domingo, 28 de abril de 2013

SOBRE O DEPUTADO AUTOR DA PEC 33


"Finalmente, resta o personagem que criou toda essa confusão, um obscuro deputado pelo PT do Piauí, Nazareno Fonteles, que diz falar em nome do povo: 'Nos submetemos ao crivo popular.' Suplente que deve o cargo não ao 'crivo popular', mas ao titular da vaga, Átila Lira (PSB), que se afastou para ser secretário de governo, esse Nazareno é um daqueles tipos do baixo clero prontos para os serviços sujos. Insignificante, sim, mas capaz de pôr em risco com uma proposta irresponsável o que o país custou tanto a conquistar: o equilíbrio entre os poderes constituídos e a harmonia institucional."


(Zuenir Ventura, escritor, autor, entre outros, de "1968, o ano que não terminou", em coluna publicada no jornal O Globo, edição de ontem, 27. Como se observa, Zuenir, "Voz usualmente ponderada... decidiu partir para o ataque baixo ao deputado Nazareno Fonteles... Em vez de confrontar os argumentos, decidiu desqualificar o parlamentar" - fonte: aqui -.

O ataque desqualificador de Zuenir mereceu, ainda, a seguinte manifestação:

"Baixou o espírito do movimento 'Cansei' contra o Piauí, no colunista Zuenir Ventura do jornalão 'O Globo'.

O colunista mostrou onde esconde seu preconceito contra nordestinos, ao escrever - o acima destacado -.

O objetivo primário do texto foi bajular o STF, dentro da linha do jornalão de apoiar golpes paraguaios e hondurenhos, feitos por magistrados sem voto, para legislarem no lugar dos parlamentares com votos, criticando a PEC 33/2011.

Mas o jornalista incorreu na mesma mentira da revista Veja: ignorou que o relator tucano da PEC na CCJ, não só endossou o texto de Nazareno, como a defendeu ardorosamente.

Mas voltemos ao cansadinho do jornalão, destilando preconceito contra o deputado piauiense.

Nazareno Fonteles não tem nada de obscuro. Teve 2,99% dos votos válidos no estado. Foi o 13o. deputado mais votado do Piauí, e o 3o. mais votado do PT. O PT foi o partido que teve mais votos na legenda no estado, e o 3o. com mais votos totais. Fonteles é liderança política importante e reconhecida em seu estado, e um jornalista que trata esse quadro como 'obscuro' repete o erro daquele presidente da Philips do movimento 'Cansei"' quando disse que 'o Piauí poderia desaparecer que ninguém sentiria falta'. Um preconceito absurdo.

Também não tem nada de baixo clero. Se o jornalista antes de escrever patacoadas consultasse o portal da Câmara, veria que é um deputado bastante atuante nas questões da segurança alimentar, agricultura familiar, saúde, relação entre os poderes, a mídia, e outros. Talvez por atuar em alguns assuntos que interessam aos brasileiros mais pobres e ao sertanejo, como segurança alimentar contra a fome e pequenos produtores do campo, o colunista do alto de seu cargo de chefia no jornalão carioca, o ache 'invisível'." - Fonte: aqui -.

Sem comentários adicionais).

2 comentários:

Abrahão Feijó disse...

Caro Dodó Macedo, o comentário sobre os atributos políticos desse cidadão piauiense não vem ao caso, acho desnecessário, agora a proposta 33 é, ao meu modo de ver, a construção de um berço esplêndido para os políticos e gestores públicos corruptos perpetuarem em suas condenáveis ações delituosas. Será que os 2,99% dos seus eleitores corroboram com a sua PEC?, acho muito difícil.

Dodó Macedo disse...

Caro Abrahão, grato por sua visita e comentário. Eu li detidamente a PEC 33 e constatei o seguinte: a proposta altera o chamado controle de constitucionalidade, fortalecendo o papel do Legislativo (e tirando poder do Judiciário, é claro). Não vislumbrei, na PEC, o risco de afrouxamento das leis penais, o que beneficiaria corruptos em geral (políticos e não políticos). O único ponto que me pareceu 'discutível' foi o relativo à opção ao plebiscito.
Entendo que a análise da PEC (então admitida quanto à possibilidade, e só isso: possibilidade) deveria fluir normalmente, seguindo para a comissão especial, oportunidade em que, aí sim, seria esmiuçada à exaustão, para só então, caso aprovada, ser submetida a plenário, para votação dentro das exigências legais. Ou seja, havia, ainda, um longo caminho a percorrer.

Grande abraço.