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Ex-ministro e quadro histórico do PT dispara contra a pressão do mercado sobre o governo Lula e convoca mobilização popular
José Dirceu, quadro histórico do PT e ex-ministro chefe da Casa Civil, fez uma crítica contundente às pressões que o mercado financeiro vem fazendo para que o governo Lula promova um ajuste fiscal cortando recursos de áreas essenciais como saúde, educação, salário mínimo e aposentadoria.
Desde a última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem fazendo reuniões com seus ministros para discutir um pacote de medidas a ser apresentado que visa equilibrar os gastos públicos para cumprir o arcabouço fiscal. Apesar de ainda faltarem arestas a serem aparadas antes da apresentação dessas medidas, Lula já sinalizou que não haverá desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ao salário mínimo e nem cortes em benefícios sociais – uma das demandas do mercado financeira, endossada quase diariamente em editoriais da mídia comercial.
Em sintonia com o presidente, José Dirceu, que recuperou seus direitos políticos e deve ser candidato a deputado federal em 2026, afirma que o ajuste fiscal não deve ser baseado em cortes sociais e rejeita penalização dos trabalhadores e da população mais vulnerável no ajuste fiscal.
Segundo o ex-ministro, a discussão sobre o corte de gastos deve "sair dos palácios" e envolver trabalhadores, empresários e partidos. Dirceu propõe medidas mais arrojadas: tributar os mais ricos e impor limites ao que chama de "reclamos do chamado mercado".
"Entre indignado e esperançoso, convoco para um debate nacional sobre nosso futuro. Essa discussão tem que sair dos palácios e ganhar as ruas, as organizações, os sindicatos", disse Dirceu em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Em entrevista à RedeTV que foi ao ar no domingo (10), Lula subiu o tom contra o Congresso Nacional, setor empresarial e mercado financeiro ao ser questionado sobre os cortes. O presidente questionou questionou se parlamentares e empresários topariam "abrir mão" de determinados benefícios para contribuir com o ajuste fiscal.
Dirceu, por sua vez, endossou o posicionamento do presidente , afirmando que "não dá para ficar assistindo de camarote a essa batalha que está sendo travada entre o governo e as demandas do mercado".
Organizações sociais, sindicatos e partidos políticos lançaram neste domingo (10) um manifesto que critica o papel do mercado financeiro e da mídia na pressão sobre o governo federal para cortar recursos em áreas essenciais, como saúde, educação e programas de infraestrutura.
Segundo o texto, assinado por grupos como Frente Brasil Popular, MST, CUT, PSOL, PT e PCdoB, há uma tentativa de “chantagem” para obrigar o governo a realizar cortes estruturais e elevar as taxas de juros, favorecendo minorias privilegiadas e prejudicando a população.
Os signatários apontam que essas pressões vêm em um momento de recuperação econômica, com aumento do emprego e da renda, e denunciam a falta de crítica da mídia e do mercado às altas taxas de juros e isenções fiscais para setores que lucram sem gerar emprego.
A nota (a íntegra está Aqui) afirma que a narrativa de uma crise fiscal é uma criação para justificar cortes que afetariam diretamente conquistas históricas, como o salário mínimo e os direitos dos trabalhadores.
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"Lula Afirma Que Vai Vencer o Mercado Financeiro,
Que Pressiona Por Corte de Gastos" - (Aqui).
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