sábado, 4 de março de 2023

CARTUNISTA PAULO CARUSO MORRE AOS 73 ANOS

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Ele estava internado em São Paulo e morreu na manhã deste sábado (4).


No 247:
Caricaturista, ilustrador, chargista (também cartunista) e músico, Paulo José Hespanha Caruso, o Paulo Caruso, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. É irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.

Cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão.

Reportagem do portal G1 relembra que Paulo Caruso começou a vida profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”.

Nos anos 1970, foi para “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista “IstoÉ”, a coluna de humor Avenida Brasil, onde sintetizou, com sátira e humor, vários momentos da história política do país.

Em 1992, lançou o livro "Avenida Brasil", em que reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. O principal foco, na época, era o presidente Fernando Collor de Mello. Também é autor de “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).

“A matéria-prima é toda fornecida pelo governo. Eu acho que nós, cartunistas, deveríamos virar ‘estatal’ porque nós dependemos tanto do governo para nossa produção”, brincou. 

Recebeu vários prêmios, entre eles, o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994.

Atualmente ele trabalhava no programa Roda Viva, onde desenhava os entrevistados e entrevistadores do tradicional programa da TV Cultura.  -  (Aqui).

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No mais espetacular período do Salão Internacional de Humor do Piauí (cumprindo notar que este escriba concorreu - e foi selecionado - em todos
os 30 salões anuais), os irmãos Paulo e Chico Caruso, em meio a um timaço de cartunistas de vários rincões brasileiros, nos deram a honra de sua presença nesta festiva Cidade Verde. Paulo Caruso passara a participar da equipe d'O Pasquim ao longo da década de 1970 (o semanário foi criado em junho de 1969), do qual este escriba e amigos éramos fiéis leitores e/ou colaboradores (eu vivia a mandar desenhos e 'picles', e os tais 'picles' - frases de efeito - eram muito bem recebidos). Foi nesse contexto que recebemos os ilustres mestres em nosso Salão. Os irmãos gêmeos fizeram shows neste Capital, cantaram e bebericaram à vontade, em meio a fãs os mais diversos. Aí nasceram amizades perpétuas. 
Meu amigo Dino Alves, cartunista e caricaturista lotado nesta Capital, me contou dias atrás que Paulo Caruso, mediante contato telefônico, lhe fez um pedido: "Não deixem a minha Arte morrer!" No que depender de seus fãs e amigos, sua Arte perdurará, grande Paulo Caruso!
Em Breve: Desenhos de Paulo Caruso!

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