1 - levei meu sogro para o Personnalité (Nota deste blog: setor do Itaú especializado no atendimento de clientes de alta renda) em 2006, tirando ele do Bradesco, onde estava sendo extorquido por não saber dizer não às meninas vendedoras de consórcios imobiliários para um senhor de 80 anos que já tinha casa há décadas (a grana sumiu e teremos que entrar na justiça da Carminha). Expliquei à gerente que ele era sócio de uma empresa que iria abrir o capital no Novo Mercado da Bovespa nos próximos anos; ela confirmou que a entrada no Private (Nota...: segmento especializado auxiliar o cliente em seus investimentos) era a lógica. Pouco tempo depois ela sumiu, e o novo gerente me falou que meu sogro não tinha o "perfil de cliente Private do Itaú".
Obviamente as herdeiras, depois da abertura do capital, foram aceitas num Private de banco estrangeiro.
2 - Minha mulher fez a transferência do VGBL (um dos sistemas de condução dos planos de previdência privada) de meu pai, do Bradesco para o Itaú. Quando meu pai morreu, fomos ao Itaú para "liberar" o VGBL (basta um certidão de óbito). Pediram um relatório médico com informações tipo "a pessoa fazia xixi na cama" e outras idiotices. Negamo-nos a responder, fizeram cera e acabaram pagando, mas levou uns meses.
Para o VGBL da mãe dela, foi escolhida o SulAmerica, que na morte dela pagou em poucas semanas, com apresentação da certidão de óbito.
3 - Na abertura da Copa no Brasil, os xingamentos de altíssimo nível à presidenta da república do brasil se iniciaram no palanque VIP do Itaú. Como nasci na França, e uma vez que lá não se aceita que o presidente da república em evento oficial seja desrespeitado, enviei reclamação ao gerente do Personalité e ao serviço de atendimento dos acionistas do Banco (eu era acionista, obviamente minoritário, aliás estou vendendo as minhas). Recebi respostas protocolares, tipo "passamos sua reclamação para cima" ou algo semelhante, e nada mais aconteceu...
Inútil dizer que meu $ fruto de trabalho, diferentemente do do Aócio Snow, não está mais neste banco.
P.S. Quando era Private, você foi convidado numa palestra do Joaquim Barbosa?"
(De Lionel Rupaud, ex-funcionário e ex-cliente do banco Itaú, a propósito do relato de João Rodovalho sobre sua experiência com o mesmo banco, objeto do post "As agruras de um ex-cliente Private Itaú":
"É curioso o sistema de atendimento do Banco Itaú.
Já fui cliente Private, antes da crise. Fui rebaixado.
Não estava conseguindo liberar o iToken no aplicativo do Itaú, decidi passar então em uma agência Private do Itaú na Avenida Angélica, logo abaixo da Avenida Higienópolis. Me encaminharam a um gerente com poucas informações. Passei meu CPF e quando foi conferir no computador, constatou que eu não era mais do Private. Me olhou, então, como se olha para um mendigo e se recusou a passar as informações, com a frieza das antigas meninas que iam trabalhar em lojas de shopping e se consideravam melhores que os fregueses.
Só o que paguei de juros a mais para o banco, na fase de crise, deveria cobrir seu salário por muitos meses.
Saí de lá, então, e entrei na agência ao lado.
Fui até a mocinha que fica ao lado do gerador de senhas. Ela tratou de me explicar pessoalmente como fazia, com toda a graça, simpatia.
Quando recuperar minha condição econômica, decidirei se vou continuar como cliente simples do Itaú, ou mudarei de banco. Private, nunca mais." - AQUI.
....
Comentários:
(a) todos os clientes segmentados são iguais perante os bancos;
(b) omissões detectadas: tarifas; juros; taxas; títulos de capitalização;
(c) ausências óbvias, até mesmo porque, além de tabus, não guardam, em princípio, relação com o atendimento à clientela:
.rotatividade de mão de obra;
.'ganhos de tesouraria' (muitos bancos têm seus lucros provenientes de aplicações na rolagem de títulos formadores da astronômica dívida pública brasileira (parte 'rolável': R$ 3,5 TRI);
.'abatimentos' gigantescos obtidos junto ao CARF (conselho administrativo de recursos fiscais) envolvendo valores que deveriam ser recolhidos ao erário, na casa de bilhões e bilhões de Reais...
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Comentários:
(a) todos os clientes segmentados são iguais perante os bancos;
(b) omissões detectadas: tarifas; juros; taxas; títulos de capitalização;
(c) ausências óbvias, até mesmo porque, além de tabus, não guardam, em princípio, relação com o atendimento à clientela:
.rotatividade de mão de obra;
.'ganhos de tesouraria' (muitos bancos têm seus lucros provenientes de aplicações na rolagem de títulos formadores da astronômica dívida pública brasileira (parte 'rolável': R$ 3,5 TRI);
.'abatimentos' gigantescos obtidos junto ao CARF (conselho administrativo de recursos fiscais) envolvendo valores que deveriam ser recolhidos ao erário, na casa de bilhões e bilhões de Reais...
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