sábado, 4 de janeiro de 2025

DEPORTAÇÃO: A HORA DO PESADELO


Marian Kamensky.
(Áustria). 

NA AGÊNCIA DE TURISMO...

          "EU QUERO CURTIR MINHAS FÉRIAS EM LOCAL DE CLIMA QUENTE. 
            ELA QUER IR PRA QUALQUER ESTADO QUE NÃO SEJA REPUBLICANO."

Christopher Weyant. (EUA). 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

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(03.01)


.BELEZA DO SOFRÊNCIA COM 
CHORO DAS 3 E PAULO GODOY:
"Último Desejo" (Noel Rosa) ................ Aqui.
................
.NUNO MINDELIS:
6º Festival Blues/Jazz/ BB-Seguros .... Aqui
................
.JOVEM GUARDA 50 ANOS -
ESPECIAL FIM DE ANO:
Lafayette, o gênio esquecido ................ Aqui.
................


.BOM DIA 247:
Gusttavo Lima quer ser presidente ...... Aqui.

.PAULO A. CASTRO:
Bolsonaro injuriado ............................. Aqui.

.DCM AO MEIO DIA:
Ministro Moraes: Instituições não
não entenderam riscos que 
a democracia correu ............................ Aqui.

.LIVE DA TARDE:
Nikolas faz confissões ......................... Aqui.

.GGN - TV JUSTIÇA - LAVA JATO:
Nassif entrevista Nelma Kodama ....... Aqui.

.ICL - ESPECIAL:
Repercussão do caso Gusttavo Lima .. Aqui.

.PORTAL DO JOSÉ:
Novo ataque! 'Morcega' de Jair
também ataca Natuza Nery ................ Aqui.

.BOA NOITE 247:
Gusttavo candidato ............................ Aqui.

.PROGRAMÃO DA FÓRUM:
Bolsonaristas em pânico; Papo 
com o escritor Rinas Francisco .......... Aqui.

.LUÍS NASSIF:
Rodrigo Sá Netto: O partido da
Fé Capitalista ..................................... Aqui.

.BEMVINDO SEQUEIRA:
-Gusttavo é fichinha, Bemvindo
pra presidente, oxente, gente! ........... Aqui.
-

.PAULO A. CASTRO:
Gilmar massacra Moro, jornalista
humilha Gusttavo Lima ................... Aqui.

................
.VÍDEOS DIVERSOS:
-Mistérios do Espaço:
Robô da NASA é encontrado
limpo em Marte ................................. Aqui.
....
-Fatos Desconhecidos:
Sunita Williams, a astronauta
presa no espaço ................................  Aqui
....
-Talk Flow:
A ameaça presente na amazônia
[+ experimento do serviço de
inteligência dos EUA] ...................... Aqui.

GUSTTAVO LIMA AFIRMA SER CANDIDATO A PRESIDENTE


Thiago. 
................

.Analista Aponta Semelhança Entre
Gusttavo e Bukele: "clones" - Aqui.

."Num Mundo de Bolsonaros, Mileis
E Marçais, Gusttavo Lima Não Pode
Ser Subestimado" - L. Attuch - Aqui.

FÁBIO RIBEIRO: O QUE É MAIS PROVÁVEL: O FIM DA GUERRA OU O FIM DO MITO?

.
A paz forçada num contexto em que a guerra se tornou impossível, inimaginável e indesejável força inimigos em potencial a tentar conviver.


Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Em meados de 2021, aqui mesmo no GGN, fiz algumas considerações sobre o Militarismo Fake de Jair Bolsonaro, assunto ao qual voltei em abril de 2022.  A fakeada de 2023, que terminou com centenas de prisões e condenações, provou que eu não estava enganado. Com a prisão do general Braga Netto, apenas dois supostos arquitetos da invasão do STF, Congresso Nacional e do Palácio do Planalto em 08 de janeiro de 2023 estão soltos: o general Heleno e o capitão Jair Bolsonaro.

Mas antes de falar sobre esse assunto, farei uma longa digressão sobre outro tipo militarismo. Aquele que não é fake e que voltou a ser moda na Europa, nos EUA e na Rússia por causa da Ucrânia. Militarismo que nunca deixou de ser fashion no Oriente Médio por causa da belicosidade de Israel.

Durante quase toda história da humanidade a guerra foi simétrica, uma continuação da política por outros meios. O que significa dizer que a paz era desejada e possível porque o vitorioso ganhava algo (território, butim, tributos, escravos, etc) enquanto o derrotado podia conservar algo (parte do território tradicionalmente ocupado, a vida em outro território ou na escravidão, etc…). 

O desenvolvimento tecnológico e a produção em massa de armamentos levou ao surgimento e à predominância da guerra assimétrica. Colonização, substituição da população indígena no território conquistado e extermínio total ou parcial do inimigo derrotado significam a impossibilidade de paz negociada. O vencedor leva tudo, o perdedor não fica com nada exceto se fugir quando isso for possível.

A invenção de armas de destruição em massa redefiniu os contornos da guerra e provocou o equilíbrio instável entre inimigos aterrorizados que sabem que a destruição mútua garantida irá sempre obrigá-los a evitar um conflito armado. Em caso de guerra nuclear o vencedor não ganhará nada e provavelmente perderá tudo de uma maneira ou de outra.

A paz forçada num contexto em que a guerra se tornou impossível, inimaginável e indesejável força inimigos em potencial a tentar conviver. Esse convívio das superpotências nucleares, porém, não eliminou o risco para os países mais fracos em cujo território a disputa por hegemonia provocou guerras por procuração.

Esse é o caso da Guerra da Ucrânia, que agora se encontra na fase mais perigosa. As sanções econômicas norte-americanas e europeias não provocaram o colapso da Rússia. O fornecimento de imensas quantidades de dinheiro e de armamentos ao regime de Zelensky não garantiu a vitória da Ucrânia. 

A derrota iminente de Kiev é considerada um fato inexorável e está levando a Europa e os EUA a redobrar a aposta. O envio de tropas norte-americanas e europeias para defender a Ucrânia e invadir/bombardear a Rússia tem sido mais e mais cogitado e algumas vezes exigido na imprensa ocidental. Caso isso ocorra, uma guerra nuclear será inevitável e não ficará limitada ao território ucraniano (essas foram, aliás, as palavras de Vladimir Putin). (Nota Deste Blog: Corre a versão de que os cidadãos americanos, por mais que torçam por Tio Sam, não mais estariam dispostos a ver seus compatriotas se expondo em campos de batalha: os tais líderes que contratem mercenários!).

O genocídio de palestinos em Gaza e na Cisjordânia foi normalizado pela imprensa sionista. A coisa se tornou tão grotesca que, apesar do relatório de Francesca Albanese, já tem gente dizendo que os civis, jornalistas, médicos e até as crianças e bebês assassinados friamente por soldados de Israel não são inocentes. Paralisadas por causa dos interesses geopolíticos das potências internacionais (as mesmas que auferem lucro exportando armas para Israel), as instituições internacionais se tornaram incapazes de fazer algo para impedir os genocidas israelenses de continuarem a massacrar civis palestinos.

2025 começou mal, pois na virada do ano Israel voltou a matar dezenas de palestinos. Impossível dizer se 2025 terminará ainda pior. Impotentes e incapazes de interferir no desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia e em Gaza, as pessoas comuns parecem acreditar que tudo ficará bem. Elas comemoraram o fim de 2024, fizeram planos para o ano que começa como se isso não fosse digno de espanto ou de comiseração. 

A foto de Georges Blind sorrindo diante do pelotão de fuzilamento em outubro de 1944 é inesquecível. Ele sabia que aquilo era uma encenação para obrigá-lo a falar ou foi capaz de imaginar que num curto espaço de tempo o III Reich seria derrotado e os alemães punidos? O bombeiro francês não sobreviveu à guerra. Morto em dezembro de 1944 no Campo de Concentração de Dachau, ele não viu a derrota da Alemanha. Nem teve o desprezar de saber que muitos criminosos de guerra alemães ficaram impunes e que alguns deles até emigraram para os EUA e passaram a desenvolver armamentos para os norte-americanos.

Nós estamos mais ou menos na mesma posição que aquele membro da resistência francesa, mas existe uma diferença importante. Georges Blind era combatente e aceitou o risco de lutar contra a Alemanha nazista. Mas nós podemos todos ser exterminados por causa de uma guerra europeia da qual não desejamos participar.

Blind foi de encontro à morte na guerra. A morte virá ao nosso encontro caso a guerra nuclear muito desejada pela OTAN comece na Europa espalhando destruição e extermínio pelo planeta inteiro. Ao comemorar a passagem do ano nós sorrimos. Suponho que muitos ignoram o verdadeiro motivo para sorrir amarelo. Eis aqui alguns deles:

1-Donald Trump não tem e não quer ter poder para encerrar o conflito militar na Ucrânia ou impedir o surgimento de outro na África, Oriente Médio e Ásia. Na verdade a paz continuará a ser indesejada e impossível enquanto a fabricação e venda de armamentos for um excelente e lucrativo negócio para norte-americanos, russos e europeus.

2-Ninguém na Europa ou nos EUA se importa realmente com a Ucrânia. Os ucranianos são descartáveis e foram estúpidos demais ao não perceber isso antes de provocar uma guerra com a Rússia para atender aos interesses geoestratégicos dos norte-americanos, que fomentaram e financiaram o golpe de 2014 contra Victor Yanukóvich. 

3-A Rússia fará o que for possível para evitar um conflito nuclear. Mas isso talvez não seja possível, porque a OTAN é comandada por lunáticos e se tornou mais agressiva por causa da adesão de países tradicionalmente neutros (Finlândia em 2023 e Suécia em 2024).

4- Caso a guerra nuclear não aconteça agora por causa da Ucrânia ela ocorrerá em algum momento futuro por algum outro motivo qualquer. Isso para não mencionar os estragos que serão causados pela mudança climática com ou sem um confronto nuclear. 

Cada qual precisa encontrar um motivo para rir. Eis o meu: apesar de não poder ser fuzilado, o outrora valente e invencível Jair Bolsonaro continuará choramingando com medo de ser preso em 2025. O mito acabou, tudo o que restou dele foi um espantalho amedrontado cantando a marchinha de carnaval “Me dá, me dá, me dá, me dá uma anistia aí” que ninguém quer ouvir.

Em 2024 o mito Bolsonaro acabou, ele será enterrado em 2025? Essa é a única dúvida que resta. Há bem pouco tempo os donos no PL começaram a dizer que o ex-presidente seria mais útil para eles se fosse preso logo. Portanto, talvez seja mais útil para a esquerda sugerir ao PGR que não tenha pressa para enjaular o capitão golpista boquirroto. Quanto mais Bolsonaro sangrar melhor. - (Aqui).

O Autor, por ele mesmo:
Fábio de Oliveira Ribeiro, 22/11/1964, advogado desde 1990. Inimigo do fascismo e do fundamentalismo religioso. Defensor das causas perdidas. Estudioso incansável de tudo aquilo que nos transforma em seres realmente humanos. 

O RABO DO DRAGÃO


JBosco. 

GASLIGHTING: E O MÉDICO INVOCOU A SÚMULA 7 E NÃO REQUISITOU EXAMES (O DIREITO, O DIREITO!)


"A dor do descrédito: o que fazer contra o
 gaslighting processual?

1. Falarei do gaslighting jurídico: Mas, antes, qual é o conceito usual de gaslighting?

O conceito usual de gaslighting — está em vários compêndios — é que se trata de uma forma de abuso psicológico em que informações são distorcidas, seletivamente omitidas (ignoradas) ou inventadas fazendo a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade.

O mais comum é o gaslighting médico. Funciona assim:  o paciente conta seus sintomas e o médico ignora. Pior: não pede exames (em uma alegoria com o direito, digamos que o médico invoca a Súmula 7 ou a 283 contra o paciente – como veremos na sequência).

Resultado: a piora ou a morte do infeliz. Como diz uma reportagem da revista Veja, trata-se da “dor do descrédito”. Há um movimento inédito contra o gaslighting médico. O abuso é caracterizado por desprezo ou subvalorização de sintomas relatados pelas pacientes e pode resultar em sérios riscos.

Pausa para uma reflexão e seguir adiante.

Pensemos agora na Súmula 7 ou nas negativas dos embargos respondidos assim: “nada a responder, a parte quer rediscutir a causa, não há contradição, o juiz tem livre convencimento ou o precedente é apenas persuasivo…”

Ou pense nos REsp decididos-barrados de algum modo (chamo a esses procedimentos de “fulminar” de algum modo) monocraticamente mesmo que o tribunal de origem tenha reconhecido omissões e contradições — sem que o relator enfrente nenhum dos argumentos do tribunal de origem.

2. Gaslighting processual, os EDs (embargos de desespero), os recursos especiais e extraordinários desistimados monocraticamente e a dor do Tema 339

E o que seria, então, o gaslighting jurídico-processual

É como a angústia. Difícil ou impossível de explicar. Mas tentarei.

É aquele aperto no peito do causídico…! Por exemplo, ele faz embargos e invoca várias omissões e contradições, que são respondidos em cinco linhas… Em face disso, invoca as omissões acerca das omissões e o REsp é barrado (fulminado) monocraticamente – sob o argumento das Súmulas 7 e 283. E tudo fundado no artigo 932 do CPC – sem que Sua Excelência justifique (isto é, sem dizer por que é REsp é manifestamente inadmissível ou improcedente e em que ele se baseia para dizer isso, por exemplo, quais os precedentes que dão azo a esse posicionamento). Oposto o Agravo, novas barreiras, com argumentos como “porque o recorrente não demonstrou…” etc.Para entender melhor, vejamos um exemplo (hipotético ou não): o advogado ingressa com ação. Cita, na forma do artigo 489 do CPC (ou 315 do CPP) um precedente ou súmula que lhe dá razão. É um elemento objetivo a seu favor. Pela lei, cabe ao juiz dizer que ele não tem razão (inciso VI).

Todavia…

Então começa o gaslighting processual. É quando o Judiciário ignora os “sintomas”. Ignora o que foi alegado. O advogado ingressa com embargos (como um paciente que mostra caroços no seu corpoao médico) dizendo que houve omissão etc.  No caso do médico, ele se recusa a pedir exames. É como se o médico tivesse uma espécie de Súmula 7 medicinal.

E aí vem a decisão: “nada há a esclarecer”.

Ou, que “a parte deseja rediscutir o mérito”.

Ou, “o juiz-tribunal tem livre convencimento e por isso não necessita responder aos argumentos da parte, se já está convencido do resultado” (Tema 339 do STF).

3. O gaslighting processual e o desespero dos desacordos empíricos

gaslighting processual também pode ser detectado (ou sentido) quando a decisão possui erro crasso (digamos, assim, um desacordo empírico que qualquer leigo detectaria, mas que a assessoria do tribunal insiste em ignorar) e o causídico ingressa com embargos de declaração. Na medicina seria algo como o paciente chegar com pressão alta, taquicardia, tossindo e o esculápio não fazer as medições protocolares e receitar paracetamol. Recentemente um parente meu morreu assim, por gaslighting médico. Já um piloto de automobilismo morreu não faz muito no RS. Gaslighting esculpido em carrara.  Ficou três horas esperando no hospital. Tudo indicava fraturas internas. O gaslighting médico o matou.

4. De como o gaslighting processual aniquila direitos

É desse modo que o gaslighting processual ceifa direitos todos os dias. Ignorar claros limites semânticos também é jus gaslighting. Está lá escrito na lei, mas o médico (quer dizer, o juiz ou tribunal) se recusa a verificar.

E, pior: por vezes isso ocorre em dois níveis: primeiro, ignora-se o dever de fundamentação (constitucional); já quando se reclama via embargos, ignora-se o que foi ignorado (isto é, violando o artigo 1.022 em conjunto com os incisos do artigo 489). É um ignorar/omitir de segundo nível. E quando vai levar para o STJ, ocorre gaslighting de terceiro nível. O cidadão não consegue sequer que suas alegações sejam “vistas-examinadas”. Isto é: é algo empiricamente demonstrável; é um fato. E por que é omitido? Talvez tenhamos que apelar para o empirismo lógico (Círculo de Viena), com sua Condição Semântica de Sentido.

O valoroso advogado Paulo Iotti faz uma cruzada contra algo parecido, mostrando que o modo de deficiência nas fundamentações passa por um “Estado de Coisas Inconstitucional da Fundamentação das Decisões Judiciais no Brasil”. Uma espécie de gaslighting no dever de fundamentar.

O que impressiona é o olhar complacente da doutrina jurídica (agora em boa parte embriagada com os robôs e a IA). Comparativamente, é como se a comunidade médica olhasse de soslaio para a prática de gaslighting na medicina.

5. Sinais visíveis de gaslighting processual: a manipulação dos “sintomas”

Com efeito, o gaslighting processual é a manipulação do próprio direito para dizer que não se tem direitos.

De que modo o pobre do utente convence o médico…ou… o Judiciário…? Imagine-se você no consultório frente ao poder do médico. Sem ter o que fazer. Lembremo-nos de como o reitor Cancellier sofreu e morreu por gaslighting jurídico.

Talvez o caso do reitor tenha sido o maior exemplo de gaslighting processual.

E como provar que um esculápio fez gaslighting? Muito difícil. Tão difícil quanto provar que houve jus gaslighting. Porque se forma um círculo vicioso.

Pensemos em alguns exemplos:

(i) O causídico alega dever de fundamentação;

(ii) Essa fundamentação não é feita, violando explicitamente o artigo 489 do CPC (ou o 315 do CPP).

(iii) O causídico também alega descumprimento do artigo 926 do CPC.

(iv) Da sentença o causídico interpõe embargos de declaração, agora explicitamente institucionalizados pela ligação umbilical do artigo 489 com o 1022 do CPC.

(v) Os embargos são rejeitados em clara desobediência do artigo 489 (ou 315). Faz embargos dos embargos. Resposta: está pretendendo rediscutir o mérito ou algo assim.

(vi) O causídico faz apelação e invoca esse dever de fundamentação brandindo, de novo, os artigos 489 e 926 (ou o 315 do CPP);

(vii) O que fazer? Uma preliminar pela negativa de vigência dos dispositivos violados. Funciona?

(viii) O causídico interpõe REsp (e RE), barrado já no tribunal a quo.

(ix) O que fazer? Interpor um agravo… que provavelmente será julgado (e improvido) monocraticamente, como já explicado acima.

Há casos dramáticos. Pensem em um caso em que, em processo criminal:

(i) O réu invoca desde o primeiro grau determinados dispositivos do CP.

(ii) A sentença ignora.

(iii) Interpõe embargos. Rejeitados.

(iv) O acórdão da apelação ignora novamente. Embargos rejeitados.

(v) Maneja REsp e não é admitido pelo tribunal de origem por suposta falta de discussão prévia sobre, exatamente, os dispositivos que foram ignorados na sentença... Um verdadeiro looping.

(vi) Maneja, então, AREsp, igualmente não-conhecido, monocraticamente.

(vii) Interpõe agravo regimental, mas a Turma também não conhece do AREsp, transcrevendo ipsis literis a decisão monocrática do relator.

(viii) Reclamar para quem desse gaslighting?

Sigo.

Veja-se a dimensão do gaslighting: imaginem um determinado processo no qual a decisão monocrática nega, sem fundamentação, provimento a REsp nos seguintes termos:

“Consoante a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o relator está autorizado a negar provimento a recurso por decisão monocrática quando a irresignação for manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicada ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do STF ou do STJ”.

Pronto. E o que mais? Nada.

Essa decisão serve para qualquer recurso (aliás, contraria frontalmente o inciso III do par 1º. Do artigo 489 do CPC e 315 do CPP). No caso, como o recorrente pode enfrentar esse tipo de decisão que, aliás, contraria também o artigo 489, II, que diz que não se considera fundamentada a decisão que empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar os motivos concretos de sua incidência no caso.

O que é “manifestamente inadmissível”? Parece óbvio que, para ser utilizado, esse conceito deveria estar acompanhado das razões concretas de sua incidência. Isso é elementar. Mais: confronto com súmula? Qual súmula? Em que medida? Súmula 7? OK. Mas, com qual dimensão concreta? O que é isto – o Direito brasileiro? São direitos de liberdade, propriedade e dignidade em jogo.Agora, pensemos em outra situação passada em órgão controlador: um causídico deseja que o CNJ ou o CNMP investiguem um membro que cometeu uma falta funcional (grave); nesse caso, há uma prova a ser examinada – condição de possibilidade de a “queixa” ir para a frente; porém, o Órgão responde que a parte não tem razão porque não juntou prova. Só que a prova está juntada. Mas o órgão se nega a examinar. E a parte cai em uma armadilha processual. Esgotada a “instância”, morreu o direito. Sem ter sido examinado.

Isso não é gaslighting? Não é a dor do descrédito? Efetivamente, advocacia não é só para fortes. É também para os humilhados.

Sigamos.

Também hipoteticamente, pensemos em um processo em que, em sede de REsp, o tribunal a quo tenha reconhecido (e proferido juízo positivo de admissibilidade) quase duas dezenas de omissões e contradições no acordão de segundo grau. Pensem, agora, na dimensão do problema: 

(i) No STJ, o REsp é barrado monocraticamente, 

(ii) sem que sejam examinadas quaisquer das quase duas dezenas de omissões e contradições; 

(iii) ao ignorar até mesmo o juízo de admissibilidade do tribunal de origem, não há, nisso, gaslighting processual?

6. Medicina é coisa séria e deve evitar a prática de gaslighting – que pode matar. 

No Direito o gaslighting fere, mutila e até mata. Direito também é coisa séria

jus gaslighting mata direitos (por vezes, tira liberdades e vidas), e o Direito, por ser também coisa séria, deveria criar mecanismos para vedar a prática. O que pensa a doutrina sobre isso? Prefere apostar na IA e nos robôs?

Já vimos, mais de uma vez, que o gaslighting pode matar — literalmente. Quem não se deixa manipular pelo discurso oficial sabe do que falo. O reitor Cancellier vive em memória para denunciar o gaslighting jurídico.

Precisamos, urgentemente, falar sobre gaslighting processual. Assim como médicos fazem gaslighting (por isso surgiu o conceito), no direito isso é perceptível quando você não consegue mostrar os “caroços” (vejam a relação com a medicina) processuais ao tribunal — que lhe ignora solenemente.

Não precisaríamos falar seriamente sobre isso? Ou a doutrina — em sua maior parte — está fadada a fazer glosas de decisões tribunalícias?

Agora vem aí o robô Maria e outros robôs. Talvez o primeiro programa a ser inserido nos robôs deveria ser a proibição de gaslighting.

Se o olho humano não vê, quem sabe os algoritmos?

Ou com os algoritmos isso ficará pior ainda?

Precisamos falar sobre isso. Esse é o papel da doutrina. Sempre sob a luz do princípio da caridade epistêmica, tão bem trabalhados por Davidson e Blackburn.

Feliz Natal com efeito ex tunc. E Feliz 2025. Empiricamente verificável."



(Do prof. Lênio Streck, artigo publicado na revista ConJur - Aqui - reproduzido por publicações Brasil afora.
O deplorável caso do prof. Luiz Carlos Cancellier de Olivo, ex-reitor da UFSC, tratado - por pessoas como o professor Streck - com o respeito merecido). 

OLD CARTUM


Rucke.
(EM ALGUM LUGAR
DO PASSADO).

PUTIN?!


Amorim.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

.
(02.01)


.CHORO DAS 3 - ADEUS AOS EUA:
Especial Tom Jobim: 
Live #238; EUA #88 - 02.01.2025 ..... Aqui.
.Replay Retrospectiva:
Um ano de motorhome nos EUA ....... Aqui.
................
NUNO MINDELIS:
-Por que Eddie Taylor mudou
o Blues para sempre? .......................... Aqui.
................
.COVERS:
-Roy Caetano - "Aceito Seu
Coração" - (Orig. Roberto Carlos) ..... Aqui.
-Cláudio Carlos - "Ternura" (RC) .....  Aqui.


.VIBE DE DOIS:
Vamos até o Alasca. (No caminho...
o que está acontecendo?) ................... Aqui.
................................ 

.BOM DIA 247:
Agressor de Natuza é o
bolsonarista típico ............................. Aqui.

.PAULO A. CASTRO:
Jair Renan Bolsonaro na 
mira do TSE ...................................... Aqui.

.BRASIL AGORA:
2025: ano decisivo para aliados
de Bolsonaro no TSE (e alhures) ...... Aqui.

.BEMVINDO SEQUEIRA:
O fuxico da esquerda ........................ Aqui.

.NATUZA AMEAÇADA:
-DCM - Live da Tarde ...................... Aqui.
-Maderada Brasil ............................. Aqui.

.BOA NOITE 247:
Jornalismo de guerra contra Lula ... Aqui.

.LUÍS NASSIF:
O que dizem os astros sobre a
política no Brasil em 2025 .............. Aqui.

.PAULO A. CASTRO:
Gustavo Lima anuncia que é
candidato a presidente ................... Aqui.

...............
.VÍDEOS DIVERSOS:
-Space Today:
Hidrogênio escondido na Terra
pode abastecer e salvar o mundo .. Aqui
....
-Ciência Todo Dia:
O mistério do astronauta perdido . Aqui.
O que aconteceu na Apollo 13? ..... Aqui.
....
-Cortes do Estranha História:
Petra, a cidade esculpida
nas montanhas ............................. Aqui.

E LA NAVE VA


Aroeira. 

EM TEMPO (II)

.
Maria Lucia, zeladora do Blog SamPaulo (Aqui), ao tempo em que formula votos de venturoso Ano Novo, lembra que a criação de novo personagem nem sempre prospera: se SamPaulo se deu bem com o sombrio Sofrenildo, o contrário foi o que se viu com o Sortêncio. Lançado em 1969, no jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre...


...depois de algumas peripécias, em que - ao contrário de Sofrenildo -, sempre se dava bem, até quando parecia que não...



...o Sortêncio, nas palavras de Maria Lucia, "não agradou e sumiu...".
E assim se deu a saga do personagem Sortêncio, que nem sequer um Ano Novo comemorou.

................


Blog SamPaulo. (Aqui).

EXPULSÃO DE MILHÕES DE IMIGRANTES + FIM DAS AGÊNCIAS REGULATÓRIAS + AMEAÇA DA MOEDA DO BRICS + ...

                      "É Ilusão Minha Ou Aquele Balão 
                       Está Diferente Este Ano?"

Christopher Weyant. (EUA).