sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

VOLTANDO À ESTRANHA VENDA DE 'CRÉDITOS PODRES' DO BB AO BTG PACTUAL

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"Todo pré julgamento é reprovável, mas, conhecidas as linhas gerais desse estranho caso, parece aceitável que algum crítico isento diga que está sentindo um cheiro de queimado no ar.

Ao que consta, o sr. (Rubem) Novaes recebeu de seu nomeador, sr. (Paulo) Guedes, a missão de preparar o Banco do Brasil para a privatização - o que o governo poderá fazer, relativamente às subsidiárias, independentemente da autorização do Congresso Nacional, presente decisão do Supremo de meses atrás.

É preciso, portanto, livrar-se dos créditos podres. (Com alguma jogada esperta? Não se sabe).

Convém à ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil), autora do piegas mote 'Não Mexam No Meu BB', abrir o olho: já estão mexendo no BB."

-Comentário deste Blog ao artigo "A ESTRANHA VENDA DE CRÉDITOS PODRES DO BANCO DO BRASIL AO BTG PACTUAL", de Patrícia Faermann, publicado em 14.06.2020 no Jornal GGN, de que o jornalista Luís Nassif é titular:

"O Banco do Brasil anunciou, no início do mês, a venda de carteiras de crédito de R$ 2,9 bilhões, a maior parte em perdas, a um fundo administrado pelo banco BTG Pactual, fundado nos anos 80 pelo hoje ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes. A operação chamou a atenção por se tratar da primeira cessão de carteira do Banco do Brasil a uma entidade financeira que não integra o conglomerado e pela falta de transparência sobre os possíveis lucros, ou como o BTG teria a capacidade de recuperar as perdas desse suposto crédito podre.

A única informação divulgada pelas entidades financeiras sobre o tema foi um comunicado emitido pelo BB ao mercado, no dia 1º de julho, justificando, de forma generalizada, de que se tratava de um “piloto” de “um modelo de negócios recorrente” que o Banco do Brasil estaria desenvolvendo “para dinamizar, ainda mais, a gestão de portfólio de crédito. (...)." - (Para continuar, clique Aqui).

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A última informação que obtivemos dava conta de que o assunto estava sob exame do TCU Tribunal de Contas da União - sobre o que de nada tivemos conhecimento.

Eis que agora deparamos com a notícia de que a nova presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, parte para a elucidação da estranha transação: 

NOVA PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL PODE INVESTIGAR PAULO GUEDES E LEVÁ-LO À PRISÃO POR CORRUPÇÃO

Guedes é acusado de vender ao BTG um crédito de recebíveis de R$ 3 bilhões da carteira do BB por apenas R$ 300 milhões, sem licitação, afirma César Fonseca


Por César Fonseca, no 247:
A nova presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, primeira mulher a comandá-lo desde sua criação em 1808, pode levantar questão, politicamente, explosiva dentro da entidade bancária oficial, devido a escândalo financeiro que teria sido praticado em 2020 pelo ex-ministro Paulo Guedes, que não deverá passar em branco, conforme fontes do BB, ligadas ao sindicato da categoria; trata-se do que é considerado, dentro do BB, grossa corrupção que Guedes praticou, enquanto ministro, ao vender, com admissão da diretoria do BB, para banco privado, BTG, por ele criado, crédito de recebíveis de R$ 3 bilhões da carteira do BB por, apenas, R$ 300 milhões, sem licitação, dando prejuízo de R$ 2,7 bi.

A consideração técnica entre funcionários é a de que Guedes tratou os recebíveis como “crédito podre”, quando, na verdade, argumentam, são créditos sadios, visto que tem garantias asseguradas para evitar calotes dessa magnitude; ocorreu, tão somente, comenta-se dentro do BB, uma negociata espúria, inaceitável, que a Procuradoria Geral da República deve investigar a fundo; comprovada a maracutaia – a de que o BTG teria pago apenas 10% do valor de face da dívida, para arrecadar perto de 80%, sem fazer força –, a operação precisaria ser desfeita e submetida a processo legal para apurar responsabilidades; aos acusados seria dado amplo direito de defesa; se, ao final, for comprovada a ilegalidade, a prisão dos responsáveis seria determinada pela justiça.

Caso deixe tal imoralidade sem punição, o governo Lula, que inova em colocar mulher na direção do mais importante banco público do país, seria, mais cedo ou mais tarde, taxado de conivente – passando o pano – com a administração de Guedes/Bolsonaro, que deixa herança financeira trágica, durante administração politicamente fascista, antidemocrática.

Ascensão Meteórica

Tarciana, 44 anos, cuja ascensão dentro do Banco do Brasil é considerada meteórica, somada ao fato de que se trata da primeira mulher, também LGBT, presidente do BB, está diante do maior desafio de sua vida; originária do setor de varejo do banco, com fama de competente e tecnicamente excepcional, por ter a prática do trabalho em equipe, bastante dinamizada, de modo a impulsionar vendas dos produtos financeiros, com grande sucesso, certamente, a presidenta não vai querer carregar mancha tão pesada em seu currículo, devido à falta de providências moralizadoras. (...).

(Para continuar, clique Aqui).

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Que desta feita o processo não venha a encalhar. 

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