quarta-feira, 5 de outubro de 2022

BÍBLIA DO CAPITALISMO E DO LIBERALISMO ECONÔMICO NO MUNDO DECLARA APOIO A LULA

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Uma das revistas mais importantes do mundo, The Economist denuncia ataques golpistas de Jair Bolsonaro contra as eleições brasileiras


No 247:
Uma das publicações mais importantes do mundo, a Bíblia do capitalismo e do liberalismo econômico no mundo, a revista britânica The Economist declarou apoio ao ex-presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição no Brasil, que ocorre em 30 de outubro.

Segundo a Economist, se Jair Bolsonaro (PL) perder, “ele pode afirmar que ganhou e instar seus partidários a saírem às ruas”. Por isso, “Um segundo mandato para um homem assim seria ruim para o Brasil e para o mundo. Somente Lula pode evitá-lo”. 

“O próximo mês será tenso. O Sr. Bolsonaro convenceu muitos brasileiros de terríveis falsidades sobre Lula, como a de que fecharia igrejas. O presidente preparou seus apoiadores para desconfiar tanto do sistema de votação eletrônica do Brasil quanto de sua mídia tradicional de verificação de fatos”, argumenta o veículo liberal.

The Economist destacou que Bolsonaro é um “populista trumpiano”, referência ao ex-presidente de extrema direita nos Estados Unidos (EUA) Donald Trump, que perdeu nas eleições de 2020 e chamou seus apoiadores a negarem o resultado eleitoral, invadindo o Capitólio (Parlamento norte-americano) em 6 de janeiro de 2021.

A revista diz que Bolsonaro “mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares”. “Ele não faz nenhum esforço para impedir a destruição da floresta tropical amazônica. Seu manejo da covid-19 foi vergonhoso. Seu círculo se confunde com o crime organizado. Ele mina as instituições, desde a Suprema Corte até a própria democracia. Ele insinua que a única maneira de perder a eleição é se ela for manipulada, e que ele não aceitará nenhum resultado, exceto a vitória. Ele incita abertamente à violência”, diz.

"Lula Deveria Ir ao Centro"

A revista destaca que, para Lula, a melhor forma de ganhar é se mover para o centro político. “Reclamar o terreno do centro é a melhor maneira de fazer isso”. De acordo com a matéria, (...) Lula seria visto pela população como “muito brando na corrupção, e muito esquerdista na economia”.

Economist aconselha Lula: “Ele mantém sua inocência. Mas aos olhos de muitos eleitores a mancha do enxerto ainda paira sobre ele e seu Partido dos Trabalhadores por causa da ‘Lava Jato’, um vasto escândalo de suborno centrado no gigante petrolífero estatal. Ele nunca se desculpou pela Lava Jato, pela qual ele tem alguma responsabilidade política. Ele deveria fazê-lo; e prometer que, se eleito, escolherá um procurador-geral destemido da lista recomendada pelo Ministério Público”.

“Para convencer os eleitores de que se pode confiar em sua prosperidade futura, ele deve se aproximar mais do centro. Ele deveria nomear publicamente um economista moderado como sua escolha para ministro das finanças. Ele deve assegurar aos agricultores que não tolerará invasões de terras organizadas por movimentos sociais próximos ao seu partido. (Estes não são tão comuns como dizem os proprietários de terras, mas amplamente temidos.) Ele deveria prometer não nacionalizar nenhuma indústria. Ele deve parar de brincar com a ideia perigosa de interferir na liberdade de imprensa do Brasil”, defende a revista.

“Tal mudança poderia persuadir os dois candidatos mais moderados que foram expulsos da corrida a endossá-lo. Também poderia ajudá-lo a governar. Muitos dos aliados do Sr. Bolsonaro ganharam o cargo esta semana no Congresso ou como governadores estaduais. Para Lula reunir uma maioria legislativa, ele precisará da ajuda do centro”, continua.  -  (Aqui).

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Em Resumo: Descontado o fato de que a bíblia do capitalismo e do liberalismo econômico no mundo estaria como que a pretender amoldar o perfil de Lula segundo suas próprias concepções, o fato é que as sugestões oferecidas nos parecem pertinentes. 
Aliás, é imperioso dizer: estamos a vivenciar momento para lá de favorável à divulgação, por Lula, da Carta aos Brasileiros II. Seria um antídoto ao veneno das maledicências (não obstante a possibilidade do 'engessamento').

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