terça-feira, 29 de setembro de 2009

POBRE PIAUÍ SAI DA ROTINA


A edição de hoje, 29, do jornal Valor Econômico traz o artigo "Obras Públicas Mudam Rotina do Pobre Piauí", de Marta Watanabe, que realizou visita a Teresina, Nazária e Jatobá. Destaques:

.os investimentos públicos totais em 2009 alcançarão R$ 1,5 bilhão;

.entre 2003 e 2008, o Piauí apresentou o melhor desempenho do Brasil em investimento relativamente à receita não financeira líquida (de 4% para 12,6%). O gráfico acima (divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo há alguns dias) espelha a performance por Estado. Fontes dos investimentos Piauí: PAC, convênios estaduais e municipais, programas federais (Minha Casa Minha Vida, Luz Para Todos) e estaduais (assentamentos; combate à pobreza);

.arrecadação do ICMS: até agosto, alta nominal de 11,3% (muito embora o Piauí só represente 4,6% do Nordeste);

.exportação (soja e derivados, cera de carnaúba, mel): 39,97% de incremento no período janeiro/agosto;

.desde maio, o Piauí apresenta, entre todos os Estados, a maior elevação no volume de vendas do comércio varejista em relação a 2008: 11% (média nacional: 4,7%).

Boas notícias. O sofrido Piauí precisa de bem mais. O IDH ainda é o terceiro pior do país. Mas é alentador ver o Piauí saindo da rotina (e recebendo, ainda, os benefícios do Bolsa Família e demais programas sociais e a elevação do salário-mínimo acima dos índices de inflação).

A MENINA QUE FICOU NO FRIO


MAFALDA É ASSIM
QUINO CORAÇÃO
CABEÇA PINGUIM


(Haicai de pé quebrado sobre ilustração de http://marianamassarani.blogspot.com/ ).

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

33 ANOS DE HUMOR ANTOLÓGICO







Os dois volumes da ANTOLOGIA BRASILEIRA DE HUMOR foram lançados pela L&PM em setembro de 1976. Um primor. 82 dos maiores desenhistas e escritores de humor em atividade na imprensa brasileira.

Está na orelha: "Uma antologia com todos os sotaques e um objetivo: registrar um quadro correto e representativo do humor nacional, que é, pelo nível a que chegou, um testemunho inteligente, crítico e corajoso dos dias que correm".

As capas foram concebidas e desenhadas por Miran, e Fraga atuou como coordenador e supervisor geral.

Em meio a tantas feras, elegemos Adail o primeirão aqui do blog. "Adail José de Paula nasceu em 21 de outubro de 1930, em Registro, São Paulo. Iniciou como profissional em 1947, em São Paulo. Atualmente (setembro 1976) é chargista do jornal Diário de Notícias, no Rio de Janeiro, onde reside".

(Em 1976, Adail já antevia o Pré-Sal: Tio Sam era alertado sobre as 200 milhas!)

Em breve, outros craques - sem essa de seguir a ordem alfabética.

Baita Antologia!

domingo, 27 de setembro de 2009

AINDA SOBRE HONDURAS

(Charge de Latuf).

A equipe precursora da OEA foi impedida de entrar em Honduras. O impasse continua;

Os golpistas hondurenhos continuam a merecer da Mídia Simpática (a eles) o epíteto de 'Governo de Fato' e 'Governo Interino';

A Mídia Simpática (aos golpistas) Brasileira prossegue em seu trabalho de ridicularizar a política externa do Brasil, independentemente de as atitudes do Brasil contarem com o apoio da ONU, OEA, Obama e Comunidade Europeia;

A Mídia Simpática (aos golpistas) Brasileira está com Barack Obama atravessado na garganta. Obama está sendo perseguido internamente por suas 'ideias e atos socializantes'. Obama é contra os golpistas hondurenhos. Nada a estranhar: nos EUA os veículos de comunicação escancaram suas preferências político-ideológicas. Ocorre que a popularidade de Obama no exterior é gritantemente superior à alcançada internamente, razão por que a Mídia Simpática Brasileira se contém;

A charge acima é eloquente, mas, descontados os pés (!) de Micheletti, não parece ser o caso de luta de boxe. Trata-se de esbulho, guardadas as devidas proporções. E as leis em geral prevêem a imissão na posse. E quando se trata de imissão na posse, a lei se deve impor sem delongas, nocauteando exemplarmente o infrator.

sábado, 26 de setembro de 2009

PICLES FRUGAIS


Hoje em dia, com essas manipulações de níveis variados, todo homem tem seus preços.

A fé remove montanhas, e a cobiça das empresas mineradoras as dizima.

Nem todas as pesquisas eleitorais são iguais perante os indecisos.

Vivia a condenar o princípio 'não julgueis para não serdes julgados'.

Quem planta vento colhe chuva ácida.

O pior niilista é o que acha que está com tudo.

Navegar é preciso - mas convém que a bússola esteja nos trinques.

Sectários do mundo, uni-vos!

Deus escreve certo por um micro sem teclas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DIRETRIZES MIDIÁTICAS


.Notícia boa (para o governo federal) deve ser omitida, ou minimizada (verbalmente: en passant; na imprensa escrita: notinha perdida após a página 20; se houver brecha, o mérito deve ser atribuído a entes não estatais);

.Premiações do Lula, no Brasil ou no exterior, nem pensar;

.Realização e inauguração de obras estaduais ou municipais: omitir qualquer participação do governo federal, mesmo na hipótese de os repasses federais prevalecerem;

.Nos saites, manchete positiva para o governo federal deve permanecer o mínimo possível. As negativas, o dia todo;

.Quando restar provado que denúncia anteriormente divulgada é infundada, noticiar o fato em nota após a página 20. Nos jornais falados, ignorar o assunto;

.Ao apurar eventual denúncia, dar ênfase aos aspectos negativos e divulgá-los, independentemente de ter ciência de que o acusador está equivocado. Nos desdobramentos, manter a estratégia;

.Divulgar (se inevitável) notícia positiva para o governo federal logo no início do jornal da TV, pois aí a audiência é menor (sem contar que a notícia se dilui com as matérias seguintes). As más devem ficar para o final, quando a novela 'das oito' está próxima e a audiência é bem maior (poder-se-á, em alternativa, dar chamada no início, informando que o assunto será detalhado no final do jornal);

.No trato das questões polêmicas, ouvir sempre os especialistas amigos. Convém elaborar rol, por área (tamanho do Estado, fulano; cotas raciais, sicrano - e assim por diante);

.Em questões negativas sobre segurança, saúde e educação (especialmente essas áreas), dar a entender que são da inteira responsabilidade do governo federal, se possível omitindo qualquer alusão a Estado e/ou município (a não ser, claro, que os administradores pertençam ao bloco de sustentação do governo federal);

.Ao abordar política externa do Brasil, ignorar ou minimizar os méritos do país; fazer reparo à atuação do governo brasileiro quando se cuidar de casos como o de Honduras (jamais conferir aos dirigentes hondurenhos o epíteto de 'golpistas', mas 'governo interino' ou 'governo de fato'), independentemente de as ações levadas a efeito pelo Brasil estarem respaldadas pela ONU, OEA, BIRD, BID, FMI, EUA e União Europeia.

DEU PRAIA NO BLOG DO SOLDA


Cartum de Cesar Marchesini, publicado no blog do Solda. Há, lá, um comentário do Solda autorizando um leitor a mandar bala, ou seja, a publicar dito cartum no blog dele. Peguei carona, Don Suelda!
.
Cartum pra lá de hilário.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PARA LER COM SATISFAÇÃO


"Fracasso ou sucesso estão sujeitos a forças que nenhum sistema ou indivíduo pode controlar plenamente. A consciência do acaso pode ser libertadora".


'O Andar do Bêbado', de Leonard Mlodinow, cuida da história da probabilidade e da estatística, desde os jogos de azar da Idade Média até o início do século XX. Mlodinow é co-autor de 'Uma Nova História do Tempo', com Stephen Hawking.

Coisa curiosa é saber, por exemplo, que os esportes e o mercado financeiro podem ser explicados através de um modelo estocástico, e não determinístico. Por que um time vinha tão bem e de repente entra numa sequência dramática de derrotas? Por que as ações de certa empresa se vinham comportando de um jeito e repentinamente mudam de tendência, sem que o histórico tenha valor algum?

Como não li, ainda, o livro, não sei responder. Sei, por ter lido em outra fonte, que o modelo determinístico é preciso, direto, à prova de variação, como por exemplo o fato de um carro movendo-se a 60 km por hora percorrer 180 km ao fim de 3 horas.

Já se eu jogar dez vezes uma moeda para o ar não obterei necessariamente cinco vezes cara e cinco vezes coroa. Mas reina a tese de que 1.024 lançamentos de moeda produzem tão-somente uma sequência de 10 caras seguidas. Eis, suponho, um exemplo de modelo estocástico.

O título do livro repousa no fato de que o bêbado sempre acerta o caminho de volta para casa. O que faz lembrar a máxima consagrada do paraibano José Américo de Almeida, de "A Bagaceira": 'ninguém se perde no caminho de volta'. Mesmo bêbado, acresceria Mlodinow.

Diante de tantos blogs imperdíveis, Caros Amigos, Imprensa e livros na boca de espera, uma indagação: quando lerei o livro? Estou razoavelmente determinado a lê-lo, mas certamente acabarei recorrendo ao método estocástico.

Mas, e o acaso? Entre as inúmeras abordagens, uma atribuída a Charles Tschopp: 'o acaso é o instrumento escolhido pelo destino para que seus mais importantes planos para conosco sejam realizados'.

MEU CARO AMIGO


ALBERT PIAUÍ, PARABÉNS POR SEU ANIVERSÁRIO.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

THE BARBED TOAD

- Viu só? Deu na Newsweek: (Lula) 'The most popular politician on Earth'!
.
- BAH, ISSO É COISA PRA INGLÊS LER!

- A Newsweek não é inglesa, ô panaca. É americana, da terra do Obama.

- PIOR AINDA!!

ONDE O PERIGO MORA, RESIDE E SE HOSPEDA


- Você nunca esteve tão bem situado nas pesquisas!

- Não sei, juro que não sei.

- Como não sabe?! Os números são eloquentes!

- É que não suporto a ideia de ser surpreendido...

- Sem essa!

- ...de deixar o certo pelo duvidoso.

- Não há nada de duvidoso! Os números dão conta de que você está no topo. Desde o começo! Por que exatamente agora essa dúvida?

- Eu podia deixar esse lance para uma outra oportunidade.

- Não acredito! Você vai deixar passar esse cavalo selado?!

- Preciso pensar mais.

- Não há o que pensar. Pode acreditar no que lhe digo: essa está no papo!

- Preciso refletir a respeito. Afinal, posso vir a ficar no mato sem cachorro.

- Vá por mim, não há o que temer. Você sabe, eu mesmo coordenei as pesquisas!

- Eu sei. Nós sabemos. Preciso pensar mais, amigo.

- Tudo bem. Amanhã a gente conversa. Mas pense bem num detalhe: eu entendo de pesquisa! Sou expert em pesquisa! Você sabe o quanto eu sou bamba em pesquisa! Achei que você estava convicto do êxito. Confesso que você me surpreendeu. Espero que amanhã a história seja outra, amigo. Até.

- Até, amigo.
....
MORAL: O problema não é a manipulação, o problema é o beneficiado ter ciência da manipulação.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ZELAYA? ZÉ FINI!


"ESTA SITUAÇÃO É GRAVE, E O BRASIL FICA PROCURANDO SARNA PRA SE COÇAR. ESSA HISTÓRIA DE QUE FOI SURPRESA O ZELAYA APARECER POR LÁ NÃO ME CONVENCE".


(EDUARDO AZEREDO, PSDB-MG, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado da República, sobre o fato de a embaixada do Brasil em Honduras haver acolhido Manuel Zelaya, presidente 'cassado' e expulso. Azeredo agiu ao arrepio do art. 4°, X da Constituição - asilo político: diplomático e territorial -, ignorando a Lei 9.474/97 - refúgio -, e os Princípios Gerais de Direito, bem como matérias divulgadas por órgãos da imprensa mundial, como a BBC, que reconstituíram os passos de Zelaya e confirmaram a alegação brasileira. A exigência de Azeredo - de o Brasil não procurar sarna pra se coçar - só restaria atendida caso o embaixador brasileiro de pronto recusasse a presença de Zelaya e o enxotasse ao encontro das forças golpistas - segundo a OEA e a ONU. Nenhum espanto. Azeredo é aquele que tentou amordaçar os blogs relativamente às eleições de 2010 e que só na véspera da votação da lei eleitoral, sob pressão, mudou o texto, liberando-os, e ao final ainda posou de mocinho e estadista).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

UMA ENTREVISTA E TANTO


Li a entrevista concedida pela ministra Dilma ao jornal Folha de São Paulo, publicada na edição de ontem, 20.

Respostas firmes para perguntas argutas. Muito bem colocada a questão da elevação do patamar dos desejos do povo brasileiro. Os sonhos estão mais elevados, graças ao atendimento de parcela ponderável das necessidades. O legado do Lula.

Oportuníssima a referência à diversificação das parcerias comerciais mundo afora, demonstrando que o Estado atua como parceiro da iniciativa privada - e não como joguete dela. O Estado regulador e reformulador do panorama econômico, e não vassalo do laissez- faire.

(Interessante: por que o Estado é tão anacrônico quando se incumbe de iniciativas estratégicas e se converte em pós-moderno quando a questão é cobrir os rombos causados por espertalhões neoliberais? Defender Estado mínimo parece coisa de mal intencionado).

Um reparo: o caso Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, não está encerrado. Hiberna, sereno, na companhia das armações atinentes à Ditabranda, à ficha criminal do Deops, ao currículo Lattes. E todos despertarão, ou serão despertados, na hora conveniente, inclusive com farta exibição, na telinha, das manchetes produzidas pela Folha de São Paulo. São os trunfos que esperam ter.

A ministra, porém, tem café no bule.

domingo, 20 de setembro de 2009

BRASIL PNAD EM 10 TÓPICOS


A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008 realizada pelo IBGE revela que o Brasil avançou em vários fronts.

Público investigado: 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), levando-se em conta a 'situação presente' (2008) em relação à observada em 2007.

Pontos principais:

1. o contingente de trabalhadores cresceu 2,8%, totalizando 92,4 milhões de pessoas, com destaque para a construção civil (crescimento de 14,1%), que gerou cerca de 900 mil novos postos de trabalho. (Embora se venha constatando redução ano a ano na quantidade de crianças e adolescentes trabalhando, 993 mil do grupo de 5 a 13 anos de idade estavam ocupadas, geralmente em atividades agrícolas e sem registro);

2. o número de empregados com carteira assinada saltou para 34,5% do contingente acima, o que significou acréscimo de 2,1 milhões de pessoas entre 2007 e 2008 - implicando elevação de 5,9% na quantidade de contribuintes da Previdência;

3. o índice de Gini (0,571 em 2001) melhorou de 0,528 para 0,521, entre 2007 e 2008. (Os 10% da população ocupada com os rendimentos mais baixos detinham, em 2008, tão-somente 1,2% do total dos rendimentos de trabalho - e em 2007 era pior: 1,1% -, enquanto os 10% com os maiores rendimentos abocanhavam 42,7% do total das remunerações - pouco menos pior que o observado em 2007: 43,3%. Em distribuição de renda, como vemos, o Brasil está longe do razoável, não obstante o avanço);

4. a taxa de escolarização da população na faixa etária de 6 a 14 anos de idade aumentou, passando de 97,0%, em 2007, para 97,5%, em 2008;

5. em 2008, a escola pública atendia 79,2% dos estudantes de 4 anos ou mais de idade. Nos ensinos fundamental (88,0%) e médio (86,5%), a maioria expressiva da população estava na rede pública. (No ensino superior, o quadro se invertia: 76,3% dos estudantes estavam na rede particular);

6. a taxa de analfabetismo entre as pessoa com 15 anos ou mais de idade era de 10,1% em 2007. Caiu para 10,0% em 2008 (14,2 milhões de analfabetos). As disparidades regionais são imensas: o percentual do Nordeste chega a 19,4% (em 2007: 19,9%). A taxa de analfabetismo na faixa etária de 10 a 14 anos foi estimada em 2,8%, mostrando queda de 0,3% em relação a 2007, mas enquanto no Sudeste, Sul e Centro-Oeste esse indicador é inferior a 1,5%, no Nordeste salta para 5,3%;

7. a taxa de analfabetismo funcional foi estimada em 21,0%, em 2008, quando a de 2007 estava em 21,8%. Todas as regiões apresentaram queda dessa taxa, mas o Nordeste ainda amargava 31,6% de analfabetos funcionais em 2008. A carência do Brasil em educação ainda é brutal;

8. em 2008, o Brasil tinha 57,6 milhões de domicílios particulares permanentes (dos quais 74,4% próprios), 1,8 milhão a mais que em 2007. Desses 57,6 milhões de domicílios, 30,2 milhões estão ligados à rede de esgoto, representando avanço de 1,4% em relação a 2007;

9. 83,9% dos domicílios do Brasil são atendidos por rede geral de abastecimento de água, crescimento de 0,7% em relação a 2007 (no Nordeste, o acréscimo foi de 2,3%). 87,9% (50,6 milhões) contam com coleta de lixo e 98,6%, com energia elétrica, o serviço público com maior alcance no país;

10. a participação dos domicílios com algum tipo de telefone passou a ser de 82,1% (47,2 milhões - dos quais 21,7 milhões tinham somente celular). 17,95 milhões de domicílios possuíam computador, sendo que 13,7 milhões (23,8% do total) tinham acesso à Internet.

O Brasil está bem na foto. Mas a superação de certas mazelas com que se defronta exige um trabalho sério e contínuo, de gerações. O combate às desigualdades, os programas sociais, as políticas de crédito e investimento, o cerco à sonegação e aos desmandos administrativos certamente encurtarão o tempo necessário a que cheguemos ao sonhado Brasil.

sábado, 19 de setembro de 2009

PARCEIRAS DA CULTURA


Laurinha Macedo, Edilva Barbosa e Josy Britto no fim de noite do Teresina Shopping, renovando energias para as lides culturais. Parabéns, meninas.

(Foto: Dodó Macedo).

UM PICLE, DOIS HAICAIS


CONTRA O TÉDIO
ROUBAR É SANTO
REMÉDIO


VESTIU UMA CAMISA-DE-FORÇA E SAIU POR AÍ, ESMURRANDO O AR.


TEU PASSADO TE CONDENA
MAS O FUTURO SE ENCARREGA
DE AMOLECER A PENA

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DO DIREITO DE DEFORMAR


"NEM TODA INFORMAÇÃO PÚBLICA É PUBLICÁVEL".


(Do SENADO FEDERAL ao STF, contestando pedido feito pelo jornal Folha de São Paulo no sentido de que o Senado lhe entregue as notas fiscais relativas aos gastos dos senadores em 2008, a título de verba indenizatória, no valor de R$ 15 mil ao mês. A peça em questão traz o argumento de que 'a publicação revelaria dados de segurança nacional que poderiam abalar gravemente as instituições da República').

DE COMO CHANEL PERDEU O CHARM




Na França, "Coco Avant Chanel". Aqui, "Coco Antes de Chanel". Audrey Tautou como Chanel, direção de Anne Fontaine.
.
Ao lado, Coco Chanel. No alto, cartaz original exposto por algum tempo em trens e metrôs da França. Acima, cartaz substituto, com Chanel de caneta em punho, prestes a lavrar veemente protesto em seu diário.
.
C'est la vie, mon ami.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DEPOIS DO VENDAVAL

- Subo a esta tribuna para dizer: o governo atribui a superação da crise mundial a seus próprios méritos. Diz que a elevação do salário mínimo, os programas sociais, a expansão do crédito pelos bancos estatais, a desoneração fiscal e a ampliação das parcerias no comércio exterior foram as medidas que levaram o Brasil a superar a turbulência mundial. Mas estão esquecendo o verdadeiro responsável por tudo isso: o Plano Real!!!

- V. Exa. me concede um aparte?

- É uma honra, nobre colega.

- Limito-me a uma singela observação: o Plano Real só deu mais certo do que os outros porque na época de sua feitura já havia se consolidado a cultura da elaboração de planos. Assim, o mérito pela superação da crise deve ser compartilhado com os Planos Cruzado, Collor, Bresser...

- Faz sentido!

- Epa, eu também tenho um aparte a fazer!

- Pois não.

- Por falar em faz sentido, quero lembrar que o regime militar também trouxe benefícios ao Brasil e...

- Eu também tenho algo a dizer!!

- Sim?

- Eu, atualmente no Partido Provisório, mas notório defensor da criação do Partido Monarquista, lembro aos senhores que o Brasil só começou a sair do marasmo a partir da chegada da Família Real. Vejamos: abertura dos portos às nações amigas, emissão de moeda, criação do Banco do Brasil...

- Ei, eu também quero fazer uso da palavra!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

MÁXIMAS DO MOORE


.Sobre o fato de a ciranda financeira continuar à toda:

"Acho que o setor financeiro aprendeu que precisa se tornar mais engenhoso ainda para continuar armando o esquema da pirâmide (Ponzi scheme)"

"Eles ainda estão tentando bolar novas ideias para derivativos (financeiros), e agora estão atrás dos seguros de vida. Eles estão fazendo derivativos de seguros de vida!" (Empresas estão fazendo seguro para seus empregados mais humildes e embolsando o valor do seguro).

.Por conta de seu novo documentário "Capitalism: a Love Story":

"Passou um ano, e eu não vi um único programa de entrevistas ou uma única edição de 'Meet the Press' ou um editorial do New York Times no qual uma voz tenha se erguido para dizer: 'o problema real é o próprio capitalismo'".

.No mesmo passo, porém ignorando que Barack Obama submeteu ao Congresso pacote de medidas drásticas visando ao controle das atividades financeiras:

"O capitalismo é uma besta. Nunca vai parar. Tem um desejo insaciável de fazer dinheiro. Você pode colocar quantos fios ou cordas quiser ao redor dele, mas ele vai escapar".

.Sobre o fato de Obama estar lutando para aprovar programa de assistência à saúde beneficiando cerca de 50 milhões de americanos desamparados:

"Me sinto mal pelo presidente Obama e pelo que ele está passando, tentanto ajudar pessoas que sofrem para conseguir assistência. Todas aquelas dezenas de milhões de pessoas que votaram nele, onde estão elas? Quem o apóia? Vejo a minoria falando, mas onde está a maioria? Onde estão as pessoas que votaram em Obama? Onde estão as pessoas que queriam isso?".
................
(Michael Moore, escritor, jornalista e documentarista americano, 55 anos. Livros mais importantes: 'Stupid White Men: uma nação de idiotas', 'Cara, cadê meu país?', 'George W. Bush, the man'; documentários de destaque: 'Roger & Me' (1989), 'Tiros em Columbine' (2002), 'Fahrenheit 9/11' (2004), 'Capitalism: a Love Story'. Moore começou na imprensa editando o 'The Flint Voice', jornal alternativo que dirigiu por 10 anos).

PROSSEGUE A QUERELA


Depois de um Mandado de Segurança e duas arguições de suspeição, o advogado do Estadão, Manuel Alceu Afonso Ferreira, conseguiu que o Tribunal de Justiça do DF afastasse, por suspeição, o desembargador Dácio Vieira do processo que envolve Fernando Sarney e outros.

Dácio Vieira proibira o Estadão de veicular qualquer notícia sobre o processo (que corre em segredo de Justiça), uma vez que o jornal divulgara informações ilegalmente apuradas (grampo), o que configurou agressão a Direito de Personalidade, conforme previsto no Código Civil (de 2002), e a despeito de a Constituição Federal (de 1988) dizer que a censura está proibida (art. 220, § 2°).

Nesse episódio, a CF não poderia oferecer proteção ao Estadão, pois as liberdades públicas não podem prestar-se à tutela de condutas ilícitas (no caso, desrespeito a segredo de Justiça).

O Estadão, com a solidariedade de diversos veículos e associações nacionais e internacionais, passou mais de 40 dias esperneando. Gilmar Mendes estrilou, deplorando o fato de que o processo 'se arrastava'. A Veja aproveitou a deixa para engordar o já alentado e amargo rol de malfeitorias praticadas por Sarney pai.

Mas o certo é que o artigo 20 do Código Civil autoriza a Justiça a agir como agiu. (O Direito é impessoal; não importa o caráter de quem o invoca; pode ser a Irmã Dulce ou a Cora Coralina, o Maluf ou o deputado do castelo).

O afastamento do desembargador se deu por suspeição, a proximidade com o clã Sarney. Aí já são outros quinhentos. Quem administra o Direito tem a obrigação de ser e estar limpo. A impessoalidade é de mão dupla, requisito não atendido por Dácio.

Passemos a aguardar o desfecho do caso. Continuo achando que o Estadão, a exemplo de todos os veículos, está proibido de divulgar matéria sob segredo de Justiça - e não sob censura, como ele, esperto e coitadinho, ostenta em seu saite.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

DEU NO JORNAL

DEPOIS DE RODAR EM SEU CARRO ZERO, CURTIR A NOVA CASA, TER O SALÁRIO QUADRUPLICADO E DAR INÍCIO À ESCOLHA DE SUA AMADA ENTRE DEZENAS DE PRETENDENTES, AL ZEIDI DECIDIU PASSAR A USAR EXCLUSIVAMENTE SANDÁLIAS DA HUMILDADE.

O JOGO DO PODER


Cerca de 50 milhões de cidadãos norte-americanos (sem contar, pois, os ilegais) não têm qualquer tipo de plano de saúde. Obama está propondo que o Estado passe a assisti-los, para revolta de wasps neoliberais e simpatizantes.
.
Obama submeteu ao Congresso americano um pacote de medidas visando à plena regulação das atividades financeiras, cortando os descalabros pela raiz. Financistas (especuladores) pressionam contra.

O Estado, ora, por que o Estado?

Por que, por exemplo, o Estado na economia?

Porque sim. Só o Estado detém condições de buscar e alcançar, por exemplo, os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (artigo 3° da Constituição).

Bem a propósito, pesquisa da BBC divulgada ontem afirma que a maior parte (67%, na média) das pessoas em 20 países quer maior controle dos governos sobre a regulação e administração das economias nacionais. No Brasil, tal índice chega a 75%.

Sintomaticamente, a grande imprensa quase ignorou a pesquisa.

Sintomaticamente, ora, por que sintomaticamente?

DO BLOG DO ZIRA


- Atenção! - falou o Bichinho da Maçã. Esta é uma anedota de trás pra frente.

Todo mundo caladinho.

Aí, ele repetiu: - Pessoal... é uma anedota de trás pra frente!!!

Todos caladinhos. Alguém deve ter dito: - Vai, conta a anedota!

E o Bichinho: - Ué... estou esperando vocês rirem!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CRISE MUNDIAL, UM ANO


15 de setembro de 2008: concordata do Banco Lehman Brothers, marco da crise financeira mundial.

Banqueiros e corretores deitaram e rolaram por anos a fio, sob a postura complacente de Alan Greenspan, presidente do FED, timoneiro de Clinton e Bush.

Veio o desastre, e em seguida o Estado.

Bancos, corretoras, montadoras, todos se sairam numa boa. EUA e resto do mundo teriam despendido entre US$ 10 e US$ 15 trilhões para segurar as pontas.

Na hora do desespero, aos socorridos não interessava saber se o Estado era o Estado-Estado ou o Estado-Mínimo; o importante era o poder do Estado de 'alavancar' dólares salvadores.

Em meio a um mundo ainda inseguro, desponta o Brasil como surpresa positiva, o que é reconhecido pelos analistas mais isentos mundo afora.

(Já internamente, enquanto no Canal Livre da Band de 13.09 Luiz Carlos Mendonça de Barros, entre outros economistas, faz uma análise equilibrada e louva o fato de o Brasil ter sido habilidoso, Boris Casoy, Joelmir Beting, Fernando Mitre e Antonio Teles sustentam que o 'feito' do Brasil é irrelevante, já que a saúde, a segurança e o transporte são uma bagunça, cabendo a Beting arrematar: 'O Brasil não saiu da crise por causa do Governo, saiu da crise apesar do Governo'. Os rapazes estavam mesmo bastante incomodados; até mandaram o comedimento às favas, ao praticamente confessarem haver votado nas oposições em 2002. Claro: se no final do governo FHC restava um país sucateado, então os citados jornalistas, coerentemente, votaram contra. Quem diria, Boris!).

CRISE MUNDIAL, UM ANO (II)


Notícia de há pouco: "O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o sistema financeiro não é o único culpado pela crise global, mas também os americanos comuns, que fizeram empréstimos baseados em operações duvidosas. Ele também pediu mais regulação e transparência em relação aos bancos.'Essa crise não foi apenas resultado das decisões tomadas pelo sistema financeiro, mas das decisões tomadas pelos americanos que tomavam crédito irresponsavelmente e sabiam que não poderiam pagar, assinavam contrato que nem sabiam o que estava escrito', disse o presidente.

Por outro lado, Obama também criticou as instituições financeiras e empresas que receberam ajuda: 'Muitas das companhias que estão voltando à prosperidade têm agora uma dívida com o povo americano'. (...).

Ele criticou a fraqueza da vigilância sobre a indústria financeira como uma das causas da crise global que se agravou há um ano e disse que seu governo está estabelecendo novas normas para 'evitar riscos sistêmicos' e 'proteger o consumidor', com mais 'transparência'.(...)".
................

O 'Pacote Obama' está há um bom tempo sob análise do Congresso Americano, que vem cozinhando o galo em face de pressões de banqueiros, corretores e especuladores em geral, que voltaram a auferir gordos ganhos após o socorro oferecido pelo Estado.

Com o pacote, além do fortalecimento do Federal Reserve no que tange à fiscalização dos bancos e aplicações financeiras, haverá reformulação geral da (altamente frouxa) SEC Securities and Exchange Comission (a CVM de lá), entre outras medidas.

Quanto ao comportamento dos americanos comuns, há um detalhe que certamente pesou na corrida deles aos bancos, especialmente para firmar contratos imobiliários: o abatimento dos juros respectivos nos valores a recolher ao imposto de renda, um baita chamariz.

O esquema, então, era o seguinte: de um lado os bancos, doidos pra emprestar ('multiplicando' depois o 'recebível derivativo'), de outro o Estado, gentilmente assumindo os juros que deveriam ser pagos pelos tomadores, e na outra ponta o americano comum, comprando seu imóvel sem o ônus dos juros.

O esquema continua?

domingo, 13 de setembro de 2009

A VOLTA DOS PICLES


ÀS VEZES, A VIOLÊNCIA SE DISFARÇA DE PAZ, MAS É SEMPRE BOM LEMBRAR: AS APARÊNCIAS ESGANAM.


O TORTURADOR POMPOSO? É DESSES CANALHAS AUTORITÁRIOS QUE EXIGEM LEVAR VANTAGEM ENTULHO!


PARA OS ESCRITORES CALHORDAS, OS FINS JUSTIFICAM OS EPÍLOGOS.


BONS TEMPOS AQUELES EM QUE A LIBERTINAGEM ERA TÃO SOMENTE UMA CALÇA VELHA, AZUL E DESBOCADA.


É FOGO! OS REIS DAS ELITES, NÃO PODENDO ENTREGAR O PRÉ-SAL A SEUS PATRÕES, QUEREM MANDÁ-LO PRO ÓLEO DA RUA. (PUXA, QUE TROCADILHO INFLAME, DIGO, INFAME!)

OS PIBS (III)


Dito e feito: a grande mídia, à falta do que contrapor ao gol marcado pelo Brasil frente à crise mundial, veio em peso com o porém dos gastos do Estado: 'certo, o Brasil saiu da recessão técnica, MAS isso de nada adiantará se não forem contidos os gastos estatais'.

Falei em grande mídia, mas o fato é que o 'reparo' foi apontado até pelos mais modestos agentes - que, na verdade, nada mais fazem do que repercutir, qual papagaios, os 'poréns' ditados pela grande imprensa.

Não se discute o sucateamento de que o Estado brasileiro foi vítima nos anos FHC. Não se leva em conta a terceirização da mão-de-obra espertamente posta em prática com suposto apoio no artigo 37, IX da Constituição e que perdurou por anos, até que o Ministério Público do Trabalho começasse a derrubar o artifício - o que implicou a realização de concursos públicos e elevação do contingente com carteira assinada (e, claro, custos maiores).

Não se discute a reestruturação de setores, como os que atuam na defesa do meio ambiente (ainda capengas), nem a própria estruturação de setores inteiros, como o da pesca, em que o Brasil era nota zero.

Não se discute que o Brasil era ultra deficiente em investimentos em infraestrutura e que tal mazela estaria por trás dos diversos nós com que o governo atual se depara na implementação do PAC.

O que importa é dar voz a críticos 'especialistas em máquina pública', como o indefectível Raul Velloso, sempre a postos para fortalecer o 'MAS' com que a grande imprensa reage às conquistas do Brasil.

Como antevi, os iluminados deram tratos à bola e arrumaram um contraponto. Mas, convenhamos, o contraponto está mais para desespero de causa.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

OS PIBS (II)


O PIB do segundo trimestre de 2009 alcançou 1,9%, percentual superior ao (até então recorde) verificado no 3° trimestre do ano passado, que antecedeu a crise financeira internacional.

Vejamos os percentuais dos últimos trimestres:

................2008........2009

1° tri......... 1,7......... - 0,8

2° tri......... 1,6............1,9

3° tri......... 1,8

4° tri........ - 3,6

Como já observado anteriormente, o Brasil agiu com acerto: a) ao diversificar as parcerias comerciais (a ponto de a participação dos EUA no bolo das exportações cair de 25% para 12%); b) ao combater as desigualdades via programas sociais e elevação do salário-mínimo (contribuindo para alavancar o consumo interno); c) ao implementar o PAC; d) ao conceder desonerações fiscais (veículos; linha branca de eletrodomésticos) e e) ao acionar os bancos estatais na disseminação do crédito, chegando à marca recorde de 45% do PIB.

Isto nada obstante, há quem, inconsolável, esteja dando tratos à bola em busca de brechas de escape e depreciação. Até setembro de 2008, a brecha era: o Brasil só está bem porque se aproveita da excelente maré mundial. Essa brecha foi fechada. Mas que ninguém duvide do potencial da bola.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

WTC, 8 (I)


(Quase três mil inocentes mortos. Idiotice elevada à potência máxima. O 11 de setembro é um perene e sombrio divisor de águas).
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Antes do 11 de setembro de 2001, George W. Bush:

a) em março 2001, diz não à ratificação do Protocolo de Kioto (acordo de 1997, que visava à redução da emissão de seis tipos de gases até 2012) e em seguida nega adesão à Convenção da Basiléia, de 1989 (tratamento de resíduos tóxicos);

b) mantém/eleva a proteção à agricultura e ao aço locais, levando seus concorrentes a apelar para a OMC;

c) em maio 2001, abandona o Tratado Sobre Controle e Produção de Mísseis Balísticos;

d) em julho 2001, boicota conferências internacionais de armas ligeiras e biológicas.

WTC, 8 (II)



Depois do 11 de setembro, estabelece-se o reinado da paranóia, em que se desconfiava até da própria sombra e se tinha a convicção de que o mundo inteiro conspirava contra a metrópole. É aí que em:

a) 18 de setembro de 2001: Congresso aprova a 'Autorização de Uso de Força Militar', mediante a qual o Executivo pode agir por conta própria (sem ouvir Legislativo e Judiciário), pondo em prática a Doutrina da Guerra Preventiva, intervindo onde bem entendesse, independentemente da ONU (2002: Afeganistão; 2003: Iraque);

b) outubro 2001: instituído o Ato Patriótico, para uso interno, em que as chamadas liberdades civis passam a ser praticamente ignoradas, tudo em nome da luta contra o terrorismo. E tudo podia ser 'lido' como terrorismo - até a própria sombra. O Ato foi renovado pelo Congresso em 2006, mas não em sua totalidade. E se sucedem casos de tortura em prisões como Guantánamo, base americana na ilha de Cuba, fora da jurisdição da Suprema Corte;
c) maio 2002: retirado apoio à criação de Corte Penal Internacional para julgar crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade.

Barack Obama agora luta para 'atenuar' o ímpeto de Tio Sam.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

OS PIBS


Segundo a UNCTAD, agência da ONU para o comércio e o desenvolvimento, a economia dos EUA sofrerá retração de 6,5% em 2009, enquanto os países desenvolvidos terão queda de 4,1%. Para a agência, o Brasil também colherá frutos amargos, mas bem menos letais que os citados, com o que o Brasil discorda, sustentando que alcançará resultado positivo.
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Mas, vejamos como estão os parceiros dos EUA no NAFTA, até o segundo trimestre de 2009:

.............................................Canadá........ México

.1° trimestre ....................... - 5,4%............ - 8,2%

.2° trimestre ....................... - 3,2%........... - 10,3%

Se o Brasil tivesse aderido à ALCA (um quase NAFTA ampliado), estaria hoje à deriva. O país seguiu linha diversa, ampliando as parcerias comerciais mundo afora, combatendo as desigualdades (o que elevou o poder de consumo interno), implementando o PAC e ampliando o crédito para a marca inédita de 45% do PIB, via os agentes públicos que escaparam da privatização (BNDES, Caixa, Banco do Nordeste e Banco do Brasil).

Depois de sofrer queda de 0,8% no primeiro trimestre, o PIB do Brasil no segundo poderá chegar a 2%. (O Chile, sempre citado pelos críticos do modelo brasileiro, nos últimos meses vem sendo 'ignorado'. É que amargou - 2,1% no primeiro trimestre e - 4,5% no segundo. A ALCA andou por lá...)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

DIÁLOGOS TRANSCENDENTAIS


- Afinal, por que Petrobrax?

- Os panacões não fazem ideia, mas o fato é que o termo surgiu após a privatização da Vale, na esteira da ExxonMobil. Petrobrax já dava a deixa: privatizada, Petrobrax, com um 'x'. Com dois seria bandeira!

- Ah ah. O sincero Agripino Maia não se dá por vencido: abomina terminantemente a possibilidade de fortalecer a Petrobras.

- O bom é que ele silencia quanto ao fato de que as novas sete irmãs do mundo são todas estatais, e mais: de países emergentes ou pobres. Tá mais do que certo em silenciar.

- O barbudo, devo reconhecer, foi pertinente ao manter o regime de urgência para o Pré-sal. Seja qual for o prazo, seja qual for a discussão, nossos próceres votarão contra, peremtoriamente contra.

- Aí vem o Mozarildo Cavalcante e resume tudo: pra que discutir o tal Pré-sal, um troço que nem se sabe se daqui a dez anos terá algum efeito? E mata a cobra, nosso Mozarildão de guerra: discutir a besteira do Pré-sal é discutir o sexo dos anjos!

- Essa é boa, e o melhor é que não aparece um panacão sequer para rebater. Fica até meio sem graça. A gente quase que detém o monopólio da tribuna, baixa a ripa, tripudia, e não aparece um fã do torneiro para se contrapor à gente!

- Não aparece panacão pra rebater, é verdade. Veja o nosso chapa Cristovam Buarque. Ele diz que não tem futuro o uso do petróleo, a energia suja. Sustenta, candidamente, que a Petrobras, o Brasil deveria dar o exemplo e abandonar definitivamente a ideia de ampliar a exploração do óleo sujo, situação em que o tal Pré-sal perderia o sentido.

- Pois é, cara! E nem um mísero panacão aparece para dizer: 'Ô Cristovam, nesse caso devemos ser os primeirões a chutar o balde do petróleo, enquanto os donos do mundo, que já poluíram o quanto puderam, continuariam poluindo, e nós, os impolutos, mesmo nos lascando economicamente, nos confortaríamos por haver dado o exemplo, provando o quanto somos os tais? Morde aqui pra ver se sai coca-cola!'

- Ainda bem que os panacões são incapazes de defender suas idiotices! Panacões panacas!!

- Qua qua! Panacões panacas! Genial!!

75 FILMES INFLUENTES

Marden Machado é meu amigo e conterrâneo (de Teresina), e mora há anos em Curitiba, depois de ter atuado, como emissário da ONU, em áreas de conflito como Timor-Leste. É ligado em literatura, quadrinhos, música, TV e, especialmente, cinema - para o qual dedica um blog em que emite impressões abalizadas.

Marden comenta sobre cinema nos programas 91 MINUTOS, na CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e CALDO DE CULTURA, da UFPR TV, nos canais 15 da Net e 71 da TVA.

Eis um texto dele, de junho passado (blog http://cinemarden.blogspot.com/ ):

75 FILMES INFLUENTES

A lista abaixo, que não é definitiva (aliás, nenhuma lista é), procura destacar filmes que, ao longo da história do cinema, influenciaram gerações de diretores e espectadores. Antes que alguém diga que faltou o filme dos irmãos Lumière, ressalto que destaquei apenas filmes que contam uma história, e não reproduções de cenas cotidianas. Alguns são realmente obras-primas, outros nem tanto, porém, foram importantes por conta de seus avanços tecnológicos, que abriram novas portas para a criação e a narrativa cinematográfica. O último da lista é um filme que ainda não foi lançado, mas que, pelo pouco que já foi mostrado dele, com certeza será um marco na história do cinema.

VIAGEM À LUA (1902)
de Georges Méliès
O GRANDE ROUBO DO TREM (1903)
de Edwin S. Porter
O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (1915)
de David Wark Griffith
O GABINETE DO DR. CALIGARI (1919)
de Robert Wiene
NANOOK, O ESQUIMÓ (1922)
de Robert Flaherty
O ENCOURAÇADO POTEMKIN (1925)
de Serguei Eisenstein
METRÓPOLIS (1927)
de Fritz Lang
AURORA (1927)
de F.W. Murnau
O CANTOR DE JAZZ (1927)
de Alan Crosland
O HOMEM COM UMA CÂMARA (1929)
de Dziga Vertov
UM CÃO ANDALUZ (1929)
de Luis Buñuel
LIMITE (1931)
de Mário Peixoto
DRÁCULA (1932)
de Tod Browning
AMA-ME ESTA NOITE (1932)
de Rouben Mamoulian
KING KONG (1933)
de Merian C. Cooper
ACONTECEU NAQUELA NOITE (1934)
de Frank Capra
O TRIUNFO DA VONTADE (1934)
de Leni Riefenstahl
BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES (1937)
de Walt Disney
E O VENTO LEVOU (1939)
de Victor Fleming
NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS (1939)
de JohnFord
A REGRA DO JOGO (1939)
de Jean Renoir
O MÁGICO DE OZ (1939)
de Victor Fleming
CIDADÃO KANE (1941)
de Orson Welles
RELÍQUIA MACABRA (1941)
de John Huston
CASABLANCA (1942)
de Michael Curtiz
ROMA – CIDADE ABERTA (1945)
de Roberto Rossellini
LADRÕES DE BICICLETAS (1948)
de Vittorio De Sica
FESTIM DIABÓLICO (1948)
de Alfred Hitchcock
RASHOMON (1950)
de Akira Kurosawa
O CREPÚSCULO DOS DEUSES (1950)
de Billy Wilder
CANTANDO NA CHUVA (1951)
de Stanley Donen e Gene Kelly
O DIA EM QUE A TERRA PAROU (1951)
de Robert Wise
JANELA INDISCRETA (1954)
de Alfred Hitchcock
OS SETE SAMURAIS (1954)
de Akira Kurosawa
RASTROS DE ÓDIO (1956)
de John Ford
O SÉTIMO SELO (1957)
de Ingmar Bergman
A MARCA DA MALDADE (1958)
de Orson Welles
ACOSSADO (1959)
de Jean-Luc Godard
PSICOSE (1960)
de Alfred Hitchcock
A DOCE VIDA (1960)
de Federico Fellini
OS REIS DO IÊ-IÊ-IÊ (1964)
de Richard Lester
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (1964)
de Glauber Rocha
TRÊS HOMENS EM CONFLITO (1966)
de Sergio Leone
2001 - UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (1968)
de Stanley Kubrick
SEM DESTINO (1969)
de Dennis Hopper
O PODEROSO CHEFÃO (1972)
de Francis Ford Coppola
CHINATOWN (1974)
de Roman Polanski
TAXI DRIVER (1975)
de Martin Scorsese
BARRY LYNDON (1975)
de StanleyKubrick
TUBARÃO (1975)
de Steven Spielberg
GUERRA NAS ESTRELAS (1977)
de George Lucas
SUPERMAN - O FILME (1978)
de Richard Donner
TOURO INDOMÁVEL (1980)
de Martin Scorsese
OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA (1981)
de Steven Spielberg
BLADE RUNNER (1982)
de Ridley Scott
TRON - UMA ODISSÉIA ELETRÔNICA (1982)
de Steven Lisberger
UMA CILADA PARA ROGER RABBIT (1988)
de Robert Zemeckis
O COZINHEIRO, O LADRÃO, SUA MULHER E O AMANTE (1989)
de Peter Greenaway
SEXO, MENTIRAS E VIDEOTAPE (1989)
de Steven Soderbergh
O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 - O JULGAMENTO FINAL (1991)
de James Cameron
O PARQUE DOS DINOSSAUROS (1993)
de Steven Spielberg
O CORVO (1994)
de Alex Proyas
FORREST GUMP - O CONTADOR DE HISTÓRIAS (1994)
de Robert Zemeckis
PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA (1994)
de Quentin Tarantino
TOY STORY (1995)
de John Lassiter
TITANIC (1997)
de James Cameron
CORRA LOLA, CORRA (1998)
de Tom Tykwer
MATRIX (1999)
de Andy e Larry Wachowski
AMNÉSIA (2000)
de Christopher Nolan
O SENHOR DOS ANÉIS (2001)
de Peter Jackson
ARCA RUSSA (2002)
de Aleksandr Sokurov
CIDADE DE DEUS (2003)
de Fernando Meirelles
SIN CITY (2005)
de Robert Rodriguez e Frank Miller
O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON (2008)
de David Fincher
AVATAR (2009)
de James Cameron
................
(Acima, reprodução de tela de Henri Matisse. Et pour cause).

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

KENARD KRUEL, 50


Nosso compadre Kenard apaga a vela do bolo que marca os seus cinquenta anos, sob o olhar de dona Genu Moraes. Ao largo, eu, Laurinha e José Elias Arêa Leão.

Foi bacana a noite, pá!