domingo, 5 de novembro de 2023

EDITORIAL DO BRASIL 247 SOBRE A SITUAÇÃO REINANTE NO ORIENTE MÉDIO

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É Hora de o Brasil Cogitar a Ruptura de Relações Com Israel


À medida que surgem fissuras na barragem de desinformação criada nas horas seguintes aos combates, fica evidente que o grande responsável pelos acontecimentos de 7 de outubro é Benjamin Netanyahu e seu governo de extrema-direita. Ele não apenas criou as condições políticas para aquela incursão militar do Hamas e de outras facções palestinas, como  é o responsável material por muitas mortes de israelenses vítimas de bombardeios indiscriminados, contra resistentes e reféns, pelas forças de defesa de Israel.

Sabe-se que é falsa não apenas a informação de que o Hamas matou e decapitou 40 bebês. Não há evidências forenses ou imagens que suportem a informação de que tenha estuprado mulheres. A liderança política do grupo admite que sua intenção era atingir as divisões militares de Israel em torno de Gaza e, sim, capturar reféns para trocar por seus 6,5 mil detidos, inclusive mulheres e crianças, em prisões israelenses. 

São informações relevantes para contrapor a relatos que estão na base do clima de ódio de que autoriza Israel a valer-se de quaisquer meios para lançar sua guerra de extermínio contra a população de Gaza. Netanyahu precisa esvaziar a luta dos resistentes palestinos de qualquer superioridade moral, caracterizando-os como selvagens e bárbaros. 

Aos palestinos caberá liberar não apenas a si mesmos, mas também, ainda que involuntariamente, de liberar os próprios israelenses dessa condição de povo que oprime, de livrá-los do poder que cria tanta violência.  -  (Aqui).

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O Brasil não deve romper relações com Israel. Netanyahu não é povo de Israel. Há 'n' judeus contrários à tortura imposta à Palestina pelo governo de Netanyahu. No Brasil, milhares de igrejas pentecostais, com seus pastores extremistas, estão com tudo desenhado para implementar campanha contra o governo Lula, centrada exatamente nesse eventual rompimento e nas particularidades que eles próprios conceberão. Pensando bem, eles devem estar furibundos diante do comportamento observado pelo governo brasileiro, consistente em não radicalizar, por maiores que sejam as humilhações impostas pelas autoridades israelenses. 

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