quinta-feira, 20 de novembro de 2014

GENIVAL SANTOS: PARTIU UM DOS REIS DO BREGA


O adeus de Genival

Por Mauro Ferreira

O cantor paraibano Juvenal Joaquim dos Santos (1941 - 2014) - conhecido por seu nome artístico de Genival Santos - fez parte do time de intérpretes associados à música romântica pejorativamente rotulada como brega por seu caráter sentimental. São cantores populares no Nordeste do Brasil e, não raro, desvalorizados no eixo Rio-São Paulo. Foi no Nordeste que Genival nasceu - em Campina Grande (PB) - e foi no Nordeste que saiu de cena ontem, 18 de novembro de 2014, aos 73 anos, vítima de câncer, em hospital de Fortaleza (CE), cidade para onde o artista migrou nos anos 1990. No caso de Genival Santos, contudo, ter vindo para o Rio de Janeiro - Estado aonde se radicou com a família aos seis anos e aonde viveu boa parte de seus 73 anos de vida - foi decisivo para que alcançasse visibilidade nacional no início dos anos 1970 através do programa do apresentador de TV Flávio Cavalcanti (1923 - 1986). Em sua primeira ida ao programa, foi gongado pelo apresentador e pelo júri da atração. Mas, diante da pressão do público, voltou à cena, no mesmo programa, para dar voz à música Meu coração pede paz, faixa-título de seu primeiro álbum, lançado em 1972. Ao longo de toda a década de 1970, Santos - que começara a carreira de cantor em boates da cidade do Rio de Janeiro (RJ) - manteve bem-sucedida carreira fonográfica com álbuns como Eu não sou brinquedo (1975), Vem morar comigo (1976), Se for preciso (1977) e Preciso parar para pensar (1978), que lhe renderam os sucessos Se errar outra vez, Sendo assim, Eu lhe peguei no flagra - o maior deles - e Preciso parar para pensar, respectivamente. Genival Santos gravou álbuns regularmente até a primeira metade dos anos 1980. Entre eles, Livro aberto (1980), Crise de amor (1981), Peço bis (1982), Porque será (1983) e Nossas brigas (1985). A partir da segunda metade da década de 1980, no entanto, sua carreira fonográfica entrou em progressivo declínio, embora o cantor tivesse mantido no Nordeste um público cativo e apaixonado que lhe garantiu uma agenda regular de shows até os últimos anos. (Fonte: aqui).

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"(...) também tomei muitas lapadas, quero dizer, goladas de cerveja tirando gosto com carne de sol ou galinha assada em mercearias, barzinhos e biroscas em cidades grandes e povoados do Piauí, Paraíba, Maranhão e Rio Grande do Norte, onde trabalhei um tempão no BB, com muita honra. E, claro, inúmeras vezes ao som de músicas bregas, capitaneadas por Genival e sequenciadas por Bartô Galeno (compôs e canta uma em que cada verso é o título de uma canção do Rei RC), Carlos André ("eu hoje quebro essa mesa, se meu amor não chegar"), José Ribeiro ("tens o perfume da rosa"), Reginaldo Rossi, Alípio Martins ("garota, não seja boba, não"), Fredson ("até no inferno eu vou lhe buscar) e outros monstros sagrados. Quando um cara bacana se vai, a gente fica triste. Mas, se vai o cara, os clássicos ficam. Palmas para Genival!
- (Comentário de minha lavra, feito no Jornal GGN, post de autoria de Luciano Hortêncio, intitulado "E lá se vai Genival Santos, um dos grandes do brega" - aqui).

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