terça-feira, 8 de maio de 2018

DOIS PITACOS NECESSÁRIOS


1. Ontem, 7, inserimos a seguinte observação no topo de artigo de Jânio de Freitas, da Folha, sobre doleiros:

"Começar a semana buscando respostas para certas perguntas, ou especulando sobre possibilidades.  Qual a verdadeira dimensão do 'trabalho' dos doleiros? Quem se utiliza dos serviços? Qual o grau de abrangência da 'pesquisa'? Qual o horizonte temporal? Quem se utilizou dos serviços? A operação Banestado será 'alcançada'? Os propósitos terão algo a ver com diversionismo? O que se esconde por baixo dos tapetes sobrepostos?"  -  (AQUI).

Qual o porquê das indagações? Simples: Dario Messer, o chamado 'doleiro dos doleiros', atuou fortemente em outras operações, além da Lava Jato. Uma das operações, e certamente a mais 'monumental' de todas elas, incluindo a LJ, foi a BANESTADO (aqui). As transações envolvendo Dario Messer serão, ou não, consideradas para efeito de apuração atual? Em outras palavras: TODAS as movimentações feitas por intermédio de Dario Messer viriam à tona em face das investigações em curso?

Sintomaticamente, em sua edição de hoje, 8, a coluna Painel, da Folha, divulga nota dando conta de que "Aposta no STF é que operação que prendeu doleiros pode fazer mais barulho do que a Lava Jato" (AQUI).

Nenhuma dúvida - especialmente se as investigações forem fundo  no desvendamento das falcatruas perpetradas. Muitas surpresas poderão vir, Banestado no topo. 

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2. Eis, em resumo o que informou - aqui - o jornal argentino Página 12 sobre a situação reinante no país de Macri:

"O presidente Mauricio Macri reconheceu o problema à sua frente e, pego de surpresa pela velocidade e força da corrida pela compra de dólares, anunciou que a Argentina irá novamente se curvar ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O pedido é uma linha de apoio financeiro que, em Buenos Aires, estimam ser de cerca de 30 bilhões de dólares. 

Como se sabe, a contrapartida ao recebimento desses recursos é um grande ajuste e aceleração das reformas estruturais, como a flexibilização trabalhista e a privatização parcial das aposentadorias. (...)

Esses dólares, normalmente, são utilizados para financiar a etapa final da fuga de capitais dos grandes jogadores do mercado financeiro. É uma história conhecida."  

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Ao noticiar o assunto, a TV Globo descreveu a situação acima, para logo em seguida por no ar um economista tupiniquim assegurando que o Brasil não corre risco semelhante ao da Argentina, omitindo, porém, a razão determinante para tal: o fato de que, enquanto a Argentina amarga baita déficit em contas correntes, o Brasil dispõe de RESERVAS CAMBIAIS DE 380 BILHÕES DE DÓLARES, colchão de liquidez formado nos governos Lula e Dilma. Esse é um feito notabilíssimo, mas não nos causou surpresa o fato de que nenhuma alusão tenha sido feita a ele.

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No mais, ao tempo em que enfatizamos o contido no post "Os royalties do petróleo e o empobrecimento do Nordeste" - AQUI -, sugerimos a oitiva do vídeo "Duplo Expresso 8/mai/2018" - clique AQUI -, para conferir abordagens sobre esse e outros assuntos, como uma resposta curiosíssima à pergunta "Existe a chance de o Poder Executivo assegurar a governabilidade sem contar com maioria no Congresso Nacional?".

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