quarta-feira, 5 de abril de 2023

O JOGO POLÍTICO DO MPF EM TORNO DO CASO PCC-MORO

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Para se ter uma ideia de como vai sendo jogado o jogo do que restou da Lava Jato

                      (
Hardt e Moro)

Por Luis Nassif

Tem uma investigação sobre o PCC conduzida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. De repente, não mais que de repente, aparece um delator anônimo e diz que o PCC pretende sequestrar o senador Sérgio Moro.

Imediatamente o processo é transferido para a Justiça Federal do Paraná, embora o senador tenha o apoio da polícia do Senado e sua esposa o apoio da polícia da Câmara.

Aí o caso cai com um juiz que, nomeado desembargador, passa o caso para a substituta. Um dia antes da decisão, a substituta tira férias e passa o caso para a juíza Gabriela Hardt, estreitamente ligada a Sérgio Moro. Bota o fogo no parquinho e dias depois tira merecidas férias em um cruzeiro organizado pela própria Hardt, Diretora Social e Cultural do APJUFE. (...)

O caso é analisado por um procurador independente, que opina pela transferência do caso para São Paulo novamente, já que não tinha havido a consumação do crime. O caso vai para o Conselho Nacional do Ministério Público e cai nas mãos de Luiza Frischeisen, que liderou a última lista tríplice, uma competente procuradora, mas que sempre demonstrou uma aliança indissolúvel com a Lava Jato. (...)

E assim, de política em política, vai sendo jogado o jogo do que restou da Lava Jato, enquanto a mídia repercute por dias as desconfianças de Lula sobre a operação PCC – e não tem tempo de investigar coincidências.  -  (Aqui).

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Ao que recordamos, o Ministro Teori Zavascki (ago 1948-jan 2017), então ministro-relator da Lava Jato, acompanhou a Operação com rigor e formulou críticas ao juiz Moro, que humildemente penitenciou-se ao plenário do Supremo relativamente aos 'excessos' em que incorreu (posteriormente, o hoje senador passou a negar o episódio - mas a ocorrência se manteve intacta na mente dos atentos observadores, entre os quais se inclui este Blog); infelizmente o Ministro Zavascki não poderá oferecer seu testemunho. 
Iríamos discorrer agora sobre o TRF-4 e o Ministro Edson Fachin, esse, 'sucessor' do Ministro Zavascki, e que produziu o curioso e apressado final da Operação ('salvando' a Lava Jato), mas optamos por destacar o fato de que o Ministro Gilmar Mendes segue marcando exemplarmente o notório ex-juiz (uma das recentes demonstrações pode ser conferida Aqui). 

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