segunda-feira, 18 de abril de 2016

O IMPEACHMENT NO SENADO FEDERAL


Na sessão de ontem, 17, na Câmara, os parlamentares aprovaram o envio do relatório de impeachment à consideração do Senado Federal. A presidente necessitava de pelo menos 171 votos mais um, para que o assunto fosse encerrado desde logo no âmbito da Câmara, mas a soma de votos efetivos (137), faltas (2) e abstenções (7) alcançou tão somente 146, enquanto a oposição, que mirava 342 votos, chegou a 367. Um fraco desempenho governamental, uma notável performance das oposições.

Ao contrário do "coquetel" de alegações suscitadas por integrantes da Câmara, como se viu, a discussão do assunto (ou seja, da denúncia) no Senado deverá cingir-se a dois fatos: as 'pedaladas' e os decretos especiais de remanejamento, segundo delimitação traçada pelo STF.

O Advogado Geral da União informou que a presidente Dilma se pronunciará ainda hoje sobre os últimos acontecimentos.

Por enquanto, pairam incertezas sobre o destino do processo no Senado, mas há a convicção de que a prevalência será do enfoque eminentemente jurídico. Convém aguardar, portanto.

Certeza, mesmo, há uma: a de que Eduardo Cunha, agora que perdeu a utilidade, poderá, enfim, ser detonado a qualquer momento.


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P.s.: Diante do cenário ontem oferecido, duas conclusões, por enquanto:

a) Todos os partidos políticos são virtuosos, exceto um;

b) Desde a posse, a presidente Dilma Rousseff está sendo impedida de governar, em face do ostensivo boicote da Câmara dos deputados, com o engajado apoio da mídia. Em decorrência, a situação econômica se deteriora, diante do que os patrocinadores do boicote, "surpresos", manifestam indignação. A tática, viu-se ontem, se revelou para lá de eficiente e eficaz. Parabéns, virtuosos!

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