A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008 realizada pelo IBGE revela que o Brasil avançou em vários fronts.
Público investigado: 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), levando-se em conta a 'situação presente' (2008) em relação à observada em 2007.
Pontos principais:
1. o contingente de trabalhadores cresceu 2,8%, totalizando 92,4 milhões de pessoas, com destaque para a construção civil (crescimento de 14,1%), que gerou cerca de 900 mil novos postos de trabalho. (Embora se venha constatando redução ano a ano na quantidade de crianças e adolescentes trabalhando, 993 mil do grupo de 5 a 13 anos de idade estavam ocupadas, geralmente em atividades agrícolas e sem registro);
2. o número de empregados com carteira assinada saltou para 34,5% do contingente acima, o que significou acréscimo de 2,1 milhões de pessoas entre 2007 e 2008 - implicando elevação de 5,9% na quantidade de contribuintes da Previdência;
3. o índice de Gini (0,571 em 2001) melhorou de 0,528 para 0,521, entre 2007 e 2008. (Os 10% da população ocupada com os rendimentos mais baixos detinham, em 2008, tão-somente 1,2% do total dos rendimentos de trabalho - e em 2007 era pior: 1,1% -, enquanto os 10% com os maiores rendimentos abocanhavam 42,7% do total das remunerações - pouco menos pior que o observado em 2007: 43,3%. Em distribuição de renda, como vemos, o Brasil está longe do razoável, não obstante o avanço);
4. a taxa de escolarização da população na faixa etária de 6 a 14 anos de idade aumentou, passando de 97,0%, em 2007, para 97,5%, em 2008;
5. em 2008, a escola pública atendia 79,2% dos estudantes de 4 anos ou mais de idade. Nos ensinos fundamental (88,0%) e médio (86,5%), a maioria expressiva da população estava na rede pública. (No ensino superior, o quadro se invertia: 76,3% dos estudantes estavam na rede particular);
6. a taxa de analfabetismo entre as pessoa com 15 anos ou mais de idade era de 10,1% em 2007. Caiu para 10,0% em 2008 (14,2 milhões de analfabetos). As disparidades regionais são imensas: o percentual do Nordeste chega a 19,4% (em 2007: 19,9%). A taxa de analfabetismo na faixa etária de 10 a 14 anos foi estimada em 2,8%, mostrando queda de 0,3% em relação a 2007, mas enquanto no Sudeste, Sul e Centro-Oeste esse indicador é inferior a 1,5%, no Nordeste salta para 5,3%;
7. a taxa de analfabetismo funcional foi estimada em 21,0%, em 2008, quando a de 2007 estava em 21,8%. Todas as regiões apresentaram queda dessa taxa, mas o Nordeste ainda amargava 31,6% de analfabetos funcionais em 2008. A carência do Brasil em educação ainda é brutal;
8. em 2008, o Brasil tinha 57,6 milhões de domicílios particulares permanentes (dos quais 74,4% próprios), 1,8 milhão a mais que em 2007. Desses 57,6 milhões de domicílios, 30,2 milhões estão ligados à rede de esgoto, representando avanço de 1,4% em relação a 2007;
9. 83,9% dos domicílios do Brasil são atendidos por rede geral de abastecimento de água, crescimento de 0,7% em relação a 2007 (no Nordeste, o acréscimo foi de 2,3%). 87,9% (50,6 milhões) contam com coleta de lixo e 98,6%, com energia elétrica, o serviço público com maior alcance no país;
10. a participação dos domicílios com algum tipo de telefone passou a ser de 82,1% (47,2 milhões - dos quais 21,7 milhões tinham somente celular). 17,95 milhões de domicílios possuíam computador, sendo que 13,7 milhões (23,8% do total) tinham acesso à Internet.
O Brasil está bem na foto. Mas a superação de certas mazelas com que se defronta exige um trabalho sério e contínuo, de gerações. O combate às desigualdades, os programas sociais, as políticas de crédito e investimento, o cerco à sonegação e aos desmandos administrativos certamente encurtarão o tempo necessário a que cheguemos ao sonhado Brasil.
Old friend Dodó: Que bacana.nas minhas perambulância pela net,descubro o teu blog.Há quanto tempo, cara.
ResponderExcluirE aí? como vai a nossa teresina? William, Paulo Moura,Albert,Cinéas Santos...?
visite meus blogs para acendermos os contatos.
grande abraço.
Biratan
Great Biratan, quanto tempo, meu amigo! Satisfação enorme receber seu comentário.
ResponderExcluirA despeito de certas carências, Teresina continua adorável. É aquela história: não a troco jamais.
Cineas está batalhando com sucesso à frente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Baita rol de atividades.
Paulo Moura, há tempos não vejo. Também estou com saudade dele.
Albert está a maior parte do tempo em Água Branca, realizando um trabalho em parceria com a prefeitura. Espero que o blog dele retorne o quanto antes. Faz uma falta danada.
Com o poeta William e o velho Ral estou tendo contato de quando em quando. Velhos guerreiros de sempre.
Ô, cartunista emérito, mande-me os endereços de seus blogs, que pretendo colocá-los no meu rol de favoritos. E apareça por aqui em breve, meu caro. Temos muita cerveja e conversa atrasadas!
Abração,
Dodó Macedo.