quarta-feira, 3 de abril de 2019

DA SÉRIE ARQUÉTIPOS DO FASCISMO

Este Blog vem há tempos batendo na tecla: País que despreza a sua Constituição não tem como dar certo. O dia a dia vem demonstrando que o ministro Luis Roberto Barroso e o ex-juiz Sérgio Moro se esmeram em agir como se a Constituição Federal não existisse (como se a Constituição não existisse - são exatamente esses os dizeres que vimos utilizando 'desde os primórdios'): seja em palestras, seja em entrevistas, seja em despachos, seja em artigos, o que ressalta é a ausência de referência a diretrizes constitucionais, de alusão à supremacia da Carta Magna. Chega a causar estupor. A que atribuir tal estado de coisas? Em recente artigo (citado nas 'notas', abaixo), o jornalista Reinaldo Azevedo conseguiu 'resumir' o que ocorre, indo de forma curta e grossa ao ponto: "Roberto Barroso: o seu esporte predileto é fazer de conta que a Constituição não existe" (wow!). Assim age, segundo o jornalista, o ministro guardião. Quanto ao senhor Moro, quem poderia se manifestar de forma concreta seria o CNJ, mas ele hesita, há longos meses, em proceder à avaliação de graves reclamações (são onze!) que hibernam nas gavetas do referido Conselho contra o ex-magistrado. País que despreza a sua Constituição não tem como dar certo.
(GGN).
Barroso e os arquétipos do fascismo
Por Luis Nassif
Por tudo o que conhece sobre as características intrínsecas do fascismo, o principal porta-voz do fascismo tupiniquim é o Ministro Luís Roberto Barroso. Ele tem utilizado, à exaustão, todo o repertório de discursos e práticas que caracterizaram o fascismo. E a demonstração maior foi sua fala, no evento promovido pelo Estadão.


A saber:

  • Demonização da política.
  • Exacerbação do discurso anticorrupção como bandeira de aliciamento das forças anti-política (Judiciário, Ministério Público).
  • Exacerbação do moralismo, como álibi para a derrubada dos direitos individuais.
  • Retórica da violência/inclemência, expressa nas decisões judiciais, para não diluir o conceito de força, essencial em uma guerra.
  • Apologia da voz das ruas, sem qualquer espécie de mediação, como fator de legitimação dos abusos e da desmoralização da Constituição e das leis através da interpretação subjetiva dos códigos.
  • Desmoralização da nacionalidade, para consolidar a ideia do novo, da refundação, uma espécie de América branca do mercado impondo-se sobre a miscigenação brasileira, que gerou a malandragem dos miúdos e a esperteza dos coronéis.
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Nota deste Blog:
Reinaldo Azevedo alinhou impressões sobre as intervenções feitas pelo ministro Barroso em recente evento patrocinado pelo Estadão:
.Barroso 1: Inverdade sobre o trânsito em julgado no STF e Justiça das ruas - Aqui
.Barroso 2: STF vai é votar a Lei Lula. Ou: Justiça que enxerga é política - Aqui;

.Barroso 3: Ministro tenta blindar procuradores por princípio. Por quê? - Aqui.

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