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"Se o Banco do Brasil vai bem, o Brasil vai bem" é assertiva que se impôs desde os primórdios, quando D. João VI, em 12 de outubro de 1808, criou o BB, já investido da prerrogativa de emitir moeda (até então, só havia três bancos emissores no mundo: Suécia, França e Inglaterra), num cenário em que prevaleciam o declínio do processo de mineração e o incremento das atividades comerciais em face da abertura dos portos e da presença da família real e sua corte no país. Mas o BB só começou a funcionar em dezembro de 1809, e precariamente (um décimo de seu capital).
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Os anos que se seguiram, porém, foram ainda mais difíceis: acentuou-se a submissão da vida econômica portuguesa à Inglaterra, para onde se drenava parte ponderável do ouro de Minas Gerais, e a corte, com seus gastos excessivos, impunha contínua emissão de moeda (e ferrenha perseguição aos críticos dessa postura perdulária), sem contar a administração confusa e temerária do Banco, com desfalques, desvios e extravios de dinheiro. Tal realidade conduziu à desvalorização das notas emitidas pelo BB em 190% em relação ao ouro e à sua liquidação judicial em dezembro de 1829.
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Em agosto de 1851, surgiu um "Banco do Brasil" (privado), fundado por Irineu Evangelista de Souza, o visconde de Mauá (certamente o maior empreendedor do Brasil), e outros. Esse banco fundiu-se ao Banco Comercial, também privado (fundado em 1838), e, em sociedade com o governo, fizeram ressurgir o Banco do Brasil mediante lei de julho de 1853 (abertura oficial em abril de 1854). Em 1866 o BB perde a faculdade de emitir moeda, em face da extinção da reserva metálica (efeito da guerra do Paraguai); em 1893 o BB é fundido ao Banco da República dos Estados Unidos do Brasil - que havia sido criado em 1890, fruto da proclamação da República -, passando a denominar-se Banco da República do Brasil (voltando à condição de banco emissor de moeda, situação que perdurou até 1897, com a criação do Tesouro Nacional). Em 1905 o Banco da República do Brasil é extinto e dá lugar ao atual Banco do Brasil, com a União passando a deter 50%, no mínimo, do capital e o total controle administrativo.
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O Banco do Brasil conta com 85.000 funcionários e 9.500 estagiários, 30 milhões de clientes correntistas, 15.300 pontos de atendimento em 3.100 dos 5.565 municípios brasileiros, 4.052 agências, sendo 15 no exterior, é líder em ativos (US$ 261,6 bi), em depósitos totais (R$ 195,5 bi), em câmbio exportação (não obstante a extinção da CACEX no governo Collor), sendo, ainda, o primeiro em crédito (R$ 190,1 bi, 16,9% do crédito oferecido pelo sistema financeiro nacional) e em administração de recursos de terceiros (R$245,9 bi, 19,4% do mercado) - cumprindo assinalar a "alavancagem" prestes a ocorrer com a absorção do BESC-Banco do Estado de Santa Catarina, BEP-Banco do Estado do Piauí e Nossa Caixa (São Paulo).
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O Banco do Brasil foi o primeiro a se comprometer com a Agenda 21 Empresarial e a aderir aos Princípios do Equador (Agenda 21/ECO 92 - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento; compromisso assumido pelo BB em 2004, com o Ministério do Meio Ambiente). Desde 2006, com a celebração de Contrato de Adesão ao Novo Mercado, o BB passou a integrar o mais elevado segmento de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. O Código de Governança Corporativa espelha o compromisso do BB em observar boas práticas, louvando-se na equidade, na transparência e na responsabilidade socioambiental, seja no processo decisório (processos/produtos/serviços), seja no planejamento de suas atividades, negócios e práticas administrativas, visando ao desenvolvimento sustentável: atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas (exclusão de todo e qualquer comportamento predador; levar em conta os indicadores de natureza econômica, mas complementando-os com valores sociais - defesa dos direitos humanos e do trabalho, bem-estar dos funcionários, promoção da diversidade, respeito às diferenças, inclusão social e investimentos diretos na comunidade - e com a preservação ambiental).
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O BB está na vanguarda no que respeita à busca de higidez dos ativos, com a gestão rigorosa de riscos (de crédito, de mercado, operacional) e a observância dos limites de alavancagem determinados pelo Banco Central do Brasil (mais rígidos até que os previstos no Acordo da Basiléia II, coordenado pelo BIS-Bank of International Settlements/Banco de Compensações Internacionais, espécie de banco central dos bancos centrais - ao qual, vale frisar, os Estados Unidos não aderiram...).
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A partir de 1986 o Banco do Brasil passou a vivenciar a maior revolução interna ("interna", aqui, vale tanto para a Empresa como para as pessoas) de sua história, com o fim da Conta Movimento: o BB deixou de receber a remuneração até então paga pelo Tesouro Nacional em razão do repasse dos recursos federais por ele efetuado. A alternativa era uma só: captar recursos no mercado. O BB então implantou o NMOA-Novo Modelo Operacional de Agências (priorizando o atendimento e os negócios), lançou a Poupança-Ouro, os fundos de investimentos, seguros/previdência, leasing, administração de recursos de terceiros, convertendo-se em conglomerado financeiro, quadro que se delineou por inteiro no biênio 1994/1995, com o Plano Real e a estabilização da moeda, quando o BB experimentou nova situação traumática (PDV-Plano de Demissão Voluntária) e aliou-se a parceiros privados para atuar com maior incisividade em seguridade, capitalização, saúde e previdência. Ainda assim, em 1995 e 1996 amargou resultados negativos.
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O BB vem colhendo resultados crescentes a cada exercício; o lucro líquido observado no primeiro semestre 2008 correspondeu a 34% sobre o patrimônio, contra 24,3% no mesmo período de 2007. O BB é competitivo, sem perder a sensibilidade social, como, aliás, devem comportar-se as empresas socialmente responsáveis.
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Nesse contexto, destaque especial merece o DRS-Desenvolvimento Regional Sustentável, estratégia negocial do BB que busca impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões onde o Banco atua, para apoio a atividades produtivas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, mediante "concertação" - atuação sinérgica de parceiros/beneficiários, agregando assistência técnica, novas tecnologias, capacitação e consultoria - e com o objetivo de democratizar o acesso ao crédito e impulsionar o associativismo, nas áreas rurais e urbanas, contemplando "aglomerados", "arranjos produtivos locais" e "cadeias/sistemas produtivos", envolvendo mais de 100 atividades. Ao final do primeiro semestre 2008, mais de 3.900 Planos de Negócios DRS estavam em implementação, beneficiando 981.000 famílias em 4.700 municípios brasileiros. (Convém aliar ao notável trabalho desenvolvido pelo BB no DRS a ação permanente da FBB-Fundação Banco do Brasil, com os programas AABB Comunidade - 400 municípios em 27 estados -, BB Educar, Projeto Memória, Projeto Quilombolas - desenvolvimento social de comunidades remanescentes dos quilombos -, Educação Digital, entre outros - além da contribuição oferecidada pelo BB na implementação do PRONAF -Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, altamente estratégico para o Brasil por dar ensejo a emprego/renda de parcela expressiva da população, contribuir para a fixação do homem no campo e atender a grande fatia da demanda nacional por alimentos).
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Outra vertente merecedora de registro é a política eleita pelo BB relativamente à capacitação dos funcionários, especialmente com a educação (curso superior) à distância, e aos critérios para ascensão profissional, em que o resultado da aferição de perfis parece, como nunca, aproximar-se da justeza, em exata sintonia com os propósitos expostos na Carta de Princípios de Responsabilidade Socioambiental.
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Por isso é que dizemos ao Banco do Brasil, o Banco da produção, o Banco da micro e da pequena empresa, o Banco do DRS, o Banco do esporte (vôlei, iatismo, tênis), o Banco da cultura (Centros Culturais Banco do Brasil Rio, São Paulo, Brasília; Circuilo Cultural), o Banco do campo, o Banco dos brasileiros:
PARABÉNS, BANCO DO BRASIL, POR SEUS DUZENTOS ANOS!!!
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Gregório Macedo.
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(Gregório Macedo trabalhou 32 anos e meio no BB. Foi superintendente-adjunto no Piauí - Teresina - e superintendente-regional em Campina Grande-PB, São Luis-MA e Mossoró-RN. O pai, Benedito Macedo de Santiago, foi adminstrador de agências no Piauí e exemplar Inspetor do BB, ao qual serviu ao longo de exatos 35 anos).
3 comentários:
Excelente texto, que retrata a grande história de nossa querida Empresa. Sinto-me orgulhoso de pertencer ao quadro de funcionários do Banco do Brasil, que, dentre várias oportunidades proporcionadas, me deu um grande amigo, funcionário exemplar do BB e homem de conduta ilibada.
Parabéns Gregório,
Gladston
- Viva os 200 Anos do BB!
E que nos próximos 200, outros duzentos Gregórios - Grandes Homens - possam constituir História tal como a sua.
Um abraço,
Patrick
Um forte abraço a meus queridos amigos Gladston e Patrick.
Gregório
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