sábado, 9 de junho de 2012
ECOS DO IVAN LESSA
Ivan Lessa (texto), Redi (ilustrações), com desenhos adicionais de Henfil, Vilmar, Miguel Paiva, Claudius e Miran.
O livro, com 176 páginas, foi lançado pela Desiderata em 2006, e traz coletânea de picles e cartuns publicados em O Pasquim entre 1972 e 1977.
Ivan Lessa, nascido em São Paulo em 1935 e falecido ontem, viveu em Londres por mais de 30 anos, trabalhando para a BBC. Redi, morto em 2004, foi cartunista, ilustrador (o primeiro a emplacar dois desenhos na capa do New York Times) e redator. Dois nomes gigantes que, nos anos 70, durante a publicação do jornal O Pasquim, trabalharam juntos na seção Gip! Gip! Nheco! Nheco!
Fórmula imbatível: aforismos sarcásticos e devastadores de Lessa ilustrados por desenhos de Redi. Juntos, formam um retrato imprescindível dos anos 70, tempos de ditadura, de protestos, de tortura no Brasil e de vilanias na América do Sul e na África.
Sacadas impagáveis como:
.Para os sertanejos, Euclides da Cunha era, antes de tudo, um chato.
.A terra de ninguém é sempre disputada por duas ou mais facções.
.3 em cada 5 índios são, cada vez mais, 1 só. E os outros 2 também.
.3 entre 4 políticos não sabem que país é este. O outro pensa que é a Suécia.
.Baiano não nasce, estreia.
.Todo brasileiro vivo é uma espécie de milagre.
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