Sobre as Olimpíadas Rio 2016
Por Roger Cohen - no New York Times
Estou de saco cheio de ler matérias negativas sobre a Olimpíada do Rio: o ódio nas favelas, a violência (inclusive o assalto a quatro nadadores americanos), a permanente divisão entre ricos e pobres, o doping da Rússia, o mosquito brasileiro, os eventuais problemas de organização, e o dinheiro que supostamente deveria ser empregado de outra forma que não a extensão do metrô do Centro à próspera Barra da Tijuca (e que, entre outras coisas, permite que os pobres possam trabalhar lá).
Primeiro, diziam que o Brasil jamais conseguiria realizar a Olimpíada. Agora, como é um retumbante sucesso e apresentou uma magnífica cerimônia de abertura, o Brasil é acusado de não resolver seus problemas sociais a tempo.
Tem alguma coisa no mundo desenvolvido que não gosta que um pais em desenvolvimento organize um grande evento esportivo… Não me lembro de repórteres, na Olimpíada de 2012, à procura de histórias sobre as regiões mais pobres de Londres ou as regiões britânicas em que o crime fica escondido.
Os problemas sociais do Brasil persistem, mas só um idiota negaria que o Brasil será um grande ator do Século XXI.
Como diria o Tom Jobim, compositor de Garota de Ipanema (e que dá nome ao aeroporto da cidade), “o Brasil não é para principiantes”. (AQUI).
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A tradução foi realizada pelo site Conversa Afiada, que diz o seguinte:
.Cohen, que foi correspondente no Brasil nos anos 80 do século passado, critica a imprensa internacional e seu preconceito contra o Brasil – e todo pais em ascensão e que possa rivalizar com os países ricos. Sua análise descreve também o comportamento do PiG, especialmente o paulista, que corta os pulsos com o sucesso retumbante da Rio 2016 – como teve que cortar com o sucesso retumbante da Copa no Brasil.
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