Segundo muita gente, 2009 é para ser um ano tétrico, catastrófico, dantesco em matéria de economia. O emergente Brasil necessariamente terá de constar do rol dos arrebentados, em face dos 'vasos comunicantes' com os demais países/blocos econômicos, sendo as commodities a principal 'artéria' de tal ligação.
Persiste, até agora, a incerteza quanto ao sistema financeiro americano, que é quem manda no mundo. Depois de abocanhar trilhões de dólares, o Livre Mercado em geral (EUA, Europa, Japão...) conta com 'analistas' amigos que pregam a continuidade da desregulamentação - muito embora remanesçam dezenas de bancos com a corda no pescoço, pedindo ao Estado que lhes dê mais dólares.
Contrariando a torcida de catastrofistas de larga estirpe, o Brasil se segura:
.a diversificação de parceiros comerciais levada a efeito pelo governo Lula tornou menos vulneráveis as relações comerciais externas. Em 2002, as exportações para os EUA representavam 29% do total; hoje, 14%;
.a China, que é quem financia os sucessivos déficits americanos e detém reservas robustas, cismou de incrementar obras de infraestrutura - ótimo para o Brasil;
.a política de redução das desigualdades sociais (bolsa família, salário mínimo, moradias etc) fortalece o mercado interno, o que, aliado às obras do PAC, faz lembrar o receituário keynesiano (que tirou os EUA de Roosevelt da Grande Depressão);
.os bancos estatais (BNDES, Banco do Brasil, Caixa) expandiram o crédito - enquanto a banca privada se retraiu. Agora, vemos o economista Luis Carlos Mendonça de Barros louvar a ação dos estatais e reconhecer a necessidade de o Estado estar presente em setores estratégicos, como o de crédito...
O Brasil se segura. A questão é saber se atravessará incólume a tormenta.
Algumas previsões para o PIB 2009 (emitidas em abril):
.Banco Morgan Stanley .............. - 4,5%
.economista Yoshiaki Nakano ..... - 4,0%
.economistas da CEPAL .............. - 2,0%
.FEBRABAN ................................ 0,3%
.Stephen Kanitz .......................... 2,3%
Nenhum comentário:
Postar um comentário