quarta-feira, 16 de abril de 2014

BOATOBRAS


"As questões envolvendo a Petrobras possuem aquela natureza temerária e nebulosa que a maioria dos espectadores só conhece pelos suspenses hollywoodianos. O montante das transações e o peso dos interesses envolvidos transformam o ramo petrolífero num antro de maldades que escapam à compreensão dos pobres mortais. Se o poder persuasivo dos gigantes inescrupulosos que dominam o meio ficasse apenas na riqueza financeira, já seria avassalador.

A mídia corporativa é o lado mais frágil e corruptível desse jogo. E seus “analistas de mercado” dispensam apresentações. Somando a tudo isso o oportunismo político-eleitoral da direita privatista, é fácil concluir que não será na grande imprensa brasileira que teremos fontes confiáveis para entender a estranhíssima onda de ataques à estatal e ao governo Dilma Rousseff.

A polêmica sobre a refinaria de Pasadena atinge uma relevante infraestrutura brasileira instalada numa região estratégica dos EUA. Um canal de escoamento para o maior mercado consumidor de petróleo do mundo. Às vésperas da explosão produtiva do pré-sal. E ainda ficam repetindo que o imbróglio se resume aos valores investidos e a umas planilhas técnicas.

O encontro com as informações relevantes que a imprensa vem ignorando mostra que as confusões em torno do caso Pasadena ultrapassam o nível da pura ingenuidade."



(Guilherme Scalzilli, em seu blog, segundo o Jornal GGN, aqui, a propósito do caso Pasadena/Petrobras.
Já o que ultrapassa qualquer nível de entendimento é o fato de uma comitiva de senadores, em flagrante desrespeito ao Poder Judiciário e à Constituição Federal, ter ido à presença da ministra Rosa Weber, no STF, para 'argumentar' e pedir 'pressa' na emissão de liminar que autorize a realização de CPI exclusiva sobre a questão Petrobras, conforme se pode ver aqui. E isso foi encarado pela mídia com a maior naturalidade! Se os visitantes fossem do grupo que defende CPI ampla, ficamos a imaginar a indignação cívica dos doutos formadores de opinião).

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