"Fracasso ou sucesso estão sujeitos a forças que nenhum sistema ou indivíduo pode controlar plenamente. A consciência do acaso pode ser libertadora".
'O Andar do Bêbado', de Leonard Mlodinow, cuida da história da probabilidade e da estatística, desde os jogos de azar da Idade Média até o início do século XX. Mlodinow é co-autor de 'Uma Nova História do Tempo', com Stephen Hawking.
Coisa curiosa é saber, por exemplo, que os esportes e o mercado financeiro podem ser explicados através de um modelo estocástico, e não determinístico. Por que um time vinha tão bem e de repente entra numa sequência dramática de derrotas? Por que as ações de certa empresa se vinham comportando de um jeito e repentinamente mudam de tendência, sem que o histórico tenha valor algum?
Como não li, ainda, o livro, não sei responder. Sei, por ter lido em outra fonte, que o modelo determinístico é preciso, direto, à prova de variação, como por exemplo o fato de um carro movendo-se a 60 km por hora percorrer 180 km ao fim de 3 horas.
Já se eu jogar dez vezes uma moeda para o ar não obterei necessariamente cinco vezes cara e cinco vezes coroa. Mas reina a tese de que 1.024 lançamentos de moeda produzem tão-somente uma sequência de 10 caras seguidas. Eis, suponho, um exemplo de modelo estocástico.
O título do livro repousa no fato de que o bêbado sempre acerta o caminho de volta para casa. O que faz lembrar a máxima consagrada do paraibano José Américo de Almeida, de "A Bagaceira": 'ninguém se perde no caminho de volta'. Mesmo bêbado, acresceria Mlodinow.
Diante de tantos blogs imperdíveis, Caros Amigos, Imprensa e livros na boca de espera, uma indagação: quando lerei o livro? Estou razoavelmente determinado a lê-lo, mas certamente acabarei recorrendo ao método estocástico.
Mas, e o acaso? Entre as inúmeras abordagens, uma atribuída a Charles Tschopp: 'o acaso é o instrumento escolhido pelo destino para que seus mais importantes planos para conosco sejam realizados'.
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