1. Da serventia de certas delações: as confissões do notório Funaro serviram para embasar a denúncia II contra o senhor Temer, mas uma delas - a de que o igualmente notório Eduardo Cunha recebeu dinheiro para bancar parlamentares pró impeachment - parece ter sido solenemente ignorada pelo senhor Janot, que emitiu parecer contrário ao acolhimento do recurso contra o impeachment, dirigido ao STF pela defesa da presidente Dilma Rousseff "nos idos" de 2016. De qualquer modo, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, que agora se manifeste sobre o assunto, e que a Corte Suprema cumpra, enfim, sua obrigação de julgar.
(Adendo em 16.10: "Defesa vai usar delação de Funaro para pedir anulação do impeachment" - AQUI).
2. O senhor procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em sua conta no Facebook, ao tempo em que lamenta a 'tentativa de esvaziamento da Lava Jato' a partir da recente deliberação do Supremo sobre a quem cabe dar a última palavra relativamente à aplicação de medidas cautelares contra membros do parlamento, registra:
"Depois da última decisão do STF, é compreensível (sic) as tentativas da AGU, a mando de Temer, de tentar reverter a decisão de prisão após a decisão de segundo grau. Afinal, não há mais oposição das ruas às tentativas de acabar com o pouco conquistado."
São compreensíveis as tentativas da Lava Jato, a mando dos seus, de tentar ver consolidada a decisão de prisão após a decisão de segundo grau. Ironias à parte, deveria o veterano fiscal da Lei saber que tal medida, mesmo após o histórico escorregão do "Guardião" (que, por sinal, dá sinais de que poderá corrigir-se proximamente), é INCONSTITUCIONAL, independentemente da opinião das ruas.
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