sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

FALTA DE RUMO DO GOVERNO BOLSONARO E PANDEMIA DEIXARAM 62,5 MILHÕES DE BRASILEIROS NA POBREZA EM 2021, DIZ IBGE

.
Número recorde de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza em 2021 corresponde a 29,4% da população


Agência Brasil - 
O Brasil bateu o recorde de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza em 2021. Ao todo, quase uma em cada três pessoas no país, o equivalente a 29,4% da população, estava em situação de pobreza até pelo menos o ano passado e quase uma a cada dez pessoas, 8,4%, na pobreza extrema.

Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2022, divulgada hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

Segundo a publicação, o país tinha, até o ano passado, 62,5 milhões de pessoas em situação de pobreza, ou seja, com uma renda diária de menos de US$ 5,5 dólares por dia, e 17,9 milhões em situação de extrema pobreza, com renda diária de menos US$ 1,90 por dia, segundo os critérios do Banco Mundial. Tanto os números absolutos quanto as porcentagens são as maiores desde o início da série histórica, em 2012.

Não apenas os números são recordes como o aumento entre 2020 e 2021, em meio a pandemia de covid-19, também é. Nesse período, o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7%, o que significa mais 11,6 milhões de pessoas nessa situação, e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2%, ou mais 5,8 milhões.

As crianças e adolescentes com menos de 14 anos são as maiores vítimas da pobreza. Até o ano passado, 46,2% dessa população estava abaixo da linha da pobreza, o maior percentual da série, iniciada em 2012.

Desigualdade

A pobreza não atinge igualmente a todos os grupos sociais. A publicação mostra que a proporção de pretos e pardos, conforme a definição do IBGE, abaixo da linha de pobreza (37,7%), é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). Considerando as regiões do país, o Nordeste (48,7%) e o Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população.

Em 2021, o rendimento domiciliar por pessoa caiu para R$ 1.353, o menor nível desde 2012. e o Índice de Gini voltou a crescer e chegou a 0,544, segundo maior patamar da série.

O Índice de Gini é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. O índice varia de zero a um, sendo que zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. Já o um significa o extremo da desigualdade, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.

Os 10% da população com os menores rendimentos tiveram a maior redução, perdendo em torno de um terço do rendimento entre 2020 e 2021. O mesmo grupo teve o dobro de perdas das demais classes de rendimento entre 2019 e 2021. No extremo oposto, os 10% mais ricos perderam, entre 2019 e 2021, 11,2% dos rendimentos e, entre 2020 e 2021, 4,5%. (...). (Continua).

(Para ler a matéria na íntegra, clique Aqui).

................
Este Blog fez questão de grafar em negrito a autoria da pesquisa pelo IBGE, que deixa patente o atroz legado produzido pela irresponsabilidade governamental. Para que depois não venham dizer que tudo isso é falso, invenção da oposição. A não ser que queiram argumentar que o IBGE está aparelhado! 
Sem contar os inúmeros óbitos decorrentes do impressionante descaso governamental relativamente à compra de vacinas: a Pfizer chegou a encaminhar 20 e-mails ao governo federal oferecendo 70 milhões de doses contra a covid, sem resposta. Um crime inominável.
E quanto às sequelas da covid? Ainda hoje milhares Brasil afora amargam males decorrentes da pandemia: rins, fígado, cérebro, os comprometimentos são os mais variados. Quantos estão a sofrer, inclusive por atraso em cirurgias? Presentemente, não se sabe. O governo a ser em breve empossado promete realizar pente-fino (melhor seria dizer devassa) nacional para apurar essa e outras questões. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o seu comentário.