terça-feira, 30 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018: ECOS DOS ÂNIMOS EXACERBADOS (E A PAZ DO PÂNTANO)

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A política é um terreno prenhe de armadilhas. Exige engenho, arte e muita, muita reflexão (melhor seria dizer meditação), além da consciência das qualidades e fragilidades da natureza humana. Exige que se conheça a diferença entre firmeza de ideias e propósitos e radicalismo. Enfim, impõe a todos o dever de proceder democraticamente desde a concepção e exposição das ideias até o momento de, alcançado o êxito, partir para a sua implementação. Sob pena de, sob o embalo insistente de Fake News ensandecidas, se fecharem portas e janelas. É batata: toda vez que se investe em estratégias e táticas fora da curva, o desastre ameaça apontar no horizonte.
Dica de leitura: Clique AQUI: 'Seguidores de Bolsonaro divulgam lista e pedem boicote a celebridades'.
Enquanto isso...


Internautas reagem à campanha pacificadora pró-Bolsonaro

No GGN: Desde que Jair Bolsonaro foi declarado presidente eleito, no domingo (28), circulam pelas redes sociais imagens e textos que tentam apaziguar os ânimos entre vencedores e derrotados e jogar panos quentes nas polêmicas decorrentes de discursos de ódio proferidos pelo deputado de extrema direita.

As mensagens também tentam abafar ou ridicularizar os eleitores que se declararam parte do movimento de "resistência" a eventuais ações do governo Bolsonaro que possam ir de encontro a direitos adquiridos. 

Há textos que afirmam que os brasileiros interessados no bem comum devem, agora, reconhecer a derrota, esquecer as brigas, apoiar a união e desejar o melhor para o País sob Bolsonaro. Alguns também dizem que ele não tem culpa pela violência praticada por seus seguidores.

Em resposta a essa onda pacificadora, internautas criaram uma conta no Instagram (@mesa17oficial) para documentar as declarações de Bolsonaro que afrontam a liberdade de expressão e ameaçam minorias formadas principalmente por negros, mulheres e homossexuais.

O objetivo é não deixar que os apoiadores de Bolsonaro apaguem ou deturpem as violações praticadas em nome do presidente eleito. "Não esqueceremos!", diz a descrição.

Além dos ataques feitos diretamente pelo capitão da reserva, a conta também registra episódios de violência e discriminação praticados pelos seus entusiastas.

O acervo contém, por exemplo, casos recentes de discurso de ódio e racismo, como o do estudante da Universidade Mackenzie, que afirmou que a "negraiada" iria morrer com Bolsonaro eleito, além de ameaçar matar "petistas". Há também a eleitora de Bolsonaro que fantasiou o filho menor de idade de "escravo", para participar da festa de Halloween da escola. O episódio ocorreu um dia após a definição do segundo turno.  

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