terça-feira, 8 de dezembro de 2020

"A CHINA É A MAIOR AMEAÇA À HEGEMONIA AMERICANA QUE JÁ HOUVE", DIZ PAULO NOGUEIRA

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"A China tem poderio militar, tem poderio econômico e tem uma civilização essencialmente diferente da ocidental".
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Faltou dizer que a China passou a ser a número 1 do mundo na publicação de artigos científicos nas mais importantes publicações do Planeta. Como é sabido, há um bom tempo o Conhecimento Científico (que, claro, guarda intimidade com pesquisas científicas) é considerado o principal diferencial na 'competição' entre países. 


No 247:
Ex-vice-presidente do Banco dos Brics, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior afirmou à TV 247 que a China é a “maior ameaça” à hegemonia dos Estados Unidos que já houve em todos os tempos, isto porque reúne capacidade econômica e militar para se contrapor à ordem norte-americana.

Para Paulo Nogueira, nem a União Soviética, Japão ou União Europeia se comparam à China, dada a deficiência desses países em algumas áreas. “A China é a maior ameaça à hegemonia americana que já houve, as outras ameaças não tinham o peso que a China tem. A União Soviética tinha poderio militar, mas não econômico. O Japão tinha poderio econômico, mas não militar. A União Europeia tinha poderio econômico, mas não militar, e nenhuma razão para contrapor a hegemonia americana. A China tem poderio militar, tem poderio econômico e tem uma civilização essencialmente diferente da ocidental”.

 Desta forma, considerada a ameaça chinesa, o “establishment” dos EUA se deu conta de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ameaça ao país e, assim, favoreceu a ascensão do presidente eleito, Joe Biden, de acordo com o economista. “O establishment americano, já há algum tempo, percebeu o risco que o Trump representava para o interesse americano porque, assim como o Bolsonaro, o Trump fazia uma política externa pouco inteligente, que tendia a isolar os Estados Unidos”.  -  (Aqui).

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ADENDO
Para o economista, Bolsonaro terá de diminuir o tom de sua política externa nos próximos dois anos se quiser se reeleger, e isto implica em uma política mais harmoniosa com a China, Estados Unidos, União Europeia e outras nações. “O Bolsonaro, no meu entender, não tem tanta gordura política para queimar, interna e externa. Ele entra agora na metade final do seu governo, ele vai ter que baixar essa bolinha, as eleições municipais já mostraram isso. O que significa ‘baixar a bolinha’? Não pode hostilizar a China e, com isso, hostilizar os interesses do setor agroexportador brasileiro. Não pode destruir o meio ambiente e, com isso, criar problemas insanáveis na relação com os Estados Unidos e Europa. Ele vai ter que adotar uma política menos amadorística, menos ideologizada. Falar que a China depende mais de nós do que nós deles, que os Estados Unidos se vierem para cá será com pólvora que iremos responder, isso é grotesco. Bolsonaro diminui o Brasil com essas bravatas”.  -  ("Dependência entre Brasil e China é reciproca, afirma Paulo Nogueira Baista Jr"  -  Aqui).

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