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Presidente repete estratégia de anotar assuntos favoráveis para mostrar em rede nacional tópicos críticos à esquerda brasileira
O Que Estava Escrito Na Mão De Bolsonaro No JN
Por Igor Gadelha, do Metrópoles:
Na entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (22/8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu novamente à estratégia de anotar palavras nas mãos para tentar chamar a atenção do público para pautas que dificilmente seriam abordadas pelos jornalistas.
Desta vez, o atual chefe do Palácio do Planalto levou anotado na mão esquerda quatro tópicos que puderam ser vistos por quem acompanhava a sabatina do candidato à reeleição: Nicarágua, Argentina, Colômbia e Dario Messer.
Os três primeiros são países comandados por presidentes de esquerda. Já Messer é um doleiro que, em delação premiada, disse ter feito entregas de dólares para integrantes família Marinho, dona das Organizações Globo.
O destaque na mão do presidente era o garrancho com a inscrição “Nicarágua”. O país latino-americano enfrenta um racha com a Igreja Católica, no qual o presidente Daniel Ortega é acusado de mandar prender um bispo crítico ao seu governo.
Nas redes sociais, aliados de Bolsonaro tentam associar Ortega a Lula para pregar que, se eleito, o petista pode iniciar conflitos semelhantes com religiosos. Especialmente com os evangélicos, uma das bases eleitorais do atual presidente brasileiro. - (Aqui).
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Como se viu, a amena entrevista não chegou a suscitar item(ns) anotado(s) e outros igualmente cruciais. Não obstante, o que se propala - e isso é mais do que previsível - é que na campanha midiática a ter início no dia 26 o chumbo grosso reinará, sob a liderança da Lava Jato, emoldurada pelos dutos da Globo de onde fluíam às pencas cédulas de dinheiro.
Mas antes mesmo do início da campanha midiática o candidato Ciro Gomes trará a corrupção à baila (dentro de algumas horas, em entrevista à Globo), atribuindo ao PT todos os pecados do mundo e manifestando uma vez mais o desejo de que o povo brasileiro reconheça que ele, Ciro, é o único virtuoso da paróquia, merecendo, pois, ser eleito Presidente.
À coligação liderada pelo PT recomenda-se exibir incansavelmente o vídeo em que o senhor Bolsonaro zomba do massacre da Pandemia de Covid, imitando um paciente agonizando por asfixia. Compaixão zero. (E o mandatário ainda teve a caradura de, na entrevista global, negar a performance perpetrada!).
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