segunda-feira, 16 de março de 2015

FALTOU COMBINAR (OU A RESPOSTA DA FOLHA E A SAIA JUSTA GLOBAL)


"A Paulista toda tem 2.750 metros de comprimento e 45 metros de largura.

Se o 1 milhão de manifestantes tivesse ocupado toda a extensão da Paulista (o que não ocorreu) teríamos que admitir que em cada metro quadrado se espremiam 8 pessoas.

Ou seja, na verdade, nas contas da PM ​do Alckmin ​e da ​#​​g​lobo​golpista​ ocorreu o milagre da presença de mais de 10 ou até de 12 manifestantes por metro quadrado.

​Só​ empilhando as pessoas umas sobre as outras."




(Paulo Henrique Amorim, em seu blog, post intitulado "Milhão? Só uns sobre os outros..." - aqui.

De fato. O certo é que estava tudo bem encaminhado: a PM fez seu trabalho e a Globo - canal aberto e Globonews - deu seguimento à jogada: 1 milhão de manifestantes na Paulista! A maior concentração desde as Diretas Já! E o 1 milhão estampado no rodapé da tela da Globonews a tarde inteira.

Eis que no começo da noite surgiu o Datafolha, informando que o público não passava de 210 mil - isso mesmo, quase cinco vezes menos - e esclarecendo que "o número se refere à quantidade de pessoas diferentes que, em algum momento do dia, foram à manifestação". Disse mais: "No horário de pico deste domingo, às 16h, o instituto registrou 188 mil pessoas na Paulista".

Como dizem: Pense numa saia justa! A Globo não podia silenciar sobre a brutal discrepância. A explicação, no Fantástico, soou patética.

E por que "...A resposta da Folha..." no título? Mera especulação. Explico: Fernando Rodrigues, da Folha, dono exclusivo da lista dos correntistas brasileiros titulares de contas secretas na filial suíça do HSBC, foi compelido, em face, entre outras, da batata quente adiante citada, a compartilhar os dados com O Globo. Na edição do dia 14, sábado, o jornal divulgou lista de jornalistas e proprietários de empresas midiáticas, entre os quais o dono do grupo Folha. Parece lícito indagar: A divulgação da pesquisa Datafolha sobre o número de manifestantes da Paulista seria a resposta do grupo Folha à, digamos, inconfidência global?).

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