sábado, 4 de março de 2023

NOVO JUIZ DA LAVA JATO ACIONARÁ O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA PROCURADORA QUE PEDIU SUA SUSPEIÇÃO

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Procuradora Carolina Bonfadini de Sá acusou Eduardo Appio de ter preferência por Lula e que esta posição poderia atrapalhar o Judiciário.


No 247:
O novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) nos casos da Operação Lava Jato, Eduardo Appio, vai ao Conselho Nacional do Ministério Público contra a procuradora Carolina Bonfadini de Sá, que pediu à Justiça a suspeição dele, ao acusá-lo de ter preferência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que esta posição política poderia atrapalhar o trabalho do magistrado. A informação sobre a iniciativa de Appio foi publicada nesta sexta-feira (3) pelo site O Antagonista.

Apesar das acusações feitas pela procuradora, o antecessor de Appio na Lava Jato, o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) foi alvo de investigação por causa de trechos de conversas dele com procuradores do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR). A partir de 2019, o Intercept Brasil e outros veículos divulgaram os diálogos. Responsáveis pela publicação das mensagens mostraram que Moro agia como uma espécie de assistente de acusação.

Após tirar Lula da eleição em 2018, ao condená-lo, Moro foi ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), em 2019. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição de Moro nos processos contra Lula.

Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Dallagnol doasse o valor de R$ 75 mil a Lula por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, quando a Lava Jato denunciou o petista sem provas.

Em junho do ano passado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e ficou impossibilidade de concorrer a senador pelo estado. Ele disputou a eleição no Paraná, onde julgava os processos de primeira instância da Lava Jato.  -  (Aqui).    

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(a) - Quem sucedeu Sérgio Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba não foi o magistrado acima referido, mas o juiz Luiz Antonio Bonat (Aqui), que, talvez inteirado da verdadeira situação, optou por não botar a mão na massa - até porque sua aposentadoria estava próxima;

(b) - As demais informações podem ser verídicas, mas não entram no 'espírito da coisa'. Um dia, quem sabe, teremos notícias sobre o seguinte: Moro, ainda juiz, foi 'informalmente' alertado de que o Conselho Nacional de Justiça, que passara a ser presidido pelo Ministro Dias Toffoli (novo presidente do STF, obviamente), iria passar a pôr em pauta de julgamento as famosas reclamações ao Supremo, formuladas em sua maioria por advogados de partes que se sentiam prejudicadas por ele, com destaque para o defensor de Lula, Cristiano Zanin. Moro, então, ciente de que suas barbaridades não conseguiriam escapar dos rigores da Lei da Magistratura e da Constituição Federal, tratou de pedir exoneração do cargo, e o desfecho foi o que se viu. E quanto ao TRF-4 e Turma(s) do STJ, que ratificaram decisões de Moro contra Lula? Ora, acontece que o Ministro Fachin decidiu (monocraticamente) anular os processos contra Lula, sob a alegação (pertinente) de que a exigência do Juiz Natural não fora cumprida: já se sabia de antemão que o acusado Lula teria seus processos encaminhados diretamente para o juiz Moro! Zanin não perdeu tempo: questionou; a Lava Jato não deu bola; a reclamação foi levada ao CNJ e lá ficou a esperar exame. Mas eis que de repente, em face da decisão do Ministro Fachin, o TRF-4 e o STJ não tiveram seus entendimentos examinados pela Segunda Turma. 
Claro que o acima exposto é um exercício da imaginação deste Blog; mas, e se tal exercício vier a se revelar procedente?

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