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O histórico de abusos de direitos humanos por parte de Ferdinand Marcos - que governou as Filipinas entre 1965 e 1986 - contabiliza ao menos 3.257 execuções extrajudiciais, 35 mil casos de tortura e 70 mil prisões. Entre os mortos, mais de dois mil foram torturados e mutilados antes de seus corpos serem espalhados, em uma tática para semear o medo. Os alvos preferidos eram adversários políticos, jornalistas e, entre outros, estudantes que ousavam desafiá-lo.
A situação explodiu com o assassinato de Benigno Aquino Jr., opositor desde o fim da década de 1960, após ser eleito senador. Ele chegara a ser preso por acusações forjadas durante a lei marcial e, depois de passar três anos em exílio, retornou em 1983, sendo morto com um tiro na cabeça após desembarcar em Manila. (...). O caso levou a esposa de Benigno, Corazon Aquino, ao holofote, disputando as eleições antecipadas de 1986, quando foi derrotada por Marcos. No entanto, sob acusações de fraude eleitoral, o assassinato de Benigno e o histórico de atrocidades, eclodiu a chamada Revolução do Poder Popular, com 2 milhões de manifestantes, entre civis, políticos e até grupos de militares e religiosos.
A revolta de três dias culminou com Corazon na Presidência após a derrubada de Marcos, que fugiu com a família para o Havaí, ilustrando o apoio dos EUA ao regime repressivo. Marcos era visto como um aliado americano na luta contra o comunismo, sediando bases militares dos EUA. Presidente dos Estados Unidos à época, Richard Nixon chegou a aprovar a adoção da lei marcial.
Em um obituário da morte de Marcos publicado pelo New York Times em 1989, a presidente filipina Corazon foi citada dizendo que deixaria “aos outros, e ultimamente à história” para avaliar o regime de Marcos. Na segunda, essa avaliação ganha outro capítulo. ... (Com a virtual eleição de Ferdinand Marcos Jr., filho do ditador).
.(À vista de matéria de O Globo - Aqui).
Resumo Filipino:
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