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A China condena a sugestão de um ministro israelense de lançar uma bomba nuclear sobre Gaza
O vice-representante permanente da China nas Nações Unidas, Geng Shuang, disse na segunda-feira (13) que seu país está "chocado" com as declarações do ministro do Património de Israel, Amichai Eliyahu, que sugeriu que uma bomba nuclear na Faixa de Gaza seria uma opção para acabar com o conflito sangrento em curso entre Israel e a Resistência Palestina, informa o canal iraniano HispanTV.
Estas declarações são “extremamente irresponsáveis e preocupantes” e devem ser universalmente condenadas, sublinhou o diplomata chinês no seu discurso na abertura de uma conferência das Nações Unidas, cujo objetivo era estabelecer uma zona livre de armas nucleares na Ásia Ocidental.
Ele instou as autoridades israelenses a retirarem tais declarações e apelou a Israel “para aderir ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear [TNP]” como uma entidade não-armadora nuclear “o mais rápido possível”, além de colocar todas as suas instalações nucleares sob a salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O Irã alerta para o perigo das armas nucleares de Israel e exige a intervenção imediata do Conselho de Segurança e da AIEA para evitar qualquer infortúnio.
A China está disposta a contribuir para os esforços internacionais destinados a “estabelecer uma zona livre de armas nucleares na Ásia Ocidental”, disse Geng.
Ele enfatizou ainda que uma Ásia Ocidental livre de armas nucleares “ajudará a conter a proliferação de armas de destruição em massa, salvaguardará a autoridade e a eficácia do regime internacional de não proliferação e reduzirá o risco de uma corrida armamentista e de conflito, proporcionando assim um mecanismo importante para a manutenção da paz e segurança regional a longo prazo.”
Os representantes do Irã, Omã e Líbano também condenaram veementemente os comentários do extremista ministro israelita, alertando que estas declarações constituem uma ameaça para o mundo inteiro.
O embaixador de Omã nas Nações Unidas, Mohamed Al-Hassan, falando em nome das seis nações do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), observou que a ameaça de utilização de armas nucleares em Gaza “reafirma os extremos e a brutalidade da ocupação israelense contra o povo palestino” e o seu “desrespeito pelas vidas inocentes”.
O diplomata omanense pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e à AIEA que tomem medidas decisivas a este respeito.
Israel desenvolveu secretamente armas nucleares há mais de 50 anos. Até agora, ele não admite nem nega a sua posse; mas é um segredo aberto que se trata de um regime nuclear e aparece como tal nas listas de instituições de investigação atômica. - (Aqui).
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