Quem não merece continência é a imbecilidade da mídia com os atletas do Pan
Por Fernando Brito
Ridícula a reação da imprensa explorando o fato de atletas brasileiros que são militares fazerem continência nos pódios do Panamericano de Toronto.
Isso, sim, é exploração de preconceitos imbecis contra as instituições militares, que além de todas as suas outras enormes funções têm, naturalmente o papel de formar atletas em suas tropas, porque é obvia a pertinência de atividades físicas no cotidiano de Exército Marinha e Aeronáutica.
São 130 militares atletas em nossa delegação de 600, uma marca que mostra a importância desta união entre o serviço militar e a prática esportiva, com benefícios para todos, sobretudo para a representação esportiva brasileira.
Ainda mais quando estes rapazes e moças, com sua honrada profissão, só deveriam ser aplaudidos por sua atitude de reunir a ela o decoro e o respeito que militares de verdade se impõem.
Muito bacana que, por força de sua formação e atividade, reproduzam o gesto que, nos quartéis, fazem ao hastear-se a nossa bandeira, mostrando que o amor à Pátria não se divide entre estar portanto um uniforme militar ou agasalhos e roupas de esportistas.
Principalmente em nosso país, com tantos traumas relativamente recentes, que bom que se possa recuperar, pelos melhores exemplos, a admiração pelos nossos militares que, ao contrário de muitos, têm tido um comportamento exemplar de acatamento das regras democráticas!
E se as Forças Armadas sugeriram que prestassem o sinal de respeito, fizeram muito bem. Se podem colocar a bandeira às costas, beijá-la, conduzi-la em comemoração, por que é que não podem prestar continência?
É muito bom que nossas instituições militares sejam admiradas por gente que vai competir de igual para igual com gente vinda de todas as partes do mundo, em clima de amizade e fraternidade, em lugar de serem vistas por muitos que se servem da farda – ou de imitações dela, como aquele energúmeno que humilhou o pobre haitiano – para espalhar brutalidade, intolerância e – algo caríssimo entre esportistas e militares – respeito às regras pelas quais se vence ou se perde com honra, valentia e pudor.
Pode crer que quem faz isso quer alimentar a velha, falsa e inaceitável contradição entre os militares e o pensamento progressista.
E que nunca souberam, ao contrário dos valorosos atletas brasileiros, vencer segundo as regras que valem para todos.
Tomara que todos eles possam bater continência subindo ao pódio, porque é o Brasil vencendo com eles, de cabeça erguida e não com este “mimimi” sórdido, que, este sim, é um desrespeito aos atletas e ao país. (Fonte: aqui).
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"Continência é uma saudação militar. Não é uma obrigação prestar continência no hino ou à bandeira ali no pódio. Podemos bater continência a civis, por exemplo. É mandatório na saudação a um superior, e o superior também retribui o gesto. Mas não é uma exigência das Forças Armadas aos atletas. Mas não posso negar que fiquei muito emocionado quando vi o Charles Chibana batendo continência no pódio. De casa, eu bati continência para ele, foi emocionante, vibrante demais, um grande gesto patriótico".
(Do brigadeiro Carlos Amaral, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa - aqui).
Prestar continência é tão somente fazer uso de um direito, exercitar a liberdade de praticá-lo, simples assim. O que ocorre é que os iluminados, midiáticos ou não, não se dando por satisfeitos em torcer contra o Brasil, se esmeram em procurar qualquer pretexto que possa, no entender deles, denegrir a imagem do país e dos que se empenham em louvá-lo.
Para arrematar: até agora, das 55 medalhas do Brasil no Pan, 26 são de atletas militares.
Os atletas em geral, os atletas militares e as Forças Armadas estão de parabéns.
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