quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

ANDRÉ LARA RESENDE CRITICA HISTERIA MIDIÁTICA SOBRE SUPOSTO RISCO FISCAL E DEFENDE QUEDA NOS JUROS

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O economista destaca que "a dívida pública brasileira não é alta"


No 247:
O economista André Lara Resende, em artigo publicado no jornal Valor Econômico, rebateu o argumento da mídia corporativa e de analistas econômicos que atrelam um suposto endividamento público a aumentos na taxa de juros.

Em primeiro lugar, destaca o economista, "a dívida pública brasileira não é alta". "É muito mais baixa do que a dos países desenvolvidos e em linha com as dos países em desenvolvimento, mas com duas diferenças cruciais: é toda em moeda nacional, detida por residentes, e o país ainda tem quase 20% do PIB em reservas internacionais", escreve.

Além disso, Lara Resende avalia que "juros altos premiam os rentistas e inviabilizam os investimentos na expansão da capacidade produtiva".

"Quero que o leitor se pergunte porque, mesmo diante de resultados muito mais favoráveis do que o esperado, os analistas e a mídia redobram sua histeria em relação ao tal do 'risco fiscal' e clamam por juros ainda mais altos. A razão é a PEC da Transição, o terceiro governo Lula, dirão. A PEC da Transição autorizou despesas em torno de 2% do PIB. A alta da taxa básica de juros, promovida por canetadas do BC desde o início de 2021, custou quase o dobro desses 2% do PIB, só em 2022. Faz sentido?", questiona o autor, mais adiante no texto.  -  (Aqui).

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Mídia corporativa e analistas estão de prontidão para dizer que os dois governos de Lula e o primeiro de Dilma só bombaram porque aproveitaram os preços favorecidos das commodities no exterior, mas fingem desconhecer que nos governos citados o Brasil formou reservas cambiais de 370 bilhões de dólares. Aí se põem a alertar, em defesa dos juros estratosféricos que tanto beneficiam banqueiros (com seus ganhos de Tesouraria) e demais rentistas: "Vejam a Argentina!". Nada de falar no colchão de liquidez que protege o Brasil, mérito de Lula e Dilma! 

(J. Bosco)

Mas felizmente o coro dos contentes defensores do garrote vil do BC começa a ser contestado por economistas como André Lara Resende e Luiz Carlos Bresser-Pereira (Aqui), entre outros.
O Mercado quer mesmo é continuar sugando - e algemando qualquer questionador que ousar encará-lo. Que sejam rompidas as suas muralhas).

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