O STF, para surpresa deste Blog, determinou anteontem o retorno do relatório da CPI da Covid à pauta, retirando-o do arquivamento a que fora relegado a pedido da PGR, ou seja, a Procuradoria-Geral da República foi na prática desmentida pelo Supremo. (Antes, um esclarecimento: a providência pode ter sido a respeito de uma parte do relatório, mas na prática todo o relatório resultou 'reabilitado').
No dia 7 (há pouco, pois), reproduzimos matéria divulgada no DCM, sob o título "Governo Tarcísio irá à Justiça para elevar em 8000% multa ao ex-presidente" (Aqui). Lá, inserimos o comentário abaixo, no qual uma vez mais deploramos o comportamento da PGR relativamente ao tratamento dispensado às graves denúncias elencadas pela CPI da Covid:
"Que fique claro, a Justiça já havia deliberado no sentido de que o ex-mandatário fosse punido com a ridícula multa de R$ 524,59 pelas 'infrações sanitárias' praticadas em São Paulo. Nenhuma referência aos responsáveis por tamanha cretinice, fruto, lícito suspeitar, de desavergonhado protecionismo ao ex-presidente. Mas o que consola é constatar que os crimes perpetrados ao longo da pandemia de Covid insistem em vir à tona. Afinal, foram monumentais os efeitos da prática tresloucada: 700 mil - e mais - óbitos, não se sabendo precisar a fatia macabra dos eliminados por pura desídia governamental e os que ainda hoje amargam sequelas decorrentes dos males. Execração pública seria o que a sensatez recomendaria. O mínimo. Outra consequência radical aparentemente caberia, mas a PGR passou o pano nas graves denúncias..."
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