Cunha manobra e chapa de oposição é eleita para analisar o impeachment
Do Jornal GGN
Eduardo Cunha, do PMDB, presidente da Câmara fez a manobra e impôs votação secreta para definir a comissão que vai analisar o impeachment bem como não permitiu que as questões de ordem fossem respeitadas. A decisão gerou tumulto, com cenas de briga no plenário da Casa, urnas quebradas. A votação foi feita e o grupo dos Cunhas – Eduardo, Cássio e Aécio – levou a melhor.
A deputado do PCdoB, Jandira Feghali anunciou que seu partido entrou com duas ações no STF contra a votação secreta e contra a criação desta segunda chapa. De um lado deputados gritavam contra a manobra, de outro soltavam impropérios do tipo “o japonês está vindo, o Delcídio abriu a boca”. Eduardo Cunha, meio sorrindo meio sério, pedia que os nobres deputados respeitassem a ordem e a casa.
Sobre a votação secreta, Cunha afirmou que “toda eleição pressupõe disputa, portanto não se pode contestar a formação de chapas alternativas”.
Assim, a chapa 2 – Unindo o Brasil, com 39 integrantes e formada por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, irá compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com 272 votos contra 199, a chapa venceu o embate, após a manobra de Eduardo Cunha.
A comissão prevê 65 titulares e 65 suplentes. As vagas que não foram preenchidas pela chapa vencedora terão nova votação, que ocorrerá amanhã, dia 9. Faltam ainda 26 deputados titulares e 42 suplentes.
O bloco do PMDB deverá escolher ainda 4 titulares e 14 suplentes para composição da comissão. O bloco do PT terá que escolher integrantes para preencher 15 vagas de titulares e 17 de suplentes. Quanto ao bloco do PSDB, que com Aécio Neves perdeu a eleição para Dilma Rousseff em 2014, foi responsável pela organização da chapa junto com outros partidos não satisfeitos com a composição da chapa 1, ainda precisa preencher uma vaga de titular e cinco de suplentes.
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