terça-feira, 22 de novembro de 2016

O QUE HÁ PARA LER: SUGESTÕES PARA (ETERNOS) ESTUDANTES DE DIREITO


"Um jovem estudante de Direito que deseja atuar no mundo da política, exercendo mandatos, ou mesmo ocupando cargos públicos que lhe atribuam a condição de agente político, precisa estar capacitado para enfrentar os desafios que a vida pública lhe propiciará.
Acredito que essa capacitação deverá se dar em três perspectivas distintas. A primeira diz respeito a uma compreensão histórica, jurídica, política e humanista do modelo de Estado sob o qual exercerá a sua vida pública.
Para tanto, sugiro a leitura de obras  como as de Ferdinand Lassalle, Dalmo de Abreu Dallari, Fábio Konder Comparato, Michael Tigar e Madeleine Levy, bem como a “Era dos Direitos” de Norberto Bobbio.
Na sua somatória, a leitura destas obras permitirá a formação de uma visão global do que seja um verdadeiro Estado Democrático de Direito.
A segunda corresponde à indispensável necessidade de capacitação dogmática do estudante em áreas centrais do Direito Público, como a do Direito Constitucional, do Direito Administrativo, do  Direito Parlamentar e do Direito Eleitoral.
Daí a indicação das obras básicas de José Afonso da Silva, Celso Antônio Bandeira de Mello e Monica Hermann Salem Caggiano.
E, finalmente, a terceira, na perspectiva da compreensão do fenômeno político e das suas características peculiares e históricas. Para tanto, indiquei a leitura de “Teoria Geral da Política: Filosofia Política e as Lições dos Clássicos”, de Norberto Bobbio, e a impactante e mais do que nunca atual obra da historiadora Barbara Tuchman, “A marcha da Insensatez”.




(De José Eduardo Cardozo, Procurador do Município de São Paulo. Ex-ministro da Justiça. Ex-advogado-geral da União. Deputado federal por dois mandatos pelo PT. Post publicado no site jurídico JOTA, reproduzido no Jornal GGN - Aqui.

Trata-se, sem a mais remota dúvida, de uma lista edificante. 

Este blog se permite sugerir a contínua, atenta, meticulosa leitura de um documento fundamental: a Constituição Federal promulgada em 5 de outubro de 1988. É o meu livro 'de mesa', sempre à mão - e superlotado de anotações, escritas em microscópica caligrafia, para aproveitar espaços).

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