A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal, enviou ofício solicitando esclarecimentos ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a orientação para iniciar uma flexibilização do isolamento social a partir do dia 13 de abril em Estados e municípios onde a pandemia do coronavírus afetou menos da metade do sistema de saúde.
No ofício, a subprocuradora-geral da República Deborah Duprat e o procurador regional Marlon Alberto Weichert questionam quais são os estudos técnicos que fundamentaram essa orientação e pede detalhes sobre essas informações. Dada a urgência do assunto, o órgão solicitou que Mandetta responda em até dois dias. (…). - (Aqui).
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Flexibilização em "municípios onde a pandemia do coronavírus afetou menos da metade do sistema de saúde". É então que o crítico pensa: como assim, se o próprio ministro confessa a carência/inexistência de testes?! E se o número de assintomáticos for expressivo?
Mas é preciso lembrar que o ministro, na coletiva de ontem, falou em municípios em que a utilização de leitos de UTI seja inferior a 50%. Ora, quantos municípios do Brasil contam com leitos de UTI? Sabe-se, pois, de antemão que poucos municípios atenderão às condições ditadas pelo ministro - e os que contam com UTI certamente já têm mais de 50% de seus leitos ocupados em razão de outras doenças. O habilidoso Mandetta parece ter dado um 'cala boca' em alguém...
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Mais complicado do que isso é o governo explicar o esquema bolado para a distribuição do auxílio emergencial de R$ 600,00. Milhões de beneficiários são desbancarizados e não têm chance de seguir o roteiro do tal aplicativo. Quantos milhões, desesperados, irão bater às portas da Caixa?
Quanto à área empresarial, e a via-crúcis que os pequenos comerciantes terão de percorrer para se habilitarem a receber apoio creditório para honrar salários? Quantos lograrão êxito? Quantos se disporão a vencer tanta burocracia? Quantos, sem ter a mínima ideia de como estará o mercado dentro de três meses, aceitarão assumir compromissos bancários adicionais? Dois, três por cento?
Dias mais confusos e sombrios, portanto, virão. Mas algo de bom para outros ocorrerá, certamente: a propaganda.
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Flexibilização em "municípios onde a pandemia do coronavírus afetou menos da metade do sistema de saúde". É então que o crítico pensa: como assim, se o próprio ministro confessa a carência/inexistência de testes?! E se o número de assintomáticos for expressivo?
Mas é preciso lembrar que o ministro, na coletiva de ontem, falou em municípios em que a utilização de leitos de UTI seja inferior a 50%. Ora, quantos municípios do Brasil contam com leitos de UTI? Sabe-se, pois, de antemão que poucos municípios atenderão às condições ditadas pelo ministro - e os que contam com UTI certamente já têm mais de 50% de seus leitos ocupados em razão de outras doenças. O habilidoso Mandetta parece ter dado um 'cala boca' em alguém...
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Mais complicado do que isso é o governo explicar o esquema bolado para a distribuição do auxílio emergencial de R$ 600,00. Milhões de beneficiários são desbancarizados e não têm chance de seguir o roteiro do tal aplicativo. Quantos milhões, desesperados, irão bater às portas da Caixa?
Quanto à área empresarial, e a via-crúcis que os pequenos comerciantes terão de percorrer para se habilitarem a receber apoio creditório para honrar salários? Quantos lograrão êxito? Quantos se disporão a vencer tanta burocracia? Quantos, sem ter a mínima ideia de como estará o mercado dentro de três meses, aceitarão assumir compromissos bancários adicionais? Dois, três por cento?
Dias mais confusos e sombrios, portanto, virão. Mas algo de bom para outros ocorrerá, certamente: a propaganda.
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