quarta-feira, 2 de outubro de 2013

EUA: NA LINHA DE IMPASSE (II)

Martin Sutovec.

A crise política nos EUA estampada em números

Com a paralisação do governo norte-americano por conta do impasse sobre a questão do orçamento para o próximo ano fiscal, os primeiros reflexos já começam a ser sentidos no mercado. O dólar caiu 0,2%, já nas primeiras horas da abertura das bolsas norte-americanas. O preço da nota do Tesouro americano, 0,3%. Nesta segunda-feira (30), quando o mercado financeiro ainda esperava por uma definição da questão política no país, o índice S&P 500 fechou com uma baixa de 0,6%, pressionado por fornecedores da área de defesa, já que a paralisação deve inibir novos negócios.

Cerca de 1 milhão de trabalhadores já estão em licença não remunerada, parques nacionais estão fechados (a famosa Estátua da Liberdade, um símbolo americano, não abriu para visitação hoje) e projetos de pesquisa médica estão parados. Até a NASA, a agência espacial americana, utilizou as redes sociais para se desculpar pela paralisação forçada. Aguarda-se para hoje um novo pronunciamento do presidente Barack Obama sobre a atual situação.

A crise política no Congresso também levantou novos temores sobre se os parlamentares podem cumprir um prazo vital em meados de outubro para elevar o teto da dívida do governo, que hoje ultrapassa os US$ 16,7 trilhões. (...).

Também como reflexo da paralisação governamental, as agências federais reduziram os serviços. Enquanto isso, a lei de serviços de saúde acessíveis, batizada de Obamacare, continua amarrada e sem definições concretas. (Fonte: aqui).

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Nos EUA, como em outras plagas onde prosperam elites neoliberais, a má vontade em relação aos pobres é ilimitada. O Partido Republicano não desiste de tentar inviabilizar o Obamacare, mesmo depois de a Suprema Corte haver julgado constitucional a iniciativa do governo americano. O programa beneficia milhões de famílias americanas desprovidas de condições de cobrir gastos de saúde, mas os republicanos entendem que o montante a ser despendido é exorbitante. Enquanto isso, os muito ricos mantêm suas gordas benesses fiscais, com o beneplácito do Partido Republicano, que jamais cogitaria em reduzi-las, muito menos extingui-las. 

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