Ao escolher – ou acatar mansamente a escolha do PSL, no mínimo – a deputada Bia Kicis como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, primeiro e maior filtro de qualquer iniciativa legislativa, inclusive e sobretudo das emendas à Constituição, o novo presidente da Câmara deu um pontapé em todas as esperanças de que, no cargo, a Casa vá ter qualquer tipo de equilíbrio, moderação ou, até mesmo, pudor. Por
Aliás, pudor já ficou claro que Artur Lira não terá, como fez questão de mostrar, logo após a sua eleição, fazendo, sem sentar na cadeira, um discurso de entendimento e, logo ao sentar, praticando uma afronta brutal aos derrotados, com a exclusão de todos eles da Mesa Diretora, e logo depois, com a festa do Coronacâmara, com o vírus correndo solto, como solta fazia o papel de crooner a notória Cristiane Brasil.
De volta a Kicis, porém. Alguém já parou para pensar, grosseira como é, o que fará esta mulher como presidente da comissão mais importante da Casa?
Ou como será a ação de quem combate a vacina, critica o uso de máscara, defende o “liberou geral” em pleno morticínio da pandemia?
E como desempenhará o papel de ser, na instância parlamentar, a guardiã da Constituição, se foi arroz de festa em todas as manifestações em favor do AI-5, da intervenção militar com o fechamento do STF e cassação de seus ministros, amiga e correligionária da “bombardeira” Sara Winter?
A sua relação com o Supremo, aliás, será a atual, a de investigada por participação em fake news e em ataques a rojão ao seu prédio?
Ora, qualquer estagiário em política poderia perceber que um presidente da Câmara que, para dizer o mínimo, se verga a uma indicação bolsonarista com estas característica quer qual quer coisa, menos harmonia em seu poder e harmonia entre os poderes.
É declaração de guerra. - (Aqui).
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