sábado, 4 de fevereiro de 2023

SEGREDOS DO PLANALTO: SOBRE O PASTOR-CAPETA E OUTROS TEMAS


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DCM:
Francisco de Assis Castelo Branco, pastor próximo da família Bolsonaro, ficou encarregado de administrar o Palácio da Alvorada por Michelle, então primeira-dama, em fevereiro de 2021. Chico, como era chamado pelo clã, é marido de Elizângela Castelo Branco, intérprete de libras do ex-presidente. A informação é do portal Metrópoles.

O casal se mudou para Brasília com a vitória do ex-presidente na eleição de 2018 e foi empregado no governo. Inicialmente, ele ocupou cargo no Palácio do Planalto com salário de R$ 5,6 mil e depois foi transferido para o Alvorada ganhando quase o dobro do valor.

Com o cargo de administrador do palácio, ele recebeu o apelido de “pastor-capeta” pela forma que tratava os subordinados. Ele xingava funcionários e ameaçava suspender o lanche de quem o questionasse. Uma pessoa foi mandada embora por levar para casa algumas mangas do palácio, o que era corriqueiro antes dele assumir a função.

“Ele assediava as pessoas e ameaçava de demissão o tempo todo. E dizia que a primeira-dama tinha conhecimento de tudo e autorizava essa postura”, afirmou uma funcionária do Planalto.

Um militar que lidava com frequência com o pastor diz que ele era “extremamente abusivo” com os subordinados e usava sua proximidade com o clã para “intimidar e amedrontar” todos os que trabalhavam no local.

Em 2022, o pastor convocou uma reunião com empregados de uma empreiteira contratada pelo governo para cuidar da jardinagem do Alvorada e chamou atenção deles por se queixarem de ter que limpar um banheiro de serviço.  Na ocasião, ele ameaçou cortar o lanche que foi oferecido diariamente ao grupo. (...). - (Aqui).

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Na verdade, a história completa(?) está em post publicado pelo portal Metrópoles, em quilométricas revelações coligidas por Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, que assim se iniciam:


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As infiltrações no teto, os móveis terrivelmente deteriorados e o piso de jacarandá esburacado e sem manutenção são só a face aparente de uma fase do Palácio da Alvorada que, embora não tenha nada de áurea ou épica, a história não poderá jamais esquecer.

Para além dos já conhecidos estragos deixados para trás, nos quatro anos em que esteve à disposição de Jair e Michelle Bolsonaro, o prédio projetado por Oscar Niemeyer para ser a principal residência da Presidência da República do Brasil foi lugar de confusões barulhentas, assédio moral a funcionários e de transações financeiras pouco usuais que vão ao encontro das suspeitas de caixa 2 reveladas há duas semanas pela coluna e que, neste momento, estão sob investigação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Relatos de quem viveu o cotidiano do palácio nos últimos anos, documentos e outros registros inéditos, como gravações e mensagens de WhatsApp, revelam segredos do período em que a residência oficial foi ocupada pelos Bolsonaros e escancaram a diferença abissal entre o discurso público do ex-casal presidencial e o comportamento adotado longe dos holofotes, por detrás das vidraças do Alvorada.

Para esta reportagem, ao longo das últimas semanas entrevistamos vários funcionários do palácio, incluindo militares. Alguns aceitaram gravar depoimentos, desde que não tivessem suas identidades reveladas. Outros concordaram apenas em contar o que viram, sem registro em vídeo.

De cima a baixo na hierarquia do Alvorada, do restrito staff que servia à família até, literalmente, a turma que cuida dos gramados onde passeiam as emas, há histórias ilustrativas de um lado do poder que destoa – e destoa bastante – daquele que é exibido costumeiramente ao distinto público.

Histórias como as do pastor evangélico amigo de Michelle presenteado com o cargo de administrador do palácio que esculhambava os subordinados e ameaçava até suspender o lanche de quem ousasse questioná-lo — tudo, segundo ele próprio disse em uma reunião gravada às escondidas, com aval da então primeira-dama.

Há mais. Michelle, com alguma frequência, protagonizava brigas colossais com Carlos e Jair Renan, os filhos 02 e 04 de Jair Bolsonaro. Numa dessas confusões, na frente dos empregados, o 04 precisou ser contido pelo pescoço por um segurança.

Bolsonaro, em um dia de fúria, arrombou a adega do palácio – sim, o então presidente da República pôs abaixo, com o pé, a porta do cômodo onde fica guardado o estoque de vinhos da residência oficial. (...)."

(Para ler a íntegra de "Segredos do Alvorada", publicado no site Metrópoles, clique Aqui).

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