Moradores relataram que não houve aviso e denunciaram o impacto dos ataques.

Os confrontos forçaram dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas em Gaza, buscando refúgio. A Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA) reportou que quase 74 mil pessoas estão abrigadas em 64 locais da UNRWA, refletindo a magnitude do deslocamento provocado pelos conflitos.

Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, chamou o povo palestino de “animais”. Ao anunciar o “cerco total” a Gaza, ele ainda disse que está “agindo em conformidade” com os ataques promovidos no último fim de semana. “Sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás, tudo bloqueado”, afirmou.

Na ocasião, o porta-voz das forças militares revelou que havia tropas batalhando em sete ou oito pontos da região e que quatro divisões de combate foram instaladas no sul do país.  -  (Fonte: DCM - Diário do Centro do Mundo - Aqui).

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