sábado, 25 de março de 2023

PONDERAÇÃO OU CONFRONTAÇÃO, QUAL O CAMINHO?


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A mídia exumou o cadáver político de Ciro Gomes para impor à personalidade de Lula uma natureza vingativa que ele não possui e que, sempre que pôde, fez questão de neutralizar na militância petista, nos aliados e nos eleitores.

Infelizmente.

“Tomado de ódio, tudo o que o domina hoje é a vontade de se vingar”, escreveu Ciro, ferido, ressentido e humilhado, ao se negar a apoiar Lula, no segundo turno da campanha presidencial de 2022. Ninguém deu bola. Ciro era só um desesperado. De repente, voltou a ser útil, quem diria.

Trata-se de fake news, repito, infelizmente, porque defendo em todas as minhas tribunas, desde sempre, que deve todo povo oprimido, principalmente o do Brasil, ter direito à vingança.

E para isso é preciso ter coragem e disposição política de ocupar os aparelhos ideológicos do Estado, de modo a fazer as instituições funcionarem a favor dos trabalhadores. As polícias, o Judiciário, o Ministério Público, a comunicação pública, o Banco Central, as Forças Armadas.

Essa fé inabalável na Justiça e nos moinhos de triturar vidas do Estado burguês tem conduzido o País ao abismo, sob condução de moros e dallagnois, ancorados na hipocrisia amplamente compartilhada de que a lei é para todos.

A mim, está claro que Lula sempre quis vingança. Deixou isso escapar na entrevista ao Brasil 247, quando, preso injustamente por um juiz parcial, confessou o desejo de foder Sergio Moro. Ele e torcida do Bahia. Toda pessoa decente, neste País, já pensou em foder Sergio Moro. Indecentes, também. Bolsonaro, inclusive.

Trata-se de uma figura repulsiva, física e moralmente, que só se mantém em evidência porque, também infelizmente, esse é um país de canalhas.

Tivesse escolhido ser Fidel, e não Mandela, Lula não teria que, em plena reconstrução de uma terra arrasada, bater boca com esses ratos da extrema-direita.




(De Leandro Fortes, jornalista, texto publicado ontem, 24, no Diário do Centro do Mundo - Aqui.

É perfeitamente compreensível a indignação do analista, mas há momentos e situações em que o mais recomendável é dar tempo ao tempo. A propósito, veja-se trechos de matéria - Aqui - assinada por Moisés Mendes, publicada em seu Blog e no mesmo DCM horas depois do desabafo de Leandro Fortes: 

"Jornalistas sem compromisso com o lavajatismo estão fazendo hoje o que já poderiam ter feito ontem, se procurassem se informar sobre a farsa criada em torno de Sergio Moro como caçador de bandidos.

Jornais, sites, blogs e redes sociais estão esclarecendo um dado decisivo para que Moro seja desmascarado.

O ex-juiz suspeito mentiu ao dizer que tentou complicar a vida de membros do PCC. É tudo mentira [...].

Também os jornalistas da grande imprensa, que foram ludibriados pelas informações de ontem, estão finalmente se desculpando: Moro não caça nada.

Moro só caçou Lula, para ser depois empregado de Bolsonaro.

Este trecho é do artigo de Ricardo Kotscho no UOL: “Sergio Moro, como sabemos, é o melhor marqueteiro dele mesmo, apesar da oratória mambembe, um produto midiático que ganhou fama internacional ao fazer uma joint-venture com alguns profissionais da imprensa, em nome do combate à corrupção e, como se soube mais tarde, na defesa de interesses políticos e econômicos particulares e de terceiros”.

Só o Globo, que deve a Moro o vazamento da conversa de Lula e Dilma, insiste que o ex-juiz suspeito é herói de alguma coisa."

Por último, este Blog volta a reafirmar: o que está a abalar estruturas é a entrada do juiz Eduardo Appio no cenário, sem compadrios, ao que nos é dado ver. Todo esse bafafá de Moro e parceiros tem a ver com a presença do novo juiz da Lava Jato, que, ao que parece, só se interessa na verdade e movido por tal propósito está a escarafunchar o processo da Operação. 

É por tal razão que repetimos o que Aqui dissemos:

"Eduardo Appio é o novo juiz da Lava Jato, e está reexaminando o processo tocado por Sérgio Moro. Tacla Duran, por exemplo, acusou o ex magistrado de envolvimento com delações 'premiadas', o que, à época, passou batido. 
Teria o novo titular da Lava Jato tido acesso às cerca de 55 reclamações dirigidas ao Conselho Nacional de Justiça contra possíveis excessos do magistrado - nenhuma das quais julgada, em razão da saída de Moro da Magistratura? Por que será que o juiz Appio está tão interessado em destrinchar a Lava Jato? Por que será que a tal delação que teria incluído Moro no caso PCC ocorreu somente em janeiro último? Estranhos sinais. Resta esperar que o juiz Appio cumpra o seu dever").

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