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De acordo com o presidente do TSE, a fala do ministro da Saúde contrariou a legislação eleitoral
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, negou nesta segunda-feira (8) pedido do Ministério da Saúde para o ministro Marcelo Queiroga fazer um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. De acordo com o juiz, a fala de Queiroga contrariou a legislação eleitoral. A informação foi publicada pelo portal G1.
Segundo o pedido, o discurso teria como objetivo o lançamento da campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação. Mas o pronunciamento de Queiroga tinha elogios à ação do governo no combate à Covid-19.
De acordo com o texto encaminhado ao TSE, Queiroga afirmaria que "durante a pandemia de Covid-19, demonstramos nossa capacidade de adquirir [vacina] e vacinar, em tempo recorde, a nossa população".
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 teve 80 indiciados. Dois foram o ministro e Jair Bolsonaro (PL). - (Aqui).
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É a velha história: dá pra escamotear tudo, exceto o comportamento do senhor mandatário no trato da pandemia de covid-19. A crítica nada tem a ver com preferência partidária, se fundamenta na realidade nua e crua, constatável por qualquer crítico minimamente isento. O negacionismo explícito, as galhofas, a recusa inicial de adquirir vacinas, tudo isso está indelevelmente vinculado à memória nacional; não tem antídoto que dê jeito. Mas algo tem de ser feito, não é? Faça-se, então, propaganda. Ou tente-se fazer, como agora se vê, graças à pronta reação do TSE.
Enquanto isso, na outra ponta o relatório da CPI da Covid é rasgado pela notória PGR.
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