O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (6) que Israel terá responsabilidade pela segurança na Faixa de Gaza por um período indefinido após a guerra, informa o Jerusalem Post.
“Vimos o que acontece quando Israel não tem a responsabilidade pela segurança”, disse ele, referindo-se aos acontecimentos de 7 de Outubro.
Netanyahu reiterou ainda a sua promessa de não concordar com qualquer cessar-fogo até ao regresso dos 240 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. (Matéria do Brasil 247. Final da história: Netanyahu anexa Gaza e Cisjordânia, conforme ele mesmo, segundo a grande imprensa, anunciou em meados de outubro).
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, classificou como "lamentável" a "paralisia" da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à não aprovação de uma resolução sobre a atual guerra do Oriente Médio envolvendo Israel e a Palestina.
De acordo com o portal g1, em um fórum com investidores realizado no Palácio do Itamaraty nesta terça-feira (7), Vieira iniciou seu discurso afirmando que "a estabilidade regional e internacional são essenciais para prosperidade e o desenvolvimento. Em outubro, ocupamos a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas que coincidiu com os trágicos desenvolvimentos em Israel e na Faixa de Gaza".
O chanceler, então, criticou a inoperância do Conselho de Segurança da ONU: "mobilizamos todos os nossos esforços para reverter a paralisia do principal órgão do sistema multilateral em favor de uma solução para a alarmante situação humanitária na região. É lamentável, além de moralmente inaceitável, que uma vez mais o conselho de segurança não tenha conseguido estar à altura do seu nobre mandato".
Vale lembrar que diferentes propostas de resolução foram apresentadas por países como o Brasil, a Rússia e os EUA. As propostas brasileiras, inclusive, sempre foram trabalhadas de forma a buscar um consenso com todos os lados do conflito e seus aliados estratégicos, e mesmo assim não foram exitosas. Após a saída do Brasil da presidência, quem assumiu o posto no início de novembro foi a China. ("Mauro Vieira critica 'paralisia' da ONU diante do conflito na Faixa de Gaza: 'lamentável, moralmente inaceitável'" - Brasil 247).
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