O leão Cecil e a insensatez humana
Por Paulo F.
Um caçador estadunidense matou Cecil. Para aqueles que não o conheciam, Cecil era um leão. Mais, era um espécime de juba negra, objeto de estudo científico e animal símbolo do Zimbábue.
Nascemos todos caçadores e coletores. Era desta forma que nossos ancestrais buscavam alimentação. Estudos científicos mostram que a evolução só foi possível com o aumento do consumo de proteína, muito dessa proteína encontrada no que chamamos tutano. Éramos chupadores de ossos...
A evolução deu-se e consolidamos o que se pode chamar de Humanidade. Porém, de forma imperfeita, pois em seu seio abriga elementos como James Palmer, 55 anos, dentista, reincidente.
Palmer já havia caçado outro grande mamífero, um urso pardo de forma ilegal. Não satisfeito e de forma a satisfazer seu ego, com um punhado de dólares, cinquenta e cinco mil para ser exato, o Sr. Palmer, auxiliado por dois locail, acertou Cecil com um projétil disparado de seu arco.
O grande mamífero, que segundo relatos apreciava a atenção que os humanos dedicavam a ele, não caiu imediatamente. Agonizou por horas. Foi morto por disparo de arma de fogo.
Palmer necessitava mais para satisfazer sua vaidade. O troféu. A cabeça e a pele de Cecil.
Espera-se ação imediata das autoridades estadunidenses (que volta e meia se arvoram em polícia do planeta), e que o Sr. Palmer pague mais que uma multa e leve uma passada de mão na cabeça de um juiz de uma corte inferior.
Muito mais que Cecil, o Sr. Palmer destruiu símbolos. Como o da nossa capacidade de compreender e apreciar a beleza, que o grande Cecil representava. Exterminou não só o animal, mas também um pouco da Humanidade latente em todos nós.
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Bob Englehart.
A atitude abominável de Palmer foi amplamente divulgada/denunciada pela blogosfera mundial. A charge acima revela quem, ao fim e ao cabo, mereceu ocupar o lugar do troféu insanamente perseguido.
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