quarta-feira, 5 de novembro de 2014
SONEGAÇÃO: A PONTA DO ICEBERG
Em um ano, Itaú e Bradesco 'economizaram' R$ 200 mi em impostos graças ao apoio do paraíso fiscal Luxemburgo
Alentada matéria divulgada nesta data pelo jornal Folha de São Paulo - aqui - destaca trabalho realizado pelo ICIJ, Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo, com sede em Washington, EUA, em parceria com a consultoria internacional PwC (Price Waterhouse Coopers), que obtiveram arquivos secretos contendo informações sobre "elisão fiscal" praticadas em 2009 por 343 empresas de diversos países, entre eles o Brasil.
O esquema funciona/funcionou assim: contribuintes como os bancos Bradesco, Itaú e Unibanco (esses dois últimos posteriormente se fundiram) usam/usaram operações secretas no paraíso fiscal de Luxemburgo para receber generosos descontos tanto em Luxemburgo como no Brasil, em face da redução do valor do lucro declarado de suas subsidiárias.
Os valores obtidos em 2008/9 pelos bancos Bradesco, Itaú e Unibanco totalizaram R$ 200 milhões(duzentos milhões de reais) em impostos que deixaram de ser recolhidos ao Tesouro Nacional.
Não há como saber o que se passou de lá (2009) para cá (2014). Tampouco vazaram dados de outras consultorias (além da PwC). Conforme a Folha, esses contratos são protegidos pelas leis de sigilo em Luxemburgo.
Arremata a matéria: "Trata-se de situação idêntica à verificada em vários outros paraísos fiscais nos quais as empresas do Brasil operam livremente para reduzir o que pagar de impostos aqui".
Clique aqui para ver como funciona operação em paraíso fiscal.
Observações:
1. Com essa matéria, a Folha de São Paulo fez jornalismo - muito embora em momento algum tenha utilizado a palavra sonegação, preferindo a 'tecnicista' elisão fiscal.
2. O Itaú, que se esmera em dar aulas sobre o Brasil em querer ditar seus rumos, inclui mais essa na coleção de malfeitos.
3. Trabuco, do Bradesco, agiu bem ao 'declinar' do Ministério da Fazenda...
4. O JN, sobre o assunto aqui tratado, passará ao largo.
5. Se em um ano três bancos 'alcançam' R$ 200 milhões em, vá lá, elisão fiscal, e se várias empresas brasileiras operam em vários paraísos fiscais mundo afora, em quanto estará o rombo fiscal? Quantas escolas, hospitais, moradias e que tais poderiam ter sido construídos com a gigantesca montanha sonegada?
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