domingo, 3 de novembro de 2024

"A LAVA JATO DESTRUIU O FUTURO DO BRASIL", AFIRMA LUÍS NASSIF

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Em entrevista a Hildegard Angel, Luís Nassif critica "exibicionismo" do Judiciário e expõe os bastidores que afetaram o Brasil político e econômico

No 247:
Na entrevista com Hildegard Angel, disponibilizada na
 TV 247, o jornalista Luís Nassif tece críticas contundentes à operação Lava Jato, abordando o que considera "um dos maiores golpes" contra a economia e a política brasileira. Segundo Nassif, o "exibicionismo judicial" e as manobras de cooperação internacional transformaram a operação numa ferramenta de influência externa que comprometeu seriamente o futuro do país. Para ele, a Lava Jato consolidou um movimento que impactou o setor empresarial nacional e desestruturou a política interna.

Hildegard Angel conduziu a conversa, ressaltando os principais pontos da nova obra de Nassif, "A conspiração Lava Jato", já em destaque entre leitores e críticos. O livro, publicado pela editora Contracorrente, traz detalhes das estratégias que culminaram em um prejuízo de mais de R$ 400 bilhões à economia brasileira, conforme estimativa do ex-procurador-geral da República Augusto Aras. A narrativa propõe que a operação Lava Jato não apenas impactou o setor empresarial, mas também promoveu mudanças profundas e duradouras no sistema de justiça e nas relações entre o Brasil e potências internacionais, especialmente os Estados Unidos.

O Judiciário como espetáculo e o papel da mídia
Nassif também critica a transformação da imagem dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, passaram de figuras discretas a “popstars”, incentivados pela visibilidade proporcionada pela mídia. Ele afirma que a TV Justiça e as redes sociais contribuíram para esse fenômeno, no qual, além do protagonismo dos ministros, houve o que Nassif chamou de “chantagem e lisonja” para manter certos juízes sob controle ou para incentivá-los a seguir com uma postura punitivista.

Ao longo da entrevista, ele destaca o papel da mídia no apoio à Lava Jato. Para Nassif, a mídia brasileira seguiu o modelo do magnata australiano Rupert Murdoch, buscando alavancar seu poder político para influenciar as decisões nacionais. Segundo ele, esse movimento da imprensa criou o que o jornalista Paulo Henrique Amorim chamava de "Partido da Imprensa Golpista (PIG)", que, com manchetes sensacionalistas, amplificou a narrativa de combate ao crime de maneira unilateral, afastando-se de um jornalismo que contextualiza e aprofunda os fatos.

Destruição de empresas nacionais e dependência externa
Outro ponto de destaque na entrevista é o dano econômico causado pela operação, que, conforme exposto no livro, impôs sérios obstáculos ao crescimento de empresas nacionais, especialmente nas áreas de engenharia e tecnologia. Nassif detalha como o ataque à Petrobras e a outras grandes empresas nacionais aumentou a vulnerabilidade do país frente aos interesses estrangeiros. “Foi um crime que matou empresas que estavam se desenvolvendo, comprometendo o futuro do Brasil", afirma Nassif.

Ele menciona também a interferência do Departamento de Justiça dos EUA na Lava Jato, além da pressão para que o Brasil optasse por produtos e equipamentos de origem americana, impactando até mesmo decisões estratégicas, como a compra de aeronaves e equipamentos bélicos.

A indústria das palestras e o compliance
Nassif ainda aborda a "indústria das palestras" e o uso do compliance como novos negócios para figuras da Lava Jato. Ele menciona que juízes e procuradores, como Deltan Dallagnol, lucraram significativamente com palestras e consultorias, e critica o uso do compliance como ferramenta para controlar empresas nacionais em prol dos interesses externos. Segundo ele, escritórios americanos passaram a dominar o compliance de grandes empresas brasileiras, reforçando a dependência do país em relação aos EUA e, por consequência, enfraquecendo a autonomia econômica do Brasil.

A relação entre a política e o Judiciário: casos emblemáticos
Ao longo da entrevista, Hildegard e Nassif discutem o impacto do sistema judiciário na política nacional, com Nassif tecendo críticas a ministros e figuras proeminentes. Ele cita exemplos de figuras do STF que, inicialmente progressistas, teriam se rendido à pressão midiática e a interesses externos. Para Nassif, o punitivismo judicial e a perseguição a figuras políticas como o ex-presidente Lula foram parte de uma estratégia maior para desestabilizar o país.

O papel das redes sociais e o futuro do jornalismo
Nassif encerra com uma reflexão sobre o papel do jornalismo na era digital e a importância da formação crítica dos profissionais. Segundo ele, a internet fragmentou o sistema de informações, o que desarticulou o papel de formadores de opinião e trouxe novos desafios para o jornalismo. Com seu livro, ele espera trazer à tona o "ovo da serpente" que gerou a operação Lava Jato, alertando para o papel fundamental da mídia e da justiça na proteção dos interesses nacionais.

Leitura essencial para entender a Lava Jato
"A conspiração Lava Jato" é recomendada por Hildegard Angel como uma leitura fundamental para compreender os impactos e bastidores da operação. Nassif traz um relato crítico e embasado sobre os mecanismos que, em sua visão, utilizaram a operação como ferramenta política para fragilizar a autonomia do Brasil. O livro já é um sucesso de vendas, e sua mensagem promete reverberar tanto entre leitores quanto nos debates sobre os rumos do país.  -  (Fonte: Aqui).

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Para conferir no
Youtube, clique AQUI.

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Não nos passou despercebido o silêncio acerca da "Fundação Lava Jato", tampouco sobre o sr. Carlos Fernando, procurador integrante da Força Tarefa (talvez fosse mais adequado chamá-lo de 'líder', que na prática é o que ele era). Pois, ao que consta, cotado para ser presidente da tal "Fundação" e/ou atuar como "mestre da compliance", cuidou de se aposentar do cargo de procurador, o que fez, sendo todos surpreendidos pela ação enérgica do STF (Ministro Alexandre de Moraes), que pôs fim à sem-vergonhice toda (a afinal trucidada "Fundação", com seus mais de dois bilhões de Reais, já dispunha - segundo dizem - até de conta-corrente na CEF...).
O livro do grande Nassif certamente traz detalhes adicionais. 

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