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Independentemente de quaisquer teorias e 'teorias', o fato é que o ataque contra o candidato Bolsonaro abafa a questão da liminar expedida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU em favor do ex-presidente Lula, com base no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, devidamente acatado e internalizado pelo Governo Federal (governo Collor; ministro Rezek) e Congresso Nacional, mais recentemente. A propósito, é praticamente certo, a essas alturas, que a liminar resultará desatendida pelo Brasil - se já não o foi. E, claro, sem causar tanto impacto assim.
(O que interessa a este blog é tão somente a supremacia da Carta da República, que, neste e em outros episódios, não parece estar a merecer o epíteto Magna).
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Independentemente de quaisquer teorias e 'teorias', o fato é que o ataque contra o candidato Bolsonaro abafa a questão da liminar expedida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU em favor do ex-presidente Lula, com base no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, devidamente acatado e internalizado pelo Governo Federal (governo Collor; ministro Rezek) e Congresso Nacional, mais recentemente. A propósito, é praticamente certo, a essas alturas, que a liminar resultará desatendida pelo Brasil - se já não o foi. E, claro, sem causar tanto impacto assim.
(O que interessa a este blog é tão somente a supremacia da Carta da República, que, neste e em outros episódios, não parece estar a merecer o epíteto Magna).
(O que interessa a este blog é tão somente a supremacia da Carta da República, que, neste e em outros episódios, não parece estar a merecer o epíteto Magna).
Atentado a Bolsonaro foi um tombo para frente?
Por Wilson Ferreira
As eleições (?) aproximam-se e a temperatura aumenta. E essa semana foi particularmente dramática como um bom roteiro de ficção, sinalizando o que vem pela frente: começou com o simbólico incêndio do Museu Nacional no Rio e terminou com o “timing” do atentado contra o candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). Assim como nos atentados de Londres, Paris, Berlim etc., as imagens da facada em Jair Bolsonaro repetem o script: sincronismos, anomalias, timing e algo mais: repete o mesmo contexto do controvertido acidente aéreo do candidato Eduardo Campos em 2014 – um contexto de esgotamento das bombas semióticas da grande mídia e o baixo desempenho da então esperança Aécio Neves frente à esquerda, forçando a procura de um “Plano B”. De uma reunião sigilosa de Bolsonaro com o Grupo Globo no início da semana à euforia dos 1.000 pontos do mercado financeiro ao saber da facada no candidato terminando com uma cobertura emotiva e apelativa no Jornal Nacional com vídeo exclusivo de Bolsonaro falando de Deus, da maldade humana e descrevendo o atacante como um “lobo solitário”, fecha-se o roteiro típico de um filme ou HQ: Bolsonaro foi promovido a “Mito Plano B” do consórcio jurídico-midiático – um final feliz com um tombo para cima?
Atentado a Bolsonaro foi um tombo para frente?
Por Wilson Ferreira
As eleições (?) aproximam-se e a temperatura aumenta. E essa semana foi particularmente dramática como um bom roteiro de ficção, sinalizando o que vem pela frente: começou com o simbólico incêndio do Museu Nacional no Rio e terminou com o “timing” do atentado contra o candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). Assim como nos atentados de Londres, Paris, Berlim etc., as imagens da facada em Jair Bolsonaro repetem o script: sincronismos, anomalias, timing e algo mais: repete o mesmo contexto do controvertido acidente aéreo do candidato Eduardo Campos em 2014 – um contexto de esgotamento das bombas semióticas da grande mídia e o baixo desempenho da então esperança Aécio Neves frente à esquerda, forçando a procura de um “Plano B”. De uma reunião sigilosa de Bolsonaro com o Grupo Globo no início da semana à euforia dos 1.000 pontos do mercado financeiro ao saber da facada no candidato terminando com uma cobertura emotiva e apelativa no Jornal Nacional com vídeo exclusivo de Bolsonaro falando de Deus, da maldade humana e descrevendo o atacante como um “lobo solitário”, fecha-se o roteiro típico de um filme ou HQ: Bolsonaro foi promovido a “Mito Plano B” do consórcio jurídico-midiático – um final feliz com um tombo para cima?
Em postagem anterior, dois dias após a trágica morte do candidato presidencial Eduardo Campos em acidente aéreo em 2014, este humilde blogueiro observava que teorias conspiratórias não surgiam por acaso – por ser a realidade estranhamente sincrônica e repleta de anomalias (aquilo que foge à verossimilhança em um roteiro de ficção), acaba sempre sugerindo a suspeita de eventos milimetricamente maquinados para aproveitar o timing em determinados contextos.
Instantaneamente, o atentado sofrido pelo candidato à presidência de extrema-direita, Jair Bolsonaro, começou a apresentar sincronismos, anomalias e semelhanças com o contexto político da morte de Eduardo Campos. O que mais uma vez comprova que esse país não é para amadores...
Em postagem anterior, dois dias após a trágica morte do candidato presidencial Eduardo Campos em acidente aéreo em 2014, este humilde blogueiro observava que teorias conspiratórias não surgiam por acaso – por ser a realidade estranhamente sincrônica e repleta de anomalias (aquilo que foge à verossimilhança em um roteiro de ficção), acaba sempre sugerindo a suspeita de eventos milimetricamente maquinados para aproveitar o timing em determinados contextos.
Instantaneamente, o atentado sofrido pelo candidato à presidência de extrema-direita, Jair Bolsonaro, começou a apresentar sincronismos, anomalias e semelhanças com o contexto político da morte de Eduardo Campos. O que mais uma vez comprova que esse país não é para amadores...
(a) Do Contexto
Em primeiro lugar vamos ao contexto. O atentado aconteceu como fechamento de uma estranha semana de acontecimentos entrelaçados que, sincronismo dos sincronismos, é a Semana da Pátria.
Tudo começou com o simbólico incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro – simbólico com sua conexões com o Futurismo de Felippo Marinetti (Rio, cidade “futurista acidental” – afirmação de um artista que amava a cidade e falava em destruir museus para nos abrirmos ao “futuro”).
Semana também marcada pela crise política nas hostes da direita: para surpresa de todos, Ibope e Datafolha decidiram esconder os resultados das suas respectivas pesquisas eleitorais encomendadas pela Globo e Estadão num dia em que o mercado financeiro fechava em baixa e o dólar disparava. O que resultou numa espiral de versões sobre a irresistível ascensão de Lula e do aumento da transferência de votos para Haddad.
Em primeiro lugar vamos ao contexto. O atentado aconteceu como fechamento de uma estranha semana de acontecimentos entrelaçados que, sincronismo dos sincronismos, é a Semana da Pátria.
Tudo começou com o simbólico incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro – simbólico com sua conexões com o Futurismo de Felippo Marinetti (Rio, cidade “futurista acidental” – afirmação de um artista que amava a cidade e falava em destruir museus para nos abrirmos ao “futuro”).
Semana também marcada pela crise política nas hostes da direita: para surpresa de todos, Ibope e Datafolha decidiram esconder os resultados das suas respectivas pesquisas eleitorais encomendadas pela Globo e Estadão num dia em que o mercado financeiro fechava em baixa e o dólar disparava. O que resultou numa espiral de versões sobre a irresistível ascensão de Lula e do aumento da transferência de votos para Haddad.
Acidente aéreo com Eduardo Campos: contextos políticos semelhantes |
Depois do imbróglio, a Globo decidiu divulgar os resultados das intenções de voto na quarta, sem a presença de Lula e o impactos das transferência de votos para o vice-presidente petista.
Lembre-se o leitor de que o acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos ocorreu em um contexto no qual o desânimo da grande mídia era evidente com a baixa performance de Aécio Neves e o êxito da Copa do Mundo no Brasil. Além disso, as últimas bombas semióticas de “não-notícias” (a “fraude” na Petrobrás envolvendo um “media training” e o “escândalo da Wikipédia”) não surtiam o efeito desejado.
Nessa semana da Pátria, os resultados do Ibope divulgados no JN da Globo não foram nada animadores: enquanto a “esperança branca” Alckmin não decolava mesmo com todo o tempo disponível na TV, o Plano B, Bolsonaro, era figurado em cenários de derrota no segundo turno.
Do desânimo e incertezas, a morte de Eduardo Campos injetou ânimo imediato e euforia especulativa: “agora são duas campanhas... a que começa hoje apresenta um quadro totalmente imprevisível!”, comemorava a grande mídia. Isso alguns dias depois de seus intelectuais orgânicos (como o historiador Marco Antônio Villa) reclamarem do “voto inútil” e “desilusão com a política”.
Hoje repete-se o script: nada mais do que algumas horas depois do atentado contra Bolsonaro, a coluna Painel da Folha (notória por fazer especulações e criar balões de ensaio) disparava: “Atentado a Bolsonaro muda história da eleição; rivais esperam onda de comoção”.
Enquanto isso o sismógrafo do mundo financeiro acusava a euforia: mercado disparava em alta de 1.000 pontos e desacelerava o aumento do dólar antes do feriadão... Bolsonaro foi um tombo para cima?
(b) Das Sincronias
Dia quatro a revista Exame, do Grupo Abril, deu uma matéria descrevendo como banqueiros e investidores estão embarcando na canoa de Jair Bolsonaro como a opção mais viável contra a esquerda. Afinal, a piada do setor financeiro é: “Alckmin é o genro que todo pai gostaria de ter, com apenas um problema – as filhas não se apaixonam por ele”.
No dia cinco o Ministério Público ajuizou uma denúncia de improbidade administrativa contra o ex-governador Geraldo Alckmin – teria aceito 7,8 milhões da Odebrecht para financiar sua campanha de reeleição em 2014. Alguém pode imaginar uma ação contra um tucano em plena eleição presidencial?
Dia quatro a revista Exame, do Grupo Abril, deu uma matéria descrevendo como banqueiros e investidores estão embarcando na canoa de Jair Bolsonaro como a opção mais viável contra a esquerda. Afinal, a piada do setor financeiro é: “Alckmin é o genro que todo pai gostaria de ter, com apenas um problema – as filhas não se apaixonam por ele”.
No dia cinco o Ministério Público ajuizou uma denúncia de improbidade administrativa contra o ex-governador Geraldo Alckmin – teria aceito 7,8 milhões da Odebrecht para financiar sua campanha de reeleição em 2014. Alguém pode imaginar uma ação contra um tucano em plena eleição presidencial?
Reunião sigilosa entre Bolsonaro com "aqueles-que-não-têm-nome-próprio" |
No início da semana, Bolsonaro teve um encontro sigiloso de uma hora e meia com o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho. Isso logo depois de Bolsonaro “elogiar” a Globo e Roberto Marinho por terem dado apoio à “revolução” de 1964 em debates na TV. Encontro que certamente representa o empurrão final de Alckmin no abismo.
Sincronicamente, logo depois dessa reunião, o presidente desinterino Michel Temer divulga nas redes sociais um vídeo atacando frontalmente Alckmin em tom irritado e pontuado de ironias, acusando-o de dizer “falsidades” e disparando que o partido do candidato, PSDB, faz parte da sua base de apoio no governo. Enquanto Alckmin tenta fugir de Temer como o diabo foge da cruz.
E depois, na quinta-feira (6), horas antes da facada em Bolsonaro, mais um vídeo, dessa vez contra Haddad com uma sinistra e críptica advertência nos segundos finais: “Tome cuidado Haddad... Tenha cuidado!”. Cuidado em cumprir a Constituição? Ou...
A Globo teve acesso em primeira mão às imagens da facada, do momento da cirurgia (o fotógrafo da emissora já estava à espera?) e a entrevista com o agressor. Tudo muito rápido, numa sequência alucinante de informações dadas ao vivo pela Globo News. Informações obtidas rápidas demais para uma situação caótica que certamente se instaurou no interior da entourage de seguranças, policiais federais, militares, assessores rodeado de populares e adeptos de Bolsonaro.
Mais sincronismos? O agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, praticou tiros no “Clube e Escola de Tiro 38”, local que funciona na região metropolitana de Florianópolis (SC), cujos sócios são os filhos de Bolsonaro Eduardo e Carlos. Escola que é referência no País em treinamento de tiro policial e combate urbano.
Adélio Bispo vivia há cerca de duas semanas em uma pensão estrategicamente localizada no Centro de Juiz de Fora. Segundo informações da dona do imóvel, saia pouco de casa. E quando saia, era para participar de cultos de uma igreja cristã local. De quê vivia esse homem, de Montes Claros (MG), espécie de andarilho que esporadicamente aparecia em sua cidade, segundo familiares? Capaz de ir até Florianópolis para praticar tiros no Clube dos filhos da futura vítima.
Dos atentados na Europa ao de Bolsonaro: scripts semelhantes |
Como o Cinegnose tem observado sobre os atentados em Paris, Londres, Berlim etc., há uma narrativa midiática recorrente na qual, apesar dos sincronismos, timing, conveniência e anomalias evidentes, tudo é figurado como incidentes aleatórios, imprevisíveis e caóticos.
O principal elemento dessa narrativa é a figura do “lobo solitário”, como agora começam a caracterizar o agressor de Bolsonaro: alguém com ideias confusas, recluso, que mistura ideias religiosas, conspiratórias e políticas – episódios de surtos, palavras desconexas e alguém que ficava dias preso no quarto... Mas capaz de ir até Santa Catarina praticar tiros...
Lá na Europa, ato reflexo, a grande mídia e autoridades falam imediatamente em atentados muçulmanos do ISIS. Aqui no Brasil, claro, não temos terrorismo islâmico. Mas a temível esquerda e o comunismo.
Também ato reflexo, o vice de Bolsonaro, General Hamilton Mourão, disparou: “o autor do atentado é do PT!”. Enquanto a Agência Brasil da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) do Governo detalhava o perfil do agressor como um defensor do comunismo, cujo perfil no Facebook tecia elogios ao presidente da Venezuela, Nicolas Maduro.
Folha de São Paulo e Estadão tentam fazer alguma associação entre a esquerda e o agressor, tentando fazer especulações a partir da notícia de que Adélio Bispo foi filiado ao PSOL há quatro anos.
(c) Das Anomalias
Há no atentado uma evidente “distorção” própria de um país cuja percepção da realidade foi moldada pelos pixels da grande mídia. Aquilo que este humilde blogueiro chama de “canastrice na política”, uma atuação “overacting” que torna crível a caricatura política – sobre esse conceito.
A camisa verde e amarela da vítima com os dizeres “Meu partido é o Brasil” na qual foi simbolicamente cravada uma faca, na véspera do Dia da Independência do Brasil, na semana em que foi reduzido a cinzas o Museu Nacional, local onde foi assinada a própria Independência por D. Pedro I...
Nada mais emblemático, conveniente, com signos que parecem se sobrepor para saturar o significado, assim como o hiper-realismo dos pixels da tela de TV .
Por isso uma faca. Muito mais dramático na storytelling de um “mito”, como os adeptos se referem ao candidato. Nesse ponto se concentram as principais anomalias, como descreve o nosso colaborador Gustavo Santos (Clique no 'aqui', abaixo).
A meta-teoria conspiratória
Há no atentado uma evidente “distorção” própria de um país cuja percepção da realidade foi moldada pelos pixels da grande mídia. Aquilo que este humilde blogueiro chama de “canastrice na política”, uma atuação “overacting” que torna crível a caricatura política – sobre esse conceito.
A camisa verde e amarela da vítima com os dizeres “Meu partido é o Brasil” na qual foi simbolicamente cravada uma faca, na véspera do Dia da Independência do Brasil, na semana em que foi reduzido a cinzas o Museu Nacional, local onde foi assinada a própria Independência por D. Pedro I...
Nada mais emblemático, conveniente, com signos que parecem se sobrepor para saturar o significado, assim como o hiper-realismo dos pixels da tela de TV .
Por isso uma faca. Muito mais dramático na storytelling de um “mito”, como os adeptos se referem ao candidato. Nesse ponto se concentram as principais anomalias, como descreve o nosso colaborador Gustavo Santos (Clique no 'aqui', abaixo).
Atuação canastrona ou estereotipada de Bolsonaro?
Mas em todas essas “teorias conspiratórias” surge a suspeita da existência de uma “meta-teoria conspiratória”, uma espécie de Cavalo de Troia inoculado nas redes sociais para desmoralizar qualquer tipo de narrativa alternativa ou questionamentos.
Duas fotos (uma de Bolsonaro entrando na Associação Feminina de Combate ao Câncer de Juiz de Fora – Ascomcer - e outra posando sorridente ao lado de duas pessoas com uniforme de centro cirúrgico na Associação) foram postadas e partilhadas como supostas evidências de que tudo teria sido uma encenação.
Prontamente as sofisticadas ferramentas de “fact-checking” das agências checadoras entraram em ação para cravar a etiqueta “Fake”. Nem era necessária tanta sofisticação tecnológica... eram apenas fotos descontextualizadas, tiradas horas antes do ataque, no fim da manhã. Qualquer “foca” iniciando no Jornalismo descobriria isso facilmente.
Uma “fake news” simples demais! Tão simples que dá no que pensar tamanho empenho das agências checadoras fazer publicidade desse épico feito investigativo. Seria esta uma fake news exemplar propositalmente postada nas redes sociais para por sob suspeita qualquer crítica ou nova narrativa?
Principalmente quando o mapa de reações nas redes sociais elaborado pela FGV-DAPP aponta que 43,4% dos perfis questionam a veracidade do ataque a Bolsonaro? (Veja o mapa no Cinegnose clicando no 'aqui' abaixo).
Se na Política não existem coincidências, mas sincronicidades, esta é a
questão principal: quem ganha? Nessa louca semana ficou evidente que o consórcio jurídico-midiático vai fechar com Jair Bolsonaro como a última esperança para derrotar definitivamente as esquerdas. Para. depois das eleições, o Judiciário varrê-las do mapa.
questão principal: quem ganha? Nessa louca semana ficou evidente que o consórcio jurídico-midiático vai fechar com Jair Bolsonaro como a última esperança para derrotar definitivamente as esquerdas. Para. depois das eleições, o Judiciário varrê-las do mapa.
Bolsonaro repetirá a peça que Jânio Quadros representou no xadrez da eleições de 1960: turbinado pelas forças políticas que deflagrariam mais tarde o golpe militar em 1964, o imprevisível e impulsivo Jânio era a única alternativa para derrotar o trabalhismo nas urnas. Com o discurso contra a corrupção do “varre, varre, vassourinha”.
Hoje, os quatro anos de Lava Jato saturaram o distinto público, já entediado com o discurso diário da luta contra a corrupção e imagens de policiais federais nas ruas fazendo prisões preventivas. Agora é necessário algo mais “heavy”, “roots”, “épico”: um soldado mítico impedindo que os comunistas retornem ao Poder.
E nada melhor do que militares. Conhecem bem o significado do termo “False Flag”.
PS-1.: Jornal Nacional de sete de setembro fez uma cobertura do atentado de forma emotiva, sensacionalista, transformando Adélio Bispo previsivelmente num “lobo solitário”. Detalhe para um vídeo de Bolsonaro no hospital agradecendo a equipe médica “enviada por Deus” numa “véspera de sete de setembro”... Globo demonstra ter acesso exclusivo a tudo: depoimentos e um vídeo emocionado de Bolsonaro dizendo que “preparava-se para algo assim, mas não acreditava que as pessoas poderiam ser tão más”... Insistentes imagens de multidões cercando Bolsonaro. Definitivamente, a Globo está com o “Mito” como última alternativa. Resta saber, como vai andar na corda bomba: apoiar o inimigo dos quilombolas, homo-afetivos e indígenas, ao mesmo tempo em que dá espaço aos movimentos identitários e LGBT para se livrar da pecha de golpista.
PS-2.: Os pastores Magno Malta e Silas Malafaia já falam na vitória de Bolsonaro no primeiro turno das eleições. Magno gravou um vídeo na própria UTI, com duas cenas editadas. Em uma, ele aparece orando com os filhos de Bolsonaro. Na outra, Bolsonaro dá declarações, como se a oração já tivesse produzido resultado. Evidência do consórcio militares-empresariado-evangélicos-neopentecostais-mídia? - (Fonte: Cinegnose - Aqui).
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