terça-feira, 6 de setembro de 2022

O QUE HÁ PARA FALAR


O IPEC ressalta a estabilidade absoluta do desempenho de Lula e Bolsonaro, com a supremacia do ex-presidente e a completa inviabilidade da "midiática" (entenda a ironia!) terceira via - especula-se que Ciro e Tebet estariam desde logo se preparando para 2026. Especula-se também que Ciro Gomes estaria se preparando para aderir a Bolsonaro; entre esses, já prospera a corrente que classifica Ciro de "Puxadinho do Inominável". Nenhuma surpresa, enfim.

Ocorre que amanhã teremos as solenidades do 7 de Setembro, que o atual Presidente anuncia como dia 'd', bala de prata, por aí. Mas é certo que a adesão dos militares para investidas golpistas desde os primórdios vem sendo descartada por analistas abalizados. 

Sem embargo, há quem, como o atento Luis Nassif, cultive o temor de que as FFAA 
possam dizer sim a eventual iniciativa inconstitucional. Foi essa a conclusão a que chegamos após a leitura da mais recente análise do grande jornalista, conforme se vê
no Jornal GGN ('Ministro da Defesa consegue saída honrosa junto ao TSE' - Aqui):

"Há tempos defendo a hipótese de que o esperneio do Ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, em relação às urnas eletrônicas, era apenas a ansiedade por uma saída honrosa para o imbróglio em que se meteu, avalizando as loucuras de Bolsonaro.

O então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Luis Roberto Barroso, cometeu a imprudência de incluir as Forças Armadas na comissão de avaliação das urnas.

Provavelmente, os técnicos do Exército pretenderam uma exibição de conhecimento, quando montaram a lista com 40 observações. Aí entrou o elemento político. Bolsonaro utilizou a lista para desacreditar a urna, os técnicos do TSE responderam desacreditando a lista e criou-se o impasse.

Jejuno em política, o general Paulo Sérgio assumiu a defesa dos seus, endossou as teorias conspiratórias de Bolsonaro, e acabou alvo não apenas de críticas, mas de chacotas. 

(...) tentou desesperadamente uma saída honrosa com o Ministro Luiz Edson Fachin, uma reunião, uma mera reunião que fosse, na qual o TSE acatasse qualquer sugestão das Forças Armadas. (...).

Acontece que Fachin e seus colegas carregavam na biografia o recuo ultrajante, de se dobrar ao tuiter do general Villas Boas. Bateu o pé e não aceitou sequer receber o general. E o general se deu conta de que o jogo político é um pouco mais complexo do que uma ordem unida.

Agora, Alexandre de Moraes deu a saída. Aceitou uma reunião geral e acatou uma das reivindicações das FFAAs. E o general Paulo Sérgio pode, enfim, gozar do alívio explícito de sair desse atoleiro em que se meteu.

Sorte dele é que Stanislaw Ponte Preta já morreu.

Mas o gesto de Paulo Sérgio afasta definitivamente o risco de um golpe com as Forças Armadas."

De qualquer modo, convém lembrar que o senhor Sobrenatural de Almeida pode fazer das suas.

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